O que educadores brasileiros pensam sobre o consumo de álcool e outras drogas? Um estudo panorâmico nacional

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Data
2019-09-30
Autores
Borges, Alessandra Mieko Hamasaki [UNIFESP]
Orientadores
Avallone, Denise De Micheli [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This dissertation is the result of a national survey on the perceptions and knowledge that educators at all levels of education have about alcohol and drug use. The research sought to interrelate and compare the data on the perceptions of educators with personal use or not and various aspects such as knowledge about the subject, courses, prejudices, fears, conceptions about legalization and decriminalization. The school institution is a privileged space for the development of programs for the prevention of alcohol and drug use, however Education does not seem to have made a commitment to the development of these actions and health promotion. Thus, due to the importance of the theme this qualitative study was developed and had the participation of 1132 educators who were invited to participate through social media and email. The research instrument used was a questionnaire prepared by the authors, consisting of 37 questions of sociodemographic, professional, perceptions about the use and prevention of alcohol and other drugs, and personal use. The survey was conducted through the online platform Surveymonkey and the questionnaire was launched in April 2018 and closed for data collection in October of the same year. For data analysis, the statistical program Statistical Package for Social Sciences (SPSS) was used. From the collected data we can observe that most educators claim to have taken prevention courses, however, the perceptions of the educators regarding some issues have divergent opinions when compared to the group of educators who use some kind of substance and those who never tried it. However, the opinion between the educators who took the course and those who did not are quite similar. Thus, we conclude that demystifying the approach to alcohol and drug use urgently depends on effective public policies; projects that cater to the specific public of each community and especially encourage the initial and continuing quality education for educators to act as prevention agents, without fears, prejudices or misperceptions.
Esta dissertação é fruto de um levantamento nacional sobre as percepções e os conhecimentos que educadores de todos os níveis de ensino têm sobre o consumo de álcool e drogas. A pesquisa buscou inter-relacionar e comparar os dados sobre as percepções dos educadores com o uso pessoal ou não e diversos aspectos como, conhecimento sobre o tema, realização de cursos, preconceitos, medos, concepções sobre legalização e descriminalização. A instituição escolar constitui-se como um espaço privilegiado para o desenvolvimento de programas de prevenção do uso de álcool e drogas, entretanto a Educação parece não ter assumido um compromisso com o desenvolvimento dessas ações e promoção à saúde. Assim, devido a importância do tema este estudo qualitativo foi desenvolvido e contou com a participação de 1132 educadores que foram convidados a participar através de mídias sociais e e-mail. O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário elaborado pelas autoras, composto por 37 questões de aspectos sociodemográficos, profissionais, de percepções sobre uso e prevenção de álcool e outras drogas, e uso pessoal. A pesquisa foi realizada através da plataforma online Surveymonkey e o questionário tendo sido lançado em abril de 2018 e fechado para coleta de dados em outubro do mesmo ano. Para fazer a análise dos dados foi utilizado o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). A partir dos dados coletados podemos observar que boa parte dos educadores afirmam ter realizado cursos de prevenção, entretanto, as percepções dos educadores em relação a algumas questões apresentam opiniões divergentes quando comparadas ao grupo de educadores que fazem uso de algum tipo de substância e os que nunca experimentaram. Entretanto, em relação a opinião entre os educadores que fizeram curso e os que não fizeram são bastante semelhantes. Assim, concluímos que a desmistificação sobre a abordagem do uso de álcool e outras drogas depende urgentemente de políticas públicas eficientes; projetos que atendam ao público específico de cada comunidade e principalmente incentivo à formação inicial e continuada de qualidade para educadores atuarem como agentes de prevenção, sem medos, preconceitos ou percepções equivocadas.
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