O projeto modernizador da Belle Époque Recifense e suas contradições através da fotografia de Francisco du Bocage realizadas entre 1892-1919
Data
2019-03-29
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Francisco du Bocage was a photographer who worked in Recife between 1892 and 1919 and his photographs bequeathed us a valuable documentary on the gentrification of the city of those early years of the First Republic. Considered a master of records of the urban landscapes of the northeast, Bocage photographed, on demand, the reforms of the port district bringing strong documentary character of the entrance of Recife in the modernity longed for by the Pernambuco elite in the nascent republic. His photographs of the works created a unique visual documentary about the deep transformations in the port in the decades of 10 and 20 of century XX. In addition to the orders for the port and the portraits, Bocage also photographed images that were used in posts from his photo studio. He also recorded the daily life and solemnities of the city seeking angles for the "popular classes" in their work in the streets and their neighborhoods, which shows social and cultural permanence in the city that was transformed. The present dissertation intends to present in the light of Visual Anthropology the creation of a place called Recife through the analysis of some images produced and circulated in the period of the First Republic, with emphasis on the photographs of Francisco du Bocage.
Francisco du Bocage foi um fotógrafo que atuou em Recife entre 1892 a 1919 e suas fotografias nos legaram um valioso documentário sobre o aburguesamento da cidade daqueles primeiros anos da Primeira República. Considerado um mestre de registros das paisagens urbanas do nordeste, Bocage fotografou, sob encomenda, as reformas do bairro portuário trazendo forte caráter documental da entrada de Recife na modernidade almejada pela elite pernambucana na nascente república. Suas fotografias das obras criaram um documentário visual único sobre as profundas transformações no porto nas décadas de 10 e 20 do século XX. Além das encomendas para o porto e dos retratos, Bocage também fotografou imagens que foram utilizadas em postais de seu estúdio fotográfico. Ainda registrou o cotidiano e solenidades da cidade buscando ângulos para as “classes populares”, em seus trabalhos pelas ruas e seus bairros, o que evidencia permanências sociais e culturais na cidade que se transformava. A presente dissertação pretende apresentar à luz da Antropologia Visual a criação de um lugar chamado Recife através da análise de algumas imagens produzidas e circuladas no período da Primeira República, com destaque para as fotografias de Francisco du Bocage.
Francisco du Bocage foi um fotógrafo que atuou em Recife entre 1892 a 1919 e suas fotografias nos legaram um valioso documentário sobre o aburguesamento da cidade daqueles primeiros anos da Primeira República. Considerado um mestre de registros das paisagens urbanas do nordeste, Bocage fotografou, sob encomenda, as reformas do bairro portuário trazendo forte caráter documental da entrada de Recife na modernidade almejada pela elite pernambucana na nascente república. Suas fotografias das obras criaram um documentário visual único sobre as profundas transformações no porto nas décadas de 10 e 20 do século XX. Além das encomendas para o porto e dos retratos, Bocage também fotografou imagens que foram utilizadas em postais de seu estúdio fotográfico. Ainda registrou o cotidiano e solenidades da cidade buscando ângulos para as “classes populares”, em seus trabalhos pelas ruas e seus bairros, o que evidencia permanências sociais e culturais na cidade que se transformava. A presente dissertação pretende apresentar à luz da Antropologia Visual a criação de um lugar chamado Recife através da análise de algumas imagens produzidas e circuladas no período da Primeira República, com destaque para as fotografias de Francisco du Bocage.