O caminho para Persépolis: intermidialidade, quadrinhos e animação
Data
2019-01-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This M.A. thesis aims at analyzing the intermidiatic adaptation of the comic Persepolis (SATRAPI, 2007) to cinema, originating the animated film (also named Persepolis) directed by the author herself with Vincent Paronnaud. The research consists in investigating some excerpts from the source work and their rendering in the animated film, focusing on the transposition of content from one media (comic) to another (cinema, being the animated film a genre of this media). The theoretical framework used has as its key contributions the works by Rajewsky (2012) and Elleström (2017) on intermediality; Gaudreault & Marion (2012) on the concepts fabula and syuzhet; Boutin (2012) on multimodality; Genette (1982) and Gervais (2009) on intertextuality; Field (2014), Stam (2006) and Hutcheon (2013) on adaptation. The criteria for the analysis of the media studied here, comics and cinema, derive form works by Barbieri (2017), Cagnin (2014) and Nogueira (2010). The research hypothesis is that the adaptation represents a new product, a hypertext (the animation) which results from a hypotext (the comic), according to Genette’s nomenclature (1982). The process of meaning construction in the animated film was based on the characteristics of this media, which differs from those of the media comics, even though both are characterized by a multimodal language.
A presente dissertação tem por objetivo analisar o processo de intermidialidade verificado na adaptação da HQ Persépolis (SATRAPI, 2007) para o cinema, dando origem à animação homônima, dirigida pela própria autora em parceria com Vincent Paronnaud. A pesquisa consiste em investigar trechos de alguns capítulos da obra fonte e sua representação no filme de animação, considerando a transposição de conteúdo de uma mídia (HQ) a outra (cinema, sendo a animação um gênero dessa mídia). O referencial teórico utilizado foi baseado sobretudo nas contribuições de Rajewsky (2012) e Elleström (2017) para intermidialidade, Gaudreault & Marion (2012) a respeito dos conceitos de fabula e syuzhet, Boutin (2012) sobre multimodalidade, Genette (1982) e Gervais (2009) sobre intertextualidade, Field (2014), Stam (2006) e Hutcheon (2013) sobre adaptação. Em relação às mídias aqui trabalhadas, quadrinhos e cinema, alguns critérios de análise foram estabelecidos de acordo com os estudos de Barbieri (2017), Cagnin (2014) e Nogueira (2010). A hipótese da pesquisa é a de que a adaptação representa um novo produto, um hipertexto que deriva de um hipotexto (a HQ), seguindo a nomenclatura de Genette (1982). O processo de construção de sentido no filme de animação realizou-se explorando as características próprias da mídia em questão, que diferem das possibilidades da HQ, apesar de ambas se caracterizarem por apresentar uma linguagem multimodal.
A presente dissertação tem por objetivo analisar o processo de intermidialidade verificado na adaptação da HQ Persépolis (SATRAPI, 2007) para o cinema, dando origem à animação homônima, dirigida pela própria autora em parceria com Vincent Paronnaud. A pesquisa consiste em investigar trechos de alguns capítulos da obra fonte e sua representação no filme de animação, considerando a transposição de conteúdo de uma mídia (HQ) a outra (cinema, sendo a animação um gênero dessa mídia). O referencial teórico utilizado foi baseado sobretudo nas contribuições de Rajewsky (2012) e Elleström (2017) para intermidialidade, Gaudreault & Marion (2012) a respeito dos conceitos de fabula e syuzhet, Boutin (2012) sobre multimodalidade, Genette (1982) e Gervais (2009) sobre intertextualidade, Field (2014), Stam (2006) e Hutcheon (2013) sobre adaptação. Em relação às mídias aqui trabalhadas, quadrinhos e cinema, alguns critérios de análise foram estabelecidos de acordo com os estudos de Barbieri (2017), Cagnin (2014) e Nogueira (2010). A hipótese da pesquisa é a de que a adaptação representa um novo produto, um hipertexto que deriva de um hipotexto (a HQ), seguindo a nomenclatura de Genette (1982). O processo de construção de sentido no filme de animação realizou-se explorando as características próprias da mídia em questão, que diferem das possibilidades da HQ, apesar de ambas se caracterizarem por apresentar uma linguagem multimodal.