Ambiente de prática profissional dos enfermeiros que atuam em um hospital de ensino
Data
2019-11-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: The conditions of the nursing work environment may affect positively or negatively professional performance in an organization and this may impact the quality of care provided to the patient. Objective: Analyze the perception of the work environment of nurses working in a teaching hospital. Method: This is a cross-sectional study conducted at a teaching hospital in the state of São Paulo. For a sample calculation, a pilot test was performed with 17 participants with a confidence level of 95% and a sampling error of 0.10 in a population of 479 nurses, resulting in a sample of 178 professionals. The data was collected from September to October 2018, and a questionnaire was used, with sociodemographic and professional data, with 12 questions and the Practice Environment Scale (PES) - Brazilian version, with 31 items distributed in five subscales. Data analysis was performed using R software version 3.6.0 and a statistical significance of 5% (p <0.05) was adopted between subscales and study variables. The internal consistency of the questionnaire was assessed by Cronbach's alpha. Results: Out of 188 nurses who participated in the 36.2% were aged between 40 and 49 years old; 91% were female; 47.9% married and 41.5% without children. Also it should found 35.1% had more than 15 years of profession; 31.9% working less than five years in the institution; 52.7% with experience of less than five years in the unit; 95.7% worked in the healthcare area; 38.3% worked in the morning shift and 39.9% worked 36 hours a week. Cronbach's alpha for the general questionnaire was 0.91 and for the subscales ranged from 0.67 to 0.83. The average score for PES-Brazilian version was 2.58 and participants considered two of the five unfavorable subscales for practice: subscale 1 “Nurse participation in hospital affairs” (2.43) and subscale 4 “Staffing and resource adequacy” (2.23). Statistically significant differences were found between the professional variables length of experience in the institution (p=0.04) and work unit (p=0.02) with subscale 4 “Staffing and resource adequacy”; length of experience in the unit (p=0.03) with subscale 3 “Nurse manager ability, leadership and support of nurses”; the weekly shift with subscale 4 (p=0.004) and 5 “Collegial nurse-physician relations” (p=0.03). Conclusion: In tis institution, the nurses work environment was considered mixed. The results suggest manager’s attention to the nursing staff since sometimes a mixed work environment can result on either favorable or unfavorable conditions for professional practice. There is need for actions that allow to increase the participation and involvement of nurses in the hospital affairs and to improve the adequacy of resources available in order to provide quality health care services.
Introdução: O ambiente laboral de enfermagem apresenta características que facilitam ou dificultam a prática profissional em uma organização e pode influenciar na qualidade de cuidado prestado ao paciente. Objetivo: Analisar a percepção do ambiente de prática profissional dos enfermeiros que atuam em um hospital de ensino. Método: estudo transversal realizado em um hospital de ensino do estado de São Paulo. Para o cálculo amostral foi realizado um teste piloto com 17 participantes e considerou-se o grau de confiança de 95% e erro amostral de 0,10 em uma população de 479 enfermeiros, que resultou em uma amostra de 178 profissionais. Para a coleta de dados, realizada entre setembro e outubro de 2018, utilizou-se um questionário com dados sociodemográficos e profissionais, com 12 perguntas e a Practice Environment Scale (PES) - versão brasileira, com 31 itens distribuídos em cinco subescalas. A análise de dados foi feita pelo software R versão 3.6.0 e adotou-se significância estatística de 5% (p<0,05) entre as subescalas e variáveis de estudo. A consistência interna do instrumento foi avaliada pelo alfa de Cronbach. Resultados: Participaram do estudo, 188 enfermeiros, destes 36,2% possuíam idade entre 40 e 49 anos; 91% eram do sexo feminino; 47,9% casados e 41,5% sem filhos. Verificou-se que 35,1% tinham mais que 15 anos de profissão; 31,9% com tempo de trabalho menor que cinco anos na instituição; 52,7% com experiência menor que cinco anos na unidade; 95,7% atuavam na área assistencial; 38,3% trabalhavam no turno da manhã e 39,9% com jornada semanal de 36 horas. O alfa de Cronbach para instrumento geral foi de 0,91 e para as subescalas variou entre 0,67 a 0,83. A média do escore para o PES - versão brasileira foi de 2,58. Os participantes consideraram duas das cinco subescalas desfavoráveis para sua prática: a subescala 1 “Participação dos enfermeiros na discussão dos assuntos hospitalares” (2,43) e a subescala 4 “Adequação da equipe e de recursos” (2,23). Achou-se diferenças estatisticamente significantes entre as variáveis profissionais tempo de experiência na instituição (p=0,04) e unidade de trabalho (p=0,02) com a subescala 4 “Adequação da equipe e de recursos”; tempo de experiência na unidade (p=0,03) com a subescala 3 “Habilidade, liderança e suporte dos coordenadores/supervisores de enfermagem aos enfermeiros/equipe de enfermagem”; jornada de trabalho semanal com a subescala 4 (p=0,004) e 5 “Relações colegiais entre enfermeiros e médicos” (p=0,03). Conclusão: o ambiente de trabalho dos enfermeiros foi considerado misto na instituição estudada Os resultados da pesquisa sugerem atenção dos gestores para a equipe de enfermagem uma vez que um ambiente laboral misto pode resultar em condições ora favoráveis ora desfavoráveis para a prática profissional. Há necessidade de se olhar para ações que outorguem maior participação e envolvimento dos enfermeiros nos assuntos hospitalares e melhoras com respeito à adequação de recursos para prestar assistência de cuidado com qualidade.
Introdução: O ambiente laboral de enfermagem apresenta características que facilitam ou dificultam a prática profissional em uma organização e pode influenciar na qualidade de cuidado prestado ao paciente. Objetivo: Analisar a percepção do ambiente de prática profissional dos enfermeiros que atuam em um hospital de ensino. Método: estudo transversal realizado em um hospital de ensino do estado de São Paulo. Para o cálculo amostral foi realizado um teste piloto com 17 participantes e considerou-se o grau de confiança de 95% e erro amostral de 0,10 em uma população de 479 enfermeiros, que resultou em uma amostra de 178 profissionais. Para a coleta de dados, realizada entre setembro e outubro de 2018, utilizou-se um questionário com dados sociodemográficos e profissionais, com 12 perguntas e a Practice Environment Scale (PES) - versão brasileira, com 31 itens distribuídos em cinco subescalas. A análise de dados foi feita pelo software R versão 3.6.0 e adotou-se significância estatística de 5% (p<0,05) entre as subescalas e variáveis de estudo. A consistência interna do instrumento foi avaliada pelo alfa de Cronbach. Resultados: Participaram do estudo, 188 enfermeiros, destes 36,2% possuíam idade entre 40 e 49 anos; 91% eram do sexo feminino; 47,9% casados e 41,5% sem filhos. Verificou-se que 35,1% tinham mais que 15 anos de profissão; 31,9% com tempo de trabalho menor que cinco anos na instituição; 52,7% com experiência menor que cinco anos na unidade; 95,7% atuavam na área assistencial; 38,3% trabalhavam no turno da manhã e 39,9% com jornada semanal de 36 horas. O alfa de Cronbach para instrumento geral foi de 0,91 e para as subescalas variou entre 0,67 a 0,83. A média do escore para o PES - versão brasileira foi de 2,58. Os participantes consideraram duas das cinco subescalas desfavoráveis para sua prática: a subescala 1 “Participação dos enfermeiros na discussão dos assuntos hospitalares” (2,43) e a subescala 4 “Adequação da equipe e de recursos” (2,23). Achou-se diferenças estatisticamente significantes entre as variáveis profissionais tempo de experiência na instituição (p=0,04) e unidade de trabalho (p=0,02) com a subescala 4 “Adequação da equipe e de recursos”; tempo de experiência na unidade (p=0,03) com a subescala 3 “Habilidade, liderança e suporte dos coordenadores/supervisores de enfermagem aos enfermeiros/equipe de enfermagem”; jornada de trabalho semanal com a subescala 4 (p=0,004) e 5 “Relações colegiais entre enfermeiros e médicos” (p=0,03). Conclusão: o ambiente de trabalho dos enfermeiros foi considerado misto na instituição estudada Os resultados da pesquisa sugerem atenção dos gestores para a equipe de enfermagem uma vez que um ambiente laboral misto pode resultar em condições ora favoráveis ora desfavoráveis para a prática profissional. Há necessidade de se olhar para ações que outorguem maior participação e envolvimento dos enfermeiros nos assuntos hospitalares e melhoras com respeito à adequação de recursos para prestar assistência de cuidado com qualidade.