Oscilometria de impulso na avaliação da função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos
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Data
2019-10-25
Autores
Lima, Jales Henrique Pereira De [UNIFESP]
Orientadores
Wandalsen, Gustavo Falbo [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Introduction: Asthma is one of the most common chronic diseases of childhood. Its classification can be given according to frequency, intensity of symptoms and pulmonary function. Spirometry is the traditional test for pulmonary function assessment, whereas impulse oscillometry is an alternative and easy to perform tool that measures airway impedance and assists in detecting changes in lung function. Spirometry has some limitations in asthmatic children and adolescents, often requiring complementary or substitute techniques. Objective: To evaluate and describe the pulmonary function of asthmatic children and adolescents evaluated by impulse oscillometry and compare the findings with those obtained by spirometry. Methods: A cross-sectional study evaluating the pulmonary function of 130 asthmatic children and adolescents aged 6 to 18 years, divided by disease control level according to Asthma Control Test or Children Asthma Control Test in controlled (ACT/C-ACT>19; n=70) and uncontrolled subjects (ACT/C-ACT≤19; n=60). The children and adolescents who participated in the study are assisted by the Allergy and Immunology outpatient clinic of Pediatrics Department, UNIFESP-EPM. Pulmonary function tests were performed using the MasterScreenTM equipment (CareFusion, USA). Results: One hundred thirty asthmatic children and adolescents were evaluated (51% male). The medians and interquartile range of resistance values at 5 Hz (R5%), resistance at 20 Hz (R20%), reactance at 5 Hz (X5%) and resonant frequency (Fres) were, respectively: 112,4% (86,8% – 130,2%), 105,9% (88,3% – 117,8%), 109,2% (86,4% – 160%) and 23,3 Hz (17,4 Hz – 26,2 Hz). Altered oscillometry was observed in 20% of cases and spirometry in 48%. Changes in oscillometry were more frequent in patients with controlled asthma. R5%, X5% and Fres presented moderate correlation with the main spirometric parameters, being stronger between R5% and FEF25-75% (r: -0,45; p<0,05) in the studied patients, X5% and FEV1/FVC% (r: -0,58; p<0,05) in patients with controlled asthma and between R5% and FEV1% (r: -0,39; p<0,05) in patients with uncontrolled asthma. Patients with controlled asthma who had hospitalization for asthma exacerbation had lower pulmonary function values and higher bronchodilator response values on spirometry. Patients with controlled asthma who presented bronchodilator response on oscillometry and spirometry presented higher values of R20% and Fres. Patients with uncontrolled asthma who presented bronchodilator response on spirometry had higher values of X5%. Conclusions: Impulse oscillometry values showed a moderate correlation with spirometric values. Spirometry showed greater sensitivity in the assessment of pulmonary function in asthmatic children and adolescents.
Introdução: A asma é uma das doenças crônicas mais comuns da infância. Sua classificação pode ser dada de acordo com a frequência, intensidade dos sintomas e pela função pulmonar. A espirometria é o teste tradicional para avaliação da função pulmonar, já a oscilometria de impulso é um recurso alternativo e de fácil execução que mensura a impedância do sistema respiratório. A espirometria apresenta algumas limitações em crianças e adolescentes asmáticos, necessitando, muitas vezes, de técnicas complementares ou substitutas. Objetivo: Avaliar e descrever a função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos pela oscilometria de impulso e comparar os achados com os obtidos pela espirometria. Métodos: Estudo do tipo transversal, no qual foi avaliado a função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos com idade entre 6 e 18 anos, divididos pelo nível de controle da doença de acordo com o Asthma Control Test ou pelo Children Asthma Control Test em controlados (ACT/C-ACT>19; n=70) e não controlados (ACT/C-ACT≤19; n=60). As crianças e adolescentes que participaram do estudo são assistidas pelo ambulatório de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da UNIFESP-EPM. Para a realização dos exames de função pulmonar foi utilizado o equipamento MasterScreenTM (CareFusion, EUA). Resultados: Cento e trinta crianças e adolescentes asmáticos foram avaliados (51% sexo masculino). As medianas e intervalo interquartil dos valores de resistência a 5 Hz (R5%), resistência a 20 Hz (R20%), reactância a 5 Hz (X5%) e frequência de ressonância (Fres) foram, respectivamente, de: 112,4% (86,8% – 130,2%), 105,9% (88,3% – 117,8%), 109,2% (86,4% – 160%) e 23,3 Hz (17,4 Hz – 26,2 Hz). Oscilometria alterada foi observada em 20% dos casos e espirometria em 48%. Alterações na oscilometria foram mais frequentes nos pacientes com asma controlada. R5%, X5% e Fres apresentaram correlação moderada com os principais parâmetros espirométricos, sendo mais forte entre R5% e FEF25-75% (r: -0,45; p<0,05) nos pacientes estudados, X5% e VEF1/CVF % (r: -0,58; p<0,05) nos pacientes com asma controlada e entre R5% e VEF1% (r: - 0,39; p<0,05) nos pacientes com asma não controlada. Pacientes com asma controlada que apresentaram hospitalização por exacerbação de asma apresentaram menores valores de função pulmonar e maiores valores de resposta broncodilatadora na espirometria. Pacientes que apresentaram resposta broncodilatadora na oscilometria e na espirometria apresentaram maiores valores de R20% e de Fres. Pacientes com asma não controlada que apresentaram resposta broncodilatadora na espirometria apresentaram maiores valores de resposta broncodilatadora na oscilometria e maiores valores de X5%. Conclusões: Os valores de oscilometria de impulso apresentaram correlação moderada com os espirométricos. A espirometria demonstrou maior sensibilidade na avaliação da função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos.
Introdução: A asma é uma das doenças crônicas mais comuns da infância. Sua classificação pode ser dada de acordo com a frequência, intensidade dos sintomas e pela função pulmonar. A espirometria é o teste tradicional para avaliação da função pulmonar, já a oscilometria de impulso é um recurso alternativo e de fácil execução que mensura a impedância do sistema respiratório. A espirometria apresenta algumas limitações em crianças e adolescentes asmáticos, necessitando, muitas vezes, de técnicas complementares ou substitutas. Objetivo: Avaliar e descrever a função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos pela oscilometria de impulso e comparar os achados com os obtidos pela espirometria. Métodos: Estudo do tipo transversal, no qual foi avaliado a função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos com idade entre 6 e 18 anos, divididos pelo nível de controle da doença de acordo com o Asthma Control Test ou pelo Children Asthma Control Test em controlados (ACT/C-ACT>19; n=70) e não controlados (ACT/C-ACT≤19; n=60). As crianças e adolescentes que participaram do estudo são assistidas pelo ambulatório de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da UNIFESP-EPM. Para a realização dos exames de função pulmonar foi utilizado o equipamento MasterScreenTM (CareFusion, EUA). Resultados: Cento e trinta crianças e adolescentes asmáticos foram avaliados (51% sexo masculino). As medianas e intervalo interquartil dos valores de resistência a 5 Hz (R5%), resistência a 20 Hz (R20%), reactância a 5 Hz (X5%) e frequência de ressonância (Fres) foram, respectivamente, de: 112,4% (86,8% – 130,2%), 105,9% (88,3% – 117,8%), 109,2% (86,4% – 160%) e 23,3 Hz (17,4 Hz – 26,2 Hz). Oscilometria alterada foi observada em 20% dos casos e espirometria em 48%. Alterações na oscilometria foram mais frequentes nos pacientes com asma controlada. R5%, X5% e Fres apresentaram correlação moderada com os principais parâmetros espirométricos, sendo mais forte entre R5% e FEF25-75% (r: -0,45; p<0,05) nos pacientes estudados, X5% e VEF1/CVF % (r: -0,58; p<0,05) nos pacientes com asma controlada e entre R5% e VEF1% (r: - 0,39; p<0,05) nos pacientes com asma não controlada. Pacientes com asma controlada que apresentaram hospitalização por exacerbação de asma apresentaram menores valores de função pulmonar e maiores valores de resposta broncodilatadora na espirometria. Pacientes que apresentaram resposta broncodilatadora na oscilometria e na espirometria apresentaram maiores valores de R20% e de Fres. Pacientes com asma não controlada que apresentaram resposta broncodilatadora na espirometria apresentaram maiores valores de resposta broncodilatadora na oscilometria e maiores valores de X5%. Conclusões: Os valores de oscilometria de impulso apresentaram correlação moderada com os espirométricos. A espirometria demonstrou maior sensibilidade na avaliação da função pulmonar de crianças e adolescentes asmáticos.