Prevalência de afecções e sintomas músculos esqueléticos no membro superior em praticantes de jiu-jitsu brasileiro

Data
2019-03-15
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction. Jiu-jítsu is a martial art that originated in China and was brought to Brazil, where it became very popular and developed into a style known as Brazilian Jiu-jítsu (BJJ). Growth in the number of BJJ practitioners has been accompanied by a consequent increase in BJJ injuries. Objective. The aim of this study was to characterize upper-limb musculoskeletal injuries and symptoms (MSISs) in BJJ athletes. Methods. A prospective, observational cross-sectional study was conducted between January 2017 and January 2018. Male BJJ athletes with a minimum of 6 months of BJJ practice and at least a blue belt rank were enrolled. Athletes who were at the white belt level, or under 18 years of age were excluded from the study. Participants completed a questionnaire that collected information about their personal characteristics and BJJ training profile, and then were subjected to a physical examination of the upper limbs. MSIS data were recorded on a spreadsheet. Results. A total of 200 male BJJ practitioners were evaluated, of which 150 (75.0%) reported at least one upper limb MSIS. Of a total of 679 identified MSISs, 369 (54.3%) were in the hand and/or wrist, 233 (34.3%) were in the shoulder, and 77 (11.3%) were in the elbow. Logistic regression adjusted to have at least one injury indicated that greater age, years practicing BJJ, number of training hours per day, and number of trainings days per week as well as a black belt rank were significant risk factors. Notably, black belt rank increased the chances of injury by 5.57 times [95% confidence interval (CI): 1.13– 27.58; p = 0.04]. Conclusion. Age, years practicing BJJ, number of training hours per day and days per week, and an advanced training level are associated with upper-limb MSIS prevalence.
Introdução. O Jiu-jítsu é uma arte marcial que teve sua origem na China. Foi difundido pelo Oriente e se tornou tradicional no Japão, e finalmente chegou ao Brasil, onde se popularizou e adotou o nome de Jiu-jítsu Brasileiro. Com o aumento do número de praticantes houve um consequente aumento do número de lesões. Objetivo. Pesquisar as afecções e sintomas musculoesqueléticos e sintomas musculoesqueléticos (ASME) nos membros superiores em praticantes de Jiu-jítsu brasileiro. Métodos. Realizou-se um estudo de Coorte, prospectivo, observacional e transversal entre janeiro 2017 e janeiro 2018. Os critérios de inclusão foram praticantes que são adeptos do Jiu-jítsu brasileiro, em várias graduações, com mínimo de 6 meses de prática esportiva, do gênero masculino. Praticantes na graduação de faixa branca e praticantes com idade inferior a 18 anos foram excluídos do estudo. Foi aplicado um questionário para obtenção dos dados pessoais, perfil no Jiu-jítsu, perfil de treinamento e realizado exame físico do membro superior nos praticantes com ASME. Os dados das ASMEs foram anotados em uma planilha. Resultados. 200 praticantes de Jiu-jítsu do gênero masculino foram avaliados. Cento e cinquenta (75,0%) praticantes reportaram pelo menos uma ASME. Foram identificadas 679 ASME, 369 (54,3%) em mão e punho, 233 (34,3%) no ombro e 77 (11,3%) no cotovelo. Na regressão logística ajustada a ter pelo menos uma lesão, a idade, tempo de prática, número de horas em dias, semanas e a graduação preta, são fatores de risco significantes. Ter uma graduação preta aumenta as chances de lesão em 5,57 (95%IC: 1,13-27,58; p=0,04). Conclusão. A idade, o tempo de prática do Jiu-jítsu, o número de horas de treino por dia e por semana e a graduação no esporte estão associados à prevalência das ASME em mãos e punhos, cotovelo e ombros.
Descrição
Citação
MIRANDA, Cesar Dario Oliveira. Prevalência de afecções e sintomas musculoesqueléticos nos membros superiores em praticantes de Jiu-jitsu brasileiro. 2019.78f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ciências da Saúde Aplicada ao Esporte e à Atividade Física) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.
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