O pensamento em imagens: filosofia e literatura na obra de Albert Camus

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Data
2019-04-16
Autores
Bonadio, Gilberto Bettini [UNIFESP]
Orientadores
Silva, Arlenice Almeida Da [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Cette thèse se livre à l’investigation du statut de l’image dans la pensée d’Albert Camus puisque, pour l’auteur, à la philosophie sont possibles d’autres formes d’énonciation que celles réalisées par un ensemble de concepts reliés entre eux dans un système, comme on peut l’observer dans la tradition philosophique. À la lumière de cela, les principaux écrits de l’oeuvre camusienne, divisés en deux cycles, celui de l’Absurde et celui de la Révolte, présenteront la question de l’énonciation littéraire de la réflexion philosophique, en remettant en question ses frontières en comprenant l’image comme une occasion pour la réflexion, non comme quelque chose d’antérieur, mais simultanée à elle. L’image ne corrompt donc pas la réflexion authentique sur la réalité, mais les associe intimement, car elle permet à la pensée d’incarner des expériences conceptuellement ineffaçables, permettant au philosophe d’avoir une compréhension lucide de l’existence qui, à partir de l’expérience sensible, n’ira pas définir ou conceptualiser, mais illustrer la vie dans son absurdité, en se présentant comme l’expression d’une pensée plus complète, c’est-à-dire plus féconde. Ne développant pas une philosophie à la manière systématique, enfermée dans un réseau de concepts, comme Descartes, Kant, Hegel, entre autres, l’auteur aurait été indiquant une direction pour la réflexion philosophique en vue d’une philosophie plus inquiétant, qu’à travers la création des images mettais des problèmes directement liés à la vie humaine concrète et à son tragique inéluctable, une philosophie dans laquelle le philosophe, malgré ses prétentions d’unité, doit faire face de façon lucide et honnête au divorce, pour Camus, irrévocable, entre l’homme et le monde.
Esta tese se dedica à investigação sobre o estatuto da imagem no pensamento de Albert Camus, já que, para o autor, à filosofia são possíveis formas outras de enunciação que não aquela realizada por um conjunto de conceitos interligados em um sistema, tal como se pode observar na tradição filosófica. Diante disso, os escritos principais da obra camusiana, divididos em dois ciclos, o do Absurdo e o da Revolta, apresentarão a questão da enunciação literária da reflexão filosófica, problematizando suas fronteiras ao compreender a imagem como uma ocasião para a reflexão, não se tratando de algo anterior, mas simultâneo a ela. A imagem, portanto, não adultera a reflexão genuína sobre a realidade, mas as envolve intimamente porque permite ao pensamento encarnar experiências inapreensíveis conceitualmente, possibilitando ao filósofo uma apreensão lúcida da existência que, a partir da experiência sensível, não irá definir ou conceituar, mas ilustrar a vida em sua absurdidade, configurando-se como a expressão de uma forma mais completa, isto é, mais fecunda, de pensamento. Não desenvolvendo uma filosofia ao modo sistemático, fechada numa rede de conceitos, tal como fizeram Descartes, Kant, Hegel, entre outros, o autor estaria apontando uma direção para a reflexão filosófica com vistas a uma filosofia mais inquietante, que por meio da criação de imagens colocasse problemas diretamente relacionados à vida humana concreta e sua tragicidade inescapável, uma filosofia na qual o filósofo, malgrado suas pretensões de unidade, enfrentasse lúcida e honestamente o divórcio, para Camus, irrevogável, entre o homem e o mundo.
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