Investigação do impacto do uso de maconha no perfil de sintomas e de resposta ao tratamento de pacientes em primeiro episódio psicótico
Data
2019-06-10
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
The present dissertation aims to investigate symptomatic and response-totreatment differences in first-episode psychosis (FEP) patients who use and do not use cannabis. The relationship between FEP and cannabis is complex, with results suggesting that: FEP is anticipated by its use in adolescence; a higher risk for psychosis and a possible influence on symptoms presentation. In the present study, we investigated the influence of cannabis use on symptoms, functionality and remission of antipsychotic naïve FEP patients. A total of 175 subjects were enrolled, of whom 99 were reassessed after 10 weeks of treatment. The variables of this investigation were obtained from the following scales: Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS); Addiction Severity Index (ASI 6), Global Assessment of Functioning (GAF) and Clinical Global Impression (CGI). The acute use of cannabis (use in the month prior to the first evaluation) had a significant relationship with higher excitement symptoms and less functionality rates in the first evaluation. Positive, negative, and excitement symptom remission rates were significantly higher in subjects who had used acute cannabis. In the second evaluation, no symptomatic differences were found between the two groups of patients. This effect may be related to discontinuation of acute cannabis use after initiation of treatment, or to an intrinsic characteristic of the response profile of these patients. Therefore, the acute use of cannabis was related to worse symptomatic and functional presentations in FEP patients without prior antipsychotic use.
A presente dissertação tem como objetivo investigar as diferenças sintomáticas e de resposta ao tratamento em pacientes no Primeiro Episódio Psicótico (PEP) que utilizam e não utilizam cannabis. A relação entre PEP e cannabis é complexa, com resultados que sugerem um maior risco para desenvolver transtornos psicóticos, modificar a apresentação dos sintomas e, ainda, que o uso na adolescência pode antecipar a idade de início do PEP. No presente estudo investigamos a influência do uso de cannabis nos sintomas, funcionalidade e na remissão de pacientes em PEP sem uso prévio de medicação. Foram avaliados 175 indivíduos, e destes, 99 foram reavaliados após 10 semanas de tratamento. As seguintes escalas foram utilizadas: Escala das Síndromes Positiva e Negativa (PANSS); Índice de Gravidade de Dependência (ASI 6), Avaliação Global de Funcionamento (GAF) e Impressão Clínica Geral (CGI). O uso agudo de cannabis (uso no mês anterior a primeira avaliação) teve relação significativa com maiores sintomas de exaltação/humor e menor funcionalidade na primeira avaliação. As taxas de remissão de sintomas positivos, negativos e exaltação/humor foram significativamente maiores nos indivíduos que fizeram uso agudo de cannabis. Na segunda avaliação não foram encontradas diferenças sintomáticas entre os dois grupos de pacientes. Este efeito pode ter relação com a interrupção do uso agudo de cannabis após o início do tratamento ou, ainda, uma característica intrínseca do perfil de resposta destes pacientes. Portanto, o uso agudo de cannabis teve relação com piores apresentações sintomáticas e funcional em pacientes PEP sem uso prévio de antipsicótico.
A presente dissertação tem como objetivo investigar as diferenças sintomáticas e de resposta ao tratamento em pacientes no Primeiro Episódio Psicótico (PEP) que utilizam e não utilizam cannabis. A relação entre PEP e cannabis é complexa, com resultados que sugerem um maior risco para desenvolver transtornos psicóticos, modificar a apresentação dos sintomas e, ainda, que o uso na adolescência pode antecipar a idade de início do PEP. No presente estudo investigamos a influência do uso de cannabis nos sintomas, funcionalidade e na remissão de pacientes em PEP sem uso prévio de medicação. Foram avaliados 175 indivíduos, e destes, 99 foram reavaliados após 10 semanas de tratamento. As seguintes escalas foram utilizadas: Escala das Síndromes Positiva e Negativa (PANSS); Índice de Gravidade de Dependência (ASI 6), Avaliação Global de Funcionamento (GAF) e Impressão Clínica Geral (CGI). O uso agudo de cannabis (uso no mês anterior a primeira avaliação) teve relação significativa com maiores sintomas de exaltação/humor e menor funcionalidade na primeira avaliação. As taxas de remissão de sintomas positivos, negativos e exaltação/humor foram significativamente maiores nos indivíduos que fizeram uso agudo de cannabis. Na segunda avaliação não foram encontradas diferenças sintomáticas entre os dois grupos de pacientes. Este efeito pode ter relação com a interrupção do uso agudo de cannabis após o início do tratamento ou, ainda, uma característica intrínseca do perfil de resposta destes pacientes. Portanto, o uso agudo de cannabis teve relação com piores apresentações sintomáticas e funcional em pacientes PEP sem uso prévio de antipsicótico.
Descrição
Citação
COUTINHO, Luccas Soares. Investigação do Impacto do Uso de Maconha no Perfil de Sintomas e de Resposta ao Tratamento de Pacientes em Primeiro Episódio Psicótico. 2019. 59f. Dissertação (Mestrado em Psiquiatria e Psicologia Médica) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.