A representação da figura do diabo no tríptico Juízo Final (1482) de Hieronymus Bosch

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Data
2019-08-30
Autores
Oliveira, Grasiela Prado Duarte De [UNIFESP]
Orientadores
Tatsch, Flavia Galli [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The present work will deal with the analysis of the diabolical being in the work of art of the painter Hieronymus Bosch (1450 - 1516), having as its object the Last Judgement triptych (1500 - 1505), displayed in the Akademie der Bildende Künste, Vienna. Bosch did not seek to stand out for the same aspects and techniques as other Flemish painters of his time. His religious paintings, like the Last Judgment, sought to warn, moralize the observer, and his sources allowed the transfer of beasts and monsters from manuscripts illuminations to the wide support of the altarpieces. Hybridizations of beasts, recurring in medieval and late medieval manuscripts marginalia, worked as a prism for the creation of demons as varied as they were in the Viena Last Judgment, and other similar works. Thus, Bosch composes the three parts the triptych, in order to fill the panels with demons. The left panel, Paradise, is not a place of rejoyce after judgment, but it is a view of the past, where angels and human fall, as we can see in the fall of the rebel angels, the creation of Eve, temptation and expulsion of Adam and Eve. Satan is present in Paradise, deceiving the first couple on earth. The central panel, Last Judgement, shows us a hostage environment of damnation and a profuse diversity of demons. Hell, in continuation of the disgrace of the central panel, keeps the punishments and sentences on the sinners to remind them why they are there, alluding to their own sins in the proceedings.
O presente trabalho se ocupará da análise do ser diabólico na obra do pintor Hieronymus Bosch (1450 - 1516), tendo como objeto o tríptico Juízo Final (1500 - 1505) exposto na Akademie der Bildende Künste, Viena. Bosch não procurou se destacar pelos mesmos aspectos e técnicas que outros pintores flamengos de seu tempo. Suas pinturas de cunho religioso, como o Juízo Final, buscavam advertir, moralizar o observador, e suas fontes permitiram transferir bestas e monstros em iluminuras de manuscritos para o suporte amplo dos retábulos. As hibridizações bestiais, recorrentes em margens de manuscritos medievais e tardo medievais, foram um prisma para a criação de demônios tão variados quanto numerosos no Juízo Final de Viena e outras obras desta magnitude. Assim, Bosch compõe as três partes o tríptico, de forma a preencher os painéis com demônios. O painel esquerdo, referente ao Paraíso, não nos será um lugar de bem aventurança após o julgamento, e sim o olhar ao passado pecaminoso, angelical e humano, pois mostrará a queda dos anjos rebeldes, a criação de Eva, tentação e expulsão de Adão e Eva. Satanás está bem presente no paraíso, ludibriando o primeiro casal da terra. O painel central, Juízo Final, nos mostra um ambiente refém da danação e com uma diversidade profusa de demônios. O Inferno, em continuação à desgraça do painel central, mantém as punições e sentenças aos condenados, de forma a lembrá-los do porque estão lá, aludindo aos seus próprios pecados nos processos.
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