Neurociência e educação: por que sim? Por que não?

Data
2019-09-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This research aimed to investigate the knowledge that educators have about neuroscience, positive and negative aspects in the integration between the results of scientific research and knowledge produced in education, its applicability and possibilities. This is a descriptive study, conducted through an online survey, with a sample of 1643 educators, divided into 2 subgroups, according to the answer to the question “Do you consider yourself a neuroscience expert?”, namely: Educators without knowledge in neuroscience (ES) - 589 participants; Educators with knowledge in neuroscience (EC) - 1054 participants; As main results, this research presents data related to educators' knowledge about the neuroscience theme. In general, for all variables, a significant difference was observed between the group of educators with knowledge in neuroscience (EC) and educators without knowledge (ES). Regarding the level of knowledge in neuroscience, the group of EC 35.5% considered themselves with reasonable or good knowledge (92%); while surprisingly in the higher education group, 11% said they had reasonable and / or good knowledge on the subject. Regarding the participants' interest in the subject, 77% of the EC reported that they were always interested in neuroscience-related topics, while only 17% of the ES agreed with this statement. Even educators who have never been interested in neuroscience have found it fundamental after knowing it (67% of EC vs. 31% of ES). Overall, as regards teaching methods involving neuroscience and traditional methods, 83% of the ES group agree that conventional teaching methods are superior to those that include knowledge about neuroscience vs. 19% of the EC group. Regarding the need for neuroscience contents to be taught more systematically at undergraduate level, more than half of the EC group (69.5%) agree with this initiative vs. 39% of ES. Taken together, the data from this study show the importance of consistent neuroscience training for education professionals to be able to transpose the results of research on brain functioning to seek more innovative and intentional school practices, optimizing and consolidating knowledge. from the students.
O presente estudo teve por principais objetivos investigar o conhecimento que educadores têm sobre neurociência, aspectos positivos e negativos na integração entre os resultados das pesquisas científicas e de saberes produzidos na educação, suas aplicabilidades e possibilidades. Trata-se de um estudo descritivo, realizado por meio de pesquisa online, com amostra composta por 1643 educadores, divididos em 2 subgrupos, de acordo com a resposta à pergunta “Você se considera um conhecedor de neurociência?”, a saber: Educadores sem conhecimento em neurociências (ES)- 589 participantes; Educadores com conhecimento em neurociências (EC)- 1054 participantes; Como principais resultados, essa pesquisa apresenta dados relativos ao conhecimento dos educadores sobre o tema neurociência. De modo geral, para todas as variáveis, observou-se diferença significativa entre o grupo de educadores com conhecimento em neurociência (EC) e educadores sem conhecimento (ES). Sobre o nivel de conhecimento em neurociência, o grupo de EC 35,5% se consideravam com conhecimentos razoáveis ou bons (92%); enquanto, surpreendentemente no grupo de ES, 11% manifestaram ter razoáveis e/ou bons conhecimentos sobre o tema. Quanto ao interesse dos participantes sobre o tema, 77% dos EC relataram que sempre se interessaram por temas relacionados a neurociências, enquanto apenas 17% dos ES concordaram com tal afirmação. Mesmo os educadores que nunca se interessaram por neurociência passaram a acha-la fundamental após conhece-la (67% dos EC Vs. 31% dos ES). De modo geral, quanto aos métodos de ensino que envolvem neurociência e os métodos tradicionais, 83% do grupo ES concordam que os métodos convencionais de ensino são superiores àqueles que incluem conhecimentos sobre neurociência Vs. 19% do grupo EC. Sobre a necessidade de conteúdos de neurociência serem ensinados de forma mais sistemática na graduação, mais da metade do grupo de EC (69,5%) concordam com tal iniciativa Vs. 39% dos ES. Tomados em conjunto, os dados desse estudo constatam a importância de uma formação em neurociência consistente para que profissionais da educação tenham condições de transpor os resultados de pesquisas sobre funcionamento cerebral para buscarem práticas escolares mais inovadoras e cuja intencionalidade seja mais eficiente, otimizando e consolidando saberes dos alunos.
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