Paulistinha, a creche universitária da unifesp: a construção identitária de uma história multifacetada (1971 a 1996)

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Data
2019-07-05
Autores
Oliveira, Rosana Carla De [UNIFESP]
Orientadores
Panizzolo, Claudia [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This research aims to present a history of the Paulistinha University Nursery, of the Federal University of São Paulo - UNIFESP, an institution created in the 1970s to attend to children of the employees of Paulista Nursing School – EPE, attached to Paulista School of Medicine - EPM. Motivated by labor laws, two female employees claimed from the EPM board the right to take their children to the workplace, since they had no one to leave them with. After many discussions and conflicts, the request was answered and gave birth to the Children's Community, which later came to be called Paulistinha. The period to be examined will be from 1971, the year in which it was created, until 1996 when the nursery began to attend elementary school and acquired a new structural configuration. As a research methodology, the following procedures were used: literature review, document selection and analysis, collection, collection and selection of sources, and semi-structured interviews. Documents used by the Nursery and the Paulista Nursing School were used as sources, such as manuals, opinions, edicts, and personal documents of the interviewees, such as records, photographs and interviews. The interviews were carried out with the school's founders, employees and former employees, parents and alumni, in order to obtain information that could reconstruct the history of this institution. According to Magalhães (1998, 2004, 2011), school actions are part of a complex relationship that integrates dialectically, passing through the materiality, appropriation and representation in the production of a society. As second category was used the Representation of Place, according to Certeau (1976, 2014), the daily practices, the knowledge and the places of speech, as inseparable from a social institution, so that the stories transform the places into spaces of movement, considering the set of relationships associated with a story. As a third category, Memory was used under the perspective of Halbwachs (2006) Bosi (1994), who present the memories as constructions from a lived social context and that express identity, contradictory and moral issues from social frameworks that are revealed throughout the narratives. As results are indicated the permanences, ruptures and values acquired with the Schooling of the day care.
Esta pesquisa tem como objetivo apresentar uma história da Creche Universitária Paulistinha, da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, instituição criada na década de 1970 para atender aos filhos das funcionárias da Escola Paulista de Enfermagem - EPE, vinculada à Escola Paulista de Medicina - EPM. Motivadas pelas leis trabalhistas, duas funcionárias reivindicaram à diretoria da EPE o direito de levar os filhos ao local de trabalho, pois não tinham com quem deixá-los. Após muitas discussões e conflitos, a solicitação foi atendida e deu origem à Comunidade Infantil. Mais tarde passou a se chamar Paulistinha. O período investigado é de 1971, ano em que foi criada, até 1996, ano em que a creche passou a atender ao Ensino Fundamental e adquiriu nova configuração estrutural. Como metodologia de pesquisa foram utilizados os seguintes procedimentos: revisão da literatura, seleção e análise de documentos, levantamento, coleta e seleção das fontes e ainda entrevistas semiestruturadas. Foram utilizados como fontes: documentos da Creche e da Escola Paulista de Enfermagem - manuais, pareceres, editais e documentos pessoais dos entrevistados, como registros, fotografias e entrevistas. Foram realizadas entrevistas com fundadores da escola, funcionários e ex-funcionários, pais e ex-alunos, com o intuito de obter informações que reconstruíssem a história da instituição. Foram utilizadas três categorias para análise das fontes: a primeira foi a categoria de Instituição Educativa. De acordo com Magalhães (1998, 2004, 2011), a história das instituições escolares e das práticas educativas revela importante linha de ação e de construção social e cultural, como parte de relação complexa que se integram dialeticamente, passando pela materialidade, apropriação e representação na produção de uma sociedade. Como segunda categoria foi utilizada a Representação de Lugar. Certeau (1976, 2014) apresenta as práticas cotidianas, saberes e lugares de fala, como indissociáveis de uma instituição. Os relatos transformam os lugares em espaços de movimento, considerando o jogo de relações associado a uma história. Como terceira categoria foi utilizada a Memória sob as perspectivas de Halbwachs (2006) e Bosi (1994), que as apresentam como construções a partir de um contexto vivido e que expressam questões identitárias, contraditórias e morais a partir de quadros sociais revelados nas narrativas. Como resultados são mostradas apropriações e transformações ocorridas nos tempos referentes às relações familiares e relações de amizade, concepções pedagógicas com a Escolarização da creche e trabalho com datas comemorativas e festividades.
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