PPG - Psiquiatria e Psicologia Médica

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    Acesso aberto (Open Access)
    Explorando a aquisição de habilidades de comunicação social em crianças com autismo: descoberta preliminares da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), treinamento de pais e modelagem de vídeo.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-04) Moya, Ana Claudia Carvalho [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; Bagaiolo, Leila [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0613854186621041; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/4756548496805568
    As habilidades de comunicação social, especialmente contato visual e atenção compartilhada, são frequentemente prejudicadas no transtorno do espectro do autismo (TEA) e predizem resultados funcionais. A análise do comportamento aplicada é um dos tratamentos mais frequentes baseados em evidências para o TEA, mas não é acessível à maioria das famílias em países de baixa e média renda, pois é um tratamento caro e intensivo e precisa ser administrado por profissionais especializados. A formação parental surgiu como uma alternativa eficaz com baixo custo. Este é um estudo exploratório para avaliar um grupo de intervenção parental por meio de modelagem de vídeo na aquisição de contato visual e atenção compartilhada de seus filhos. Quatro medidas graduadas de contato visual e atenção compartilhada (ajuda física, ajuda física parcial, ajuda gestual e independente) foram avaliadas em 34 crianças com TEA e deficiência intelectual (DI). Houve uma redução progressiva no nível de estímulo necessário ao longo do tempo para adquirir contato visual e atenção compartilhada, bem como uma correlação positiva entre o tempo de exposição à intervenção e a aquisição de habilidades. Este tipo de treinamento de pais usando modelagem de vídeo para ensinar contato visual e habilidades de atenção compartilhada a crianças com TEA e DI é uma intervenção de baixo custo que pode ser aplicada em ambientes com poucos recursos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Análise das propriedades psicométricas da escala de interação entre professor e aluno e suas associações com problemas mentais em crianças
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-05) Ernesto, Maria de Lourdes Gurian [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/2186536627977218
    As relações professor-aluno de baixa qualidade podem ser caracterizadas por baixa proximidade e alto nível de conflito e têm sido associadas a problemas de comportamento do aluno. Entretanto a maioria dos estudos foi realizada em países de alta renda. Em países de baixa e média renda e locais com poucos recursos, as oportunidades de educação infantil têm aumentado, mas a qualidade e seu sistema de monitoramento têm escassas evidências empíricas, incluindo validações. Dentro deste contexto, a Escala de Relacionamento Aluno-Professor (versão resumida, Student-Teacher Relationship Scale, STRS-SF, sigla em inglês) é uma das mais utilizadas mundialmente, avaliando proximidade (relação positiva, acolhimento) e conflito (relação negativa). Objetivos: Realizar análise psicométrica da STRS-SF no Brasil e avaliar as associações entre relações professor-aluno e sintomas de saúde mental na primeira infância. Em uma pesquisa em pré-escolas públicas de Embu das Artes (região metropolitana de São Paulo, Brasil), utilizando o STRS-SF, investigamos a relações professor-aluno em associação com sintomas emocionais e comportamentais em 489 alunos. A validade de construto do STRS-SF foi analisada por meio de análise fatorial confirmatória. A associação das relações professor-aluno com a saúde mental dos alunos foi avaliada por meio de análise de regressão logística univariada e multivariada. O STRS-SF apresentou índices de validade de construto adequados para suas duas dimensões (proximidade e conflito), ambos com cargas fatoriais superiores a 0,40. A dimensão conflito das relações professor-aluno foi associada a sintomas de externalização e atrasos do desenvolvimento socioemocional em pré-escolares (p <0,001). O STRS-SF é um instrumento válido para avaliação de relações professor-aluno na primeira infância no Brasil. A avaliação das relações professor-aluno é relevante para a identificação precoce de problemas potenciais que podem atuar como fatores de risco para atrasos no desenvolvimento e / ou sintomas de saúde mental e / ou prejuízo no desempenho social e acadêmico (p <0,001). Em conclusão, a avaliação das relações professor-aluno é relevante para a identificação precoce de problemas potenciais que podem atuar como fatores de risco para atrasos no desenvolvimento e / ou sintomas de saúde mental e / ou prejuízo no desempenho social e acadêmico.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Fatores de risco para incidência e persistência de transtornos internalizantes: estudo longitudinal da infância ao início da vida adulta
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-18) Ribeiro, Sahâmia Martins [UNIFESP]; Pan Neto, Pedro Mário [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6614914024992106; http://lattes.cnpq.br/4719463120843022
    Introdução: Transtornos internalizantes são condições de saúde mental comuns, angustiantes e incapacitantes ao longo do tempo. Estudos longitudinais prospectivos têm demonstrado a associação de vários fatores com problemas internalizantes. No entanto, poucos desses estudos investigaram os múltiplos preditores e suas contribuições relativas na distinção das trajetórias de curso e na influência da persistência desses transtornos em coortes não clínicas. Objetivos: Descrever o curso dos transtornos internalizantes em uma amostra comunitária de crianças e adolescentes e investigar quais fatores de risco estão associados à incidência e persistência desses transtornos. Métodos: Este estudo é parte de um grande estudo prospectivo de base comunitária, o Estudo de Coorte de Alto Risco Brasileiro para Condições Mentais. A maioria dos participantes não atenderam aos critérios para um transtorno internalizante na linha de base (n=1.438; 74,2%). Por outro lado, dos participantes que preenchiam os critérios para um transtorno internalizante na linha de base (n=309; 13,8%), foram formados dois grupos: o grupo remitente (n=199; 64,4%) e o grupo persistente (n=110; 35,6%). Os diagnósticos do DSM-IV foram determinados por psiquiatras clínicos usando uma entrevista estruturada (Development and Well-Being Assessment, DAWBA). O transtorno mental parental foi avaliado pelo MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview). A psicopatologia dimensional foi avaliada usando o Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), tanto o relato dos pais quanto pelos próprios participantes. Modelos de regressão logística foram usados para analisar associações entre variáveis de linha de base e as trajetórias de curso. Resultados: Sexo feminino, transtornos internalizantes nos pais e gravidade dos sintomas, particularmente os auto-relatados, foram associados tanto com as trajetórias incidentes quanto persistentes de transtornos internalizantes durante a adolescência. Níveis mais elevados de maus-tratos durante a infância foram relacionados apenas com a incidência dessas condições. Conclusão: Sexo feminino, status de saúde mental dos pais e gravidade dos sintomas, particularmente auto-relatados pela criança, estão associados tanto com as trajetórias incidentes quanto persistentes de transtornos internalizantes em jovens. Esses achados podem promover estratégias de intervenção precoce visando grupos específicos com maior risco para trajetórias mais deletérias.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Ensaio clínico randomizado controlado comparativo com mulheres com diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-traumático após abuso sexual entre terapia interpessoal e sertralina
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-09) Proença, Cecília Roberti [UNIFESP]; Mello, Andrea Feijó de [UNIFESP]; Mello, Marcelo Feijá de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9828693113292175; http://lattes.cnpq.br/5024373026936383; http://lattes.cnpq.br/9912936685632887
    Introdução: A violência sexual é um dos eventos traumáticos que mais frequentemente desencadeia o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), condição clínica que pode se tornar crônica e debilitante se não for tratada precocemente e de forma efetiva. Embora a maioria das diretrizes recomende inibidores seletivos de recaptação de serotonina e psicoterapias focadas no trauma como opções de tratamento, nem todos os pacientes respondem a essas abordagens, além de muitos não tolerarem a exposição às memórias traumáticas. Já existem estudos na literatura que evidenciam a eficácia de terapias não focadas no trauma, como a terapia interpessoal (TIP), que explora as consequências interpessoais do trauma, em vez de confrontar o trauma em si. Objetivo: O presente estudo visa comparar a eficácia da terapia interpessoal adaptada para o TEPT (TIP-TEPT) com a sertralina em mulheres que sofreram violência sexual recente, por meio de um ensaio clínico. Visa também explorar as trajetórias de resposta terapêutica em busca de fatores preditores, principalmente o abuso sexual infantil. Método: Este estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado e controlado com duração de 14 semanas, envolvendo mulheres diagnosticadas com TEPT decorrente de violência sexual sofrida até seis meses antes da inclusão. As participantes foram randomizadas para receber um dos dois tratamentos, sertralina ou TIP-TEPT. Após o período de intervenção, as participantes foram acompanhadas até completar um ano da inclusão. Foram aplicados instrumentos de avaliação para mensurar os sintomas de TEPT, ansiedade e depressão. A Escala de TEPT Administrada por Clínicos-5 (CAPS-5) foi a principal medida de desfecho. Além disso, a análise de trajetória de classe latente foi utilizada para avaliar preditores de resposta ao tratamento ao final do ensaio clínico e após um ano de acompanhamento. Resultados: Foram incluídas 74 mulheres, 35 no braço sertralina e 39 no braço TIP. Ambos os tratamentos reduziram significativamente os sintomas de TEPT, ansiedade e depressão, sem diferenças nos resultados entre os grupos. A média da CAPS-5 diminuiu de 42,5 (DP = 9,4) para 27,1 (DP = 15,9) com a sertralina e de 42,6 (DP = 9,1) para 29,1 (DP = 15,5) com a TIP-TEPT. A taxa de abandono do ensaio clínico foi alta, 37,8%, sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,40). O modelo não condicional de duas classes, resposta e não resposta, foi o modelo que melhor explicou as trajetórias das pacientes ao longo do estudo. O abuso sexual na infância foi avaliado como fator preditor, sendo associado negativamente à resposta terapêutica. Conclusões: Este ensaio mostrou melhora significativa dos sintomas de TEPT, independente da variável tempo, em ambos os braços do estudo, sem diferenças entre a TIP-TEPT e o tratamento com sertralina, sugerindo que psicoterapias não baseadas em exposição podem beneficiar pacientes com TEPT. A identificação do abuso sexual na infância como fator preditor de resposta terapêutica, independente da abordagem terapêutica, é um alerta para os clínicos avaliarem os pacientes de forma individualizada, personalizando o tratamento a ser oferecido.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Programa Elos 2.0: prevenindo problemas em alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-19) Sousa, Marília Mendes Moreira de [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; Gomes, Bernardo Carramão [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4623946304921135; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/9706910770322748
    A presente tese consiste na investigação e análise das implicações do programa de prevenção em contexto escolar, Good Behavior Game, mais precisamente, sua adaptação para o Brasil chamada Programa Elos 2.0. Em meio à demanda por estratégias que promovam relações pró-sociais e reduzam problemas comportamentais, esta tese apresenta dois estudos que destacam a importância de adaptações culturais e procedimentais em programas de prevenção comportamentais baseados no reforço. Os estudos foram provenientes de um Ensaio Controlado Randomizado, o qual aconteceu em 2019, no estado do Ceará. O primeiro estudo “The need for procedural adaptations in the Good Behavior Game in Brazil: a narrative review to support the strategy” faz uma revisão narrativa das adaptações do Good Behavior Game implementadas em diferentes contextos internacionais, avaliando dez versões distintas. Essa análise ressalta a tendência para a inclusão de processos de reforço positivo e introduz a versão brasileira, o Programa Elos 2.0, que objetiva aprimorar a estratégia do Good Behavior Game focando-se em reforçar comportamentos-alvo desejados. O estudo “Prosocial behavior in children involved in peer violence” aborda a relação entre comportamento pró-social e violência entre pares, mostrando que crianças envolvidas em dinâmicas de agressão, seja como agressores ou vítimas, exibem menor inclinação a comportamentos pró-sociais e um aumento em problemas comportamentais. Esses achados reforçam a efetividade do Programa Elos 2.0 em promover um ambiente escolar positivo e destacam a importância de futuras pesquisas longitudinais.