Uso do radioiodo na Doença de Graves: fatores preditores de resposta terapêutica e impacto sobre os anticorpos estimuladores anti-receptor de TSH (TSI)
Data
2019-03-28
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Background: Graves’ disease is characterized by the presence of thyroid-stimulating hormone receptor autoantibodies (TRAb). The treatment of GD with 131I is efficacious; however, the patient responses are variable. Objectives: To evaluate specific factors that may interfere with the response and progression of autoimmunity after treatment. Methods: A total of 40 patients, who were treated with 131I, were continuously assessed before and after the dose of 131I, and their clinical and laboratory parameters were evaluated. Results: The patients were divided according to the outcome of treatment: Group I (87.5%) comprised the patients who achieved a control of hyperthyroidism after treatment, and Group II (12.5%) were the patients who remained hyperthyroid after the treatment. The groups did not exhibit a significant difference regarding the age, 131I dose, initial ATG, initial TRAb, and urinary iodine. However, males were more abundant in Group II, the thyroid volume and the initial concentrations of FT4 and T3T were significantly higher in Group II. The patients in Group I exhibited a significant increase in TRAb beginning in the third month, whereas the TRAb concentration at six months was significantly higher in Group II [40IU/L (30,03-40)] compared to Group I [19.72 IU/L (1,45- 40)] Conclusions: Patients with a large goiter, who were male, or who had higher levels of thyroid hormones responded less to 131I. The TRAb level was higher at six months in the patients who did not respond to 131I, and thus, TRAb is considered a marker of persistent hyperthyroidism.
A Doença de Graves é uma desordem autoimune caracterizada pela presença de autoanticorpos que se ligam ao receptor de TSH (TRAb) causando, na maioria das vezes, ativação deste receptor com consequente aumento da síntese de hormônios tiroidianos (1). O tratamento da doença de Graves pode ser feito com drogas antitiroidianas, iodo radioativo (131I) e cirurgia (2). Todas as modalidades de tratamento são eficazes e com diferentes taxas de sucesso (2). A decisão sobre qual modalidade terapêutica utilizar varia de acordo com características clínicas do paciente, presença de comorbidades e da vontade do paciente (3). Junto com a cirurgia, o tratamento com 131I é considerado como definitivo e tem por objetivo levar ao controle da tirotoxicose ou mesmo ao hipotiroidismo (4). O 131I é usado há mais de sete décadas para o tratamento do hipertiroidismo (4). É altamente eficaz, seguro, de fácil administração e relativo baixo custo (4). Devido a essas vantagens, é a modalidade de tratamento preferida nos países ocidentais, em especial nos EUA (1,3). A resposta dos pacientes ao tratamento com 131I é variável. Assim, diversos estudos tentam identificar fatores que possam predizer quais pacientes teriam mais chance de responder ao tratamento bem como a dose ideal de 131I, e tais fatores incluem: gênero, idade, tabagismo, volume do bócio, níveis dos hormônios tiroidianos (T3 e T4) no momento do diagnóstico e níveis de Anticorpos antirreceptor de TSH (TRAb) (5-7). Assim, nesse estudo pretendemos descrever a experiência do tratamento com 131I para hipertiroidismo por doença de Graves (DG) em um centro hospitalar único, analisando a sua eficácia terapêutica e os fatores de falha ao tratamento.
A Doença de Graves é uma desordem autoimune caracterizada pela presença de autoanticorpos que se ligam ao receptor de TSH (TRAb) causando, na maioria das vezes, ativação deste receptor com consequente aumento da síntese de hormônios tiroidianos (1). O tratamento da doença de Graves pode ser feito com drogas antitiroidianas, iodo radioativo (131I) e cirurgia (2). Todas as modalidades de tratamento são eficazes e com diferentes taxas de sucesso (2). A decisão sobre qual modalidade terapêutica utilizar varia de acordo com características clínicas do paciente, presença de comorbidades e da vontade do paciente (3). Junto com a cirurgia, o tratamento com 131I é considerado como definitivo e tem por objetivo levar ao controle da tirotoxicose ou mesmo ao hipotiroidismo (4). O 131I é usado há mais de sete décadas para o tratamento do hipertiroidismo (4). É altamente eficaz, seguro, de fácil administração e relativo baixo custo (4). Devido a essas vantagens, é a modalidade de tratamento preferida nos países ocidentais, em especial nos EUA (1,3). A resposta dos pacientes ao tratamento com 131I é variável. Assim, diversos estudos tentam identificar fatores que possam predizer quais pacientes teriam mais chance de responder ao tratamento bem como a dose ideal de 131I, e tais fatores incluem: gênero, idade, tabagismo, volume do bócio, níveis dos hormônios tiroidianos (T3 e T4) no momento do diagnóstico e níveis de Anticorpos antirreceptor de TSH (TRAb) (5-7). Assim, nesse estudo pretendemos descrever a experiência do tratamento com 131I para hipertiroidismo por doença de Graves (DG) em um centro hospitalar único, analisando a sua eficácia terapêutica e os fatores de falha ao tratamento.