Ganho de peso após transplante renal em pacientes pediátricos: há influência do estado nutricional do cuidador?
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2019-07-16
Autores
Fidalgo, Renata Lucats [UNIFESP]
Orientadores
Nogueira, Paulo Cesar Koch [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective - The frequency of obesity in children has increased worldwide and the obesogenic environment is one of the factors suggested to explain this phenomenon. Children with chronic kidney disease have malnutrition, but after kidney transplantation (RTx) there is a significant gain in body mass. The aim of the present study is to test the existence of an association between caregiver overweight and pediatric patients weight gain in the first six months after RTx. Methods - Retrospective cohort study of a sample of children undergoing TxR from 2003 to 2017, including data up to 6 months after TxR in the ranges: M0 (closest to TxR), M3 (3rd month post TXR) and M6 (6th month post TXR). Receiver weight gain was the outcome variable and the caregiver's nutritional classification was considered as the exposure variable (binary variable representing presence or absence of caregiver overweight). Results - 96/299 (32%) of caregivers were not overweight (GI), while 203/299 (68%) were (GII). In M0, children from GII presented significantly higher BMI / I Z scores than children from GI (-0.26 ± 1.36 versus -0.63 ± 1.59, p = 0.039). The delta Z BMI score was not statistically different between groups, with GI = 0.6 (-0.1 - 1.2) and GII = 0.6 (0.1 - 1.1) respectively, p = 0.517. In the repeated measures analysis it was observed in the complete sample, statistically significant weight gain over time, but without difference between the groups. Conclusion - There is body mass gain in pediatric patients in the first 6 months after RTx. The obesogenic environment, represented by the caregiver's BMI, did not seem to play an important role in short-term mass gain. However, patients who have overweight caregivers have had a higher body mass transplantation, suggesting the influence of environmental factors on the body mass of children before transplantation.
Objetivo – A frequência de obesidade em crianças aumentou no mundo e o ambiente obesogênico é um dos fatores aventados para explicar esse fenômeno. Crianças com doença renal crônica apresentam desnutrição, mas após o transplante renal (TxR) há importante ganho de massa corporal. O objetivo do presente trabalho é testar a existência de associação entre o excesso de peso do cuidador com o ganho de peso de pacientes pediátricos nos primeiros seis meses após o TxR. Métodos – Estudo de coorte retrospectivo de amostra de crianças submetidos ao TxR de 2003 a 2017, incluindo dados até os 6 meses após o TxR nos intervalos: M0 (medida mais próxima do TxR), M3 (3º mês pós TXR) e M6 (6º mês pós TXR). O ganho de peso do receptor foi a variável de desfecho e a classificação nutricional do cuidador foi considerada como a variável de exposição (variável binária representando presença ou ausência de excesso de peso do cuidador). Resultados – 96/299 (32%) dos cuidadores não tinham excesso de peso (GI), enquanto 203/299 (68%) tinham (GII). No M0 as crianças do GII apresentaram escore Z de IMC/I significantemente maior do que as do GI (-0,26±1,36 versus -0,63±1,59, p=0,039). O delta Z escore de IMC não foi estatisticamente diferente entre os grupos, sendo de GI=0,6 (-0,1 – 1,2) e GII=0,6 (0,1 – 1,1) respectivamente, p=0,517. Na análise de medidas repetidas observou-se na amostra completa, ganho de peso estatisticamente significante com o tempo, porém sem diferença entre os grupos. Conclusão – Há ganho de massa corporal em pacientes pediátricos nos primeiros 6 meses após TxR. O ambiente obesogênico, representado pelo IMC do cuidador, pareceu não ter papel importante no ganho de massa de curto prazo. No entanto, pacientes que têm cuidador com excesso de peso chegaram ao transplante com maior massa corporal, o que sugere influência de fatores ambientais sobre a massa corporal de crianças antes do transplante.
Objetivo – A frequência de obesidade em crianças aumentou no mundo e o ambiente obesogênico é um dos fatores aventados para explicar esse fenômeno. Crianças com doença renal crônica apresentam desnutrição, mas após o transplante renal (TxR) há importante ganho de massa corporal. O objetivo do presente trabalho é testar a existência de associação entre o excesso de peso do cuidador com o ganho de peso de pacientes pediátricos nos primeiros seis meses após o TxR. Métodos – Estudo de coorte retrospectivo de amostra de crianças submetidos ao TxR de 2003 a 2017, incluindo dados até os 6 meses após o TxR nos intervalos: M0 (medida mais próxima do TxR), M3 (3º mês pós TXR) e M6 (6º mês pós TXR). O ganho de peso do receptor foi a variável de desfecho e a classificação nutricional do cuidador foi considerada como a variável de exposição (variável binária representando presença ou ausência de excesso de peso do cuidador). Resultados – 96/299 (32%) dos cuidadores não tinham excesso de peso (GI), enquanto 203/299 (68%) tinham (GII). No M0 as crianças do GII apresentaram escore Z de IMC/I significantemente maior do que as do GI (-0,26±1,36 versus -0,63±1,59, p=0,039). O delta Z escore de IMC não foi estatisticamente diferente entre os grupos, sendo de GI=0,6 (-0,1 – 1,2) e GII=0,6 (0,1 – 1,1) respectivamente, p=0,517. Na análise de medidas repetidas observou-se na amostra completa, ganho de peso estatisticamente significante com o tempo, porém sem diferença entre os grupos. Conclusão – Há ganho de massa corporal em pacientes pediátricos nos primeiros 6 meses após TxR. O ambiente obesogênico, representado pelo IMC do cuidador, pareceu não ter papel importante no ganho de massa de curto prazo. No entanto, pacientes que têm cuidador com excesso de peso chegaram ao transplante com maior massa corporal, o que sugere influência de fatores ambientais sobre a massa corporal de crianças antes do transplante.