PPG - Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria

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    Acesso aberto (Open Access)
    "Quando a doença fala mais alto que a nossa voz": pesquisa psicanalítica com adolescentes e médicos reumatologistas pediátricos em um ambulatório de transição
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-09) Rabelo, Maria Tereza Piedade [UNIFESP]; Len, Claudio Arnaldo [UNIFESP]; Prates, Ana Laura; Schveitzer, Mariana Cabral [UNIFESP]; Cândido, Viviane Cristina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9804677184928539; http://lattes.cnpq.br/7760859120743069; http://lattes.cnpq.br/4541220233773056; http://lattes.cnpq.br/5997256114741601; http://lattes.cnpq.br/3679172031828016
    Introdução: Jovens com longo histórico de adoecimento na infância e adolescência podem apresentar, após a entrada na fase adulta, importante declínio com os cuidados, desde piora na adesão ao tratamento até mesmo seu abandono. Por conta disso, medidas, como criação de ambulatórios de transição com diferentes formatos, publicações de diretrizes e outras iniciativas, passaram a ser tomadas por grandes centros de saúde ao redor do mundo com o intuito de minimizar essa questão. Apesar da vasta literatura internacional sobre o tema, há escassez de pesquisas que privilegiam a voz dos sujeitos adoecidos e suas lógicas subjetivas, assim como de estudos acerca dos processos de transição que também abarcam projetos de vida. Objetivo: Este estudo visa construir uma metodologia de intervenção psicossocial que auxilie o processo de transição dos pacientes, visando sobretudo à reinserção social. Essa metodologia se norteia principalmente por teorias psicanalíticas de Freud e Lacan e, também, pela proposta de um trabalho interdisciplinar da psicanálise com o campo da Filosofia da Saúde. Esta proposta considera, em especial, a subjetividade oriunda do impacto da experiência de adoecimento. Método: O local é o Ambulatório de Transição do setor de Reumatologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Unifesp. Pesquisa com método psicanalítico. A coleta de dados ocorreu em três etapas: (1) entrevistas em profundidade com pacientes do ambulatório de Transição; (2) entrevistas em profundidade com médicos reumatologistas pediátricos e residentes médicos do programa de Reumatologia Pediátrica; e (3) intervenção em grupo interdisciplinar: Psicanálise e Filosofia da Saúde com pacientes do ambulatório de Transição. A análise dos dados foi realizada por meio do método psicanalítico e será discutida a partir das teorias psicanalíticas de Freud e Lacan. Resultados: O tema da transição da pediatria para os serviços de saúde de adultos não apareceu como o elemento principal mobilizador de angústia, mas, sim, a vida adulta e a falta de perspectiva futura decorrente das limitações impostas pela doença. Foi identificado o efeito de devastação do sujeito por meio do sintoma “falados pela doença” evidenciada a partir da paralisia do movimento seja na via da inibição, seja no fenômeno de abalo fantasmático. A relação médico–paciente pode contribuir com a devastação em virtude da relação estrutural do discurso médico com a subjetividade. O trabalho em grupo constituiu-se como um espaço de elaboração subjetiva ao produzir efeitos de sujeito. Conclusão: Há um risco da hipervalorização da discussão a respeito do ganho de autonomia do indivíduo na área da saúde em detrimento do debate sobre a necessidade de implementação de medidas que possam reparar desigualdades. Os jovens, apesar de possuírem importantes conhecimentos técnicos e habilidades cognitivas a respeito da autonomia em saúde, podem permanecer paralisados na doença. Portanto, faz-se necessária a promoção de espaços no ambulatório de transição que considerem a subjetividade.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Consumo de glúten dos genitores de crianças e adolescentes com doença celíaca: avaliação quantitativa por dois métodos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-07) Souza, Marilia Graziela Alves de [UNIFESP]; Sdepanian, Vera Lucia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8273324982105660; http://lattes.cnpq.br/5518401124884146
    Objetivo: Quantificar o consumo de glúten dos familiares de primeiro grau dos pacientes com doença celíaca (grupo estudo) e comparar com o consumo de glúten dos familiares de primeiro grau das crianças sem restrição alimentar (grupo controle), empregando os métodos de Overbeek e de ELISA. Métodos: Estudo caso-controle, em ambulatório especializado de gastroenterologia pediátrica, cuja entrevista abordou a frequência do consumo de alimentos com glúten, subdivididos em grupos (pães, bolos, tortas, aveia, chocolate, massas e cervejas) pelos familiares do grupo e grupo controle. Quantificou-se o consumo de cada alimento com glúten em gramas por dia, e estes foram reproduzidos, segundo as informações dos familiares. Estimou-se a quantidade de glúten em g/dia pelo método de Overbeek multiplicando-se a quantidade de proteína pelo fator 0,8. O teste de ELISA AgraQuant® Teste de ELISA Glúten G12 - laboratório Romer Labs – resultou em gramas de glúten para cada 100g do alimento. Resultados: Participaram 36 familiares do grupo estudo e 62 familiares do grupo controle, e analisaram-se 72 alimentos. A mediana do consumo total de glúten do grupo estudo pelo método de Overbeek e ELISA foram, respectivamente, 9,10g e 13,91g, que foram estatisticamente menores que o do grupo controle, 12,58g e 26,29g. A quantidade do consumo total de glúten pelo método de Overbeek foi estatisticamente menor do que o ELISA. Os alimentos mais consumidos pelo grupo estudo e controle, segundo o ELISA foram pães e massas. Conclusão: O consumo diário de glúten dos familiares do grupo estudo foi menor do que dos familiares do grupo controle, embora ambos grupos consumissem pães e massas com mais frequência. A redução do consumo de glúten pelo familiar do grupo estudo não repercutiu para que as crianças fossem obedientes à dieta. O uso da farinha de trigo foi muito menor nas casas dos familiares do grupo estudo do que dos familiares do grupo controle, que na quase totalidade utilizaram este ingrediente. O método estimado de Overbeek subestimou a quantidade total de glúten nos alimentos quando comparado ao ELISA.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Prevalência de soroproteção para sarampo numa coorte de adolescentes e adultos jovens vivendo com HIV e resposta vacinal após reforço de SCR nos indivíduos soronegativos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-18) Simakawa, Raquel Mayumi [UNIFESP]; Succi, Regina Célia de Menezes [UNIFESP]; Pinto, Maria Isabel de Moraes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0967318191677557; http://lattes.cnpq.br/6678945412586889; http://lattes.cnpq.br/6448612966347020
    Objetivos. Casos de sarampo em todo o mundo aumentaram desde 2018 devido à baixa cobertura vacinal, que diminuiu durante a pandemia de COVID-19. O estudo analisa o status sorológico de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) para o sarampo e avalia a resposta após um reforço de SCR administrado aos indivíduos soronegativos. Métodos. Estudo de coorte prospectivo com quatro grupos: 96 PVHA por transmissão vertical (v-HIV), 69 PVHA por transmissão horizontal (h-HIV), 93 controles saudáveis ​​previamente vacinados contra sarampo (vac-CON) e 20 controles saudáveis com histórico de sarampo (dis-CON). Os anticorpos contra o sarampo foram analisados ​​por ELISA. Uma dose extra de SCR foi oferecida aos indivíduos soronegativos e eles foram testados pelo menos 30 dias depois. Resultados. À entrada do estudo, os grupos v-HIV e h-HIV eram comparáveis ​​em relação à última avaliação de células T CD4+ e à porcentagem de indivíduos em TARV. Por outro lado, o grupo v-HIV apresentou menores mediana de células T CD4+ e porcentagem de indivíduos em supressão virológica em comparação ao grupo h-HIV. A soropositividade para sarampo e a mediana de anticorpos foram significativamente inferiores no v-HIV em comparação aos outros três grupos (v-HIV: 58% e 159,5 UI/L x h-HIV: 95,6% e 763 UI/L x vac-CON: 94,6% e 663 UI/L x dis-CON: 100% e 1302,5 UI/L; p<0,01 e p<0,05, respectivamente). Na análise logística univariada, o nadir mais elevado de células T CD4+, o intervalo de tempo mais curto desde a última vacina contra o sarampo e a supressão virológica do HIV em qualquer dose da vacina contra o sarampo foram associados a anticorpos protetores contra o sarampo entre os indivíduos do grupo v-HIV. Na análise multivariada, apenas a supressão virológica em qualquer dose da vacina contra o sarampo foi associada a anticorpos protetores. Todos os pacientes soronegativos para sarampo responderam após o reforço de SCR. Conclusões. A supressão virológica do HIV foi associada à melhor resposta vacinal ao sarampo. Os resultados desse estudo corroboram os que recomendam um reforço de SCR à população vivendo com HIV por transmissão vertical (TV), especialmente durante a adolescência.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Anemia, marcadores inflamatórios e perfil alimentar em lactentes - MG
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-04) Lourenção, Luiz Felipe de Paiva [UNIFESP]; Sarni, Roseli Oselka Saccardo [UNIFESP]; Silva, Rosangela da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3066513306945328; http://lattes.cnpq.br/1760819469047929; http://lattes.cnpq.br/2366386033857895
    Introdução: A anemia configura-se como um grande problema de saúde pública, chegando a atingir, globalmente, até 40% das crianças menores de 5 anos. No Brasil, a anemia resultante da deficiência de ferro é comum no público pediátrico, onde o acompanhamento das rotinas de saúde e alimentação na infância são cruciais para a formação das práticas alimentares saudáveis e adequadas, a fim de evitar distúrbios alimentares diversos, como as anemias carenciais. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode desencadear o aumento do excesso de peso na população infantil e exercer influência direta na inflamação. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e as condições neonatais dos lactentes, e descrever a frequência e caracterizar o perfil de anemia de crianças até 3 anos de idade, assistidos pela Rede Pública de Ensino de um município sul-mineiro, verificando possíveis associações com as práticas alimentares, condição nutricional e marcadores inflamatórios. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em 3 (três) Centros de Educação Infantil em um município do sul de Minas Gerais. Participaram do presente estudo, 112 crianças, na faixa etária de 6 meses a 3 anos de idade. A coleta de dados consistiu em 4 etapas, sendo: Dados socioeconômicos, histórico de nascimento e condições clínicas; Avaliação do estado nutricional; Marcadores do consumo alimentar; e Avaliação dos marcadores bioquímicos. Foi realizada a avaliação do estado nutricional relativo ao ferro e a avaliação do perfil de inflamação pelos marcadores bioquímicos. Os dados foram digitados e consolidados em planilha do Excel® e as análise foram realizadas no pacote estatístico SPSS 29.0, sendo que as variáveis categóricas e binárias foram comparadas pelo teste do Qui-quadrado, com nível de significância de p < 0,05. Resultados: A média de idade foi de foi de 28,1±7,9 meses e 50 (44,6%) eram do sexo feminino. Em relação as características socioeconômicas 25 (22,9%), 60 (53,6%) e 59 (52,6%) das famílias recebiam o Programa de Transferência de Renda “Auxílio Brasil”, tinham classificação ABEP > B2 e foram classificados em algum grau de insegurança alimentar, respectivamente. Quanto aos indicadores antropométricos observou-se elevado percentual de excesso de peso e comprometimento estatural, 39 (36,1%) e 27 (25,0%), respectivamente nas crianças avaliadas. Anemia e ferropenia foram detectadas em 47 (42,0%) e 89 (79,5%) das crianças, respectivamente. A PCRus associou-se de forma direta com os valores de RDW, ferritina e Receptor solúvel da transferrina, e de forma inversa com os níveis de hemoglobina, ferro sérico e Índice de saturação de transferrina. A Alfa-1 Glicoproteína Ácida associou-se de forma inversa com todos os marcadores bioquímicos relativos ao ferro. Conclusões: O presente estudo evidenciou anemia e ferropenia em 47% e 79% das crianças avaliadas, respectivamente. Houve associação direta e significante entre as concentrações de hemoglobina e o escore Z de estatura por idade, mesmo após ajuste para os valores de PCRus. As práticas alimentares avaliadas não se associaram com a presença de anemia. RDW e o Receptor solúvel da transferrina mostraram o melhor poder discriminatório entre os grupos com e sem anemia.
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    Acesso aberto (Open Access)
    O impacto do desenvolvimento de novas morbidades durante o tratamento em unidade de terapia intensiva oncológica pediátrica no tempo e qualidade de vida do paciente
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Santos, Gabriela Maria Virgilio Dias [UNIFESP]; Caran, Eliana Maria Monteiro [UNIFESP]; Silva, Dafne Cardoso Bourguignon; http://lattes.cnpq.br/8598682271972840; http://lattes.cnpq.br/1783139918188371; http://lattes.cnpq.br/2654625309467928
    Objetivos: Sobreviventes de internação em UTIs pediátricas podem sofrer alterações funcionais. Investigamos os estados funcionais de crianças e adolescentes com câncer na admissão à UTI e na alta hospitalar, e o impacto no tempo de vida dos sobreviventes. Métodos: coorte retrospectiva, em hospital oncológico de referência, de pacientes admitidos de 1º de abril de 2014 a 30 de abril de 2019. O instrumento FSS (Pediatric Functional Status Scale) foi avaliado na admissão à UTI e na alta hospitalar. A estatística envolveu as regressões: logística, de Cox e Weibull. Uma nova morbidade foi definida como aumento na FSS >= 3. Resultados: Entre 1002 pacientes, houve 128 óbitos na internação hospitalar (12,7%). Foram analisados 855 sobreviventes, dos quais 194 (22,6%) faleceram até abril/2019; 45 (5,3%) apresentaram uma nova morbidade. As médias no domínio motor à admissão e alta eram 1,37 (Desvio padrão: 0,82) e 1,53 (DP 0,95), com p = 0,003 ao teste T. No domínio alimentação, as médias eram 1,19 (DP 0,63) e 1,30 (DP 0,76), p = 0,001; as médias globais eram 6,93 (DP 2,45) e 7,2 (DP 2,94), p = 0,03. As variáveis "Insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação mecânica", "escore PRISM IV", "idade menor que 5 anos" e "tumor de sistema nervoso central" foram variáveis preditivas independentes de nova morbidade na análise multivariada. Uma nova morbidade correlacionou-se com probabilidades menores de sobrevivência (considerando todas as causas de óbito) após a alta hospitalar no teste logrank (P = 0,014), e foi preditiva de morte de forma independente (Cox hazard ratio = 1,98, 95% CI: 1,18-3,32), em relação aos diagnósticos de linfoma ou leucemia, recidiva de câncer, TCTH e desnutrição. As outras duas variáveis independentes foram a desnutrição e a recidiva do câncer. Em modelos de Weibull, foi estimado um encurtamento no tempo de vida de 14,2% (P = 0,014) para nova morbidade. Conclusões: Riscos para novas morbidades estão relacionados à idade, gravidade à admissão e tumores cerebrais. Novas morbidades, por sua vez, se correlacionam com probabilidades menores de sobrevivência e um encurtamento no tempo de vida restante.