PPG - Ciências Sociais

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    Acesso aberto (Open Access)
    Levando o cuidado a sério: uma reflexão acerca de limites e potencialidades
    (Universidade Federal de São Paulo, 2019-10-18) Claro, Michelle Gomes; Cyfer, Ingrid; Silva, Júlio César Casarin Barroso; http://lattes.cnpq.br/7742601248709182; http://lattes.cnpq.br/7880008426446782; http://lattes.cnpq.br/7348796625795044
    As discussões a respeito da divisão desigual do cuidado não são recentes, há muito alertam sobre a responsabilidade desigual pelo cuidado que incide principalmente sobre as mulheres. As atividades do cuidado foram socialmente e sistematicamente designadas ao campo do privado, e as vozes oriundas dos principais responsáveis pelo cuidado não são ouvidas adequadamente, gerando consequências políticas. A psicóloga Carol Gilligan, argumenta em “Uma Voz Diferente” (1982), a existência de uma forma de raciocínio moral considerada menos moral por não se adequar aos critérios característicos de uma ética da justiça. Ao evidenciar uma voz do cuidado, Gilligan defende que o cuidado não seja compreendido como naturalmente feminino, mas como o efeito de condições históricas. Partindo das investigações de Gilligan e algumas de suas provocações, buscamos por meio de autoras que propõem modos de articular cuidado e justiça, encontrar vias possíveis para um empreendimento feminista e político sobre o cuidado. Por fim, se tomarmos a definição de cuidado desenvolvida por Joan Tronto (1987), como um trabalho necessário para a manutenção do corpo social, mas que é negligenciado apesar de sua importância, questionamos quais são as razões que levam necessidades entendidas como ordinárias serem negligenciadas pelas teorias morais tradicionais. O cuidado não é uma experiência singular destinada apenas a alguns sujeitos, mas uma experiência vivenciada por todos constantemente, dado uma vulnerabilidade humana genérica, somada a noção de que todos somos interdependentes, destinando e recebendo cuidados independente de nossos laços afetivos
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    Acesso aberto (Open Access)
    Entensão universitária e Política Nacional de Educação em Direitos Humanos: caminhos para efetivação nas instituições privadas de ensino superior no Brasil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-30) Mendonça, Patrícia Ferreira de; Comparato, Bruno Konder; http://lattes.cnpq.br/6195755585703714; http://lattes.cnpq.br/5179969197538885
    O presente trabalho busca compreender como as instituições privadas de ensino superior podem atuar na promoção e defesa dos Direitos Humanos, com ênfase no papel da extensão universitária recentemente curricularizada. Partindo de uma revisão bibliográfica abrangente, a pesquisa examina o potencial transformador das atividades extensionistas na formação discente e seu alcance social, considerando a capilaridade das IES privadas por meio de seus campi, unidades de ensino e polos de educação à distância. O estudo perpassa a trajetória histórica dos Direitos Humanos, analisando sua evolução e relevância no contexto educacional contemporâneo. Ademais, investiga as políticas nacionais pertinentes, como a Política Nacional de Direitos Humanos e a Política Nacional de Educação em Direitos Humanos no ensino superior, estabelecendo distinções cruciais entre abordagens assistenciais e assistencialistas. A pesquisa se aprofunda no panorama do ensino superior privado brasileiro, refletindo sobre seu papel social à luz da recente curricularização da extensão e seu potencial na promoção e defesa dos direitos humanos. As conclusões do trabalho apontam possíveis estratégias para que as IES privadas efetivem a extensão como instrumento de defesa, proteção e promoção dos Direitos Humanos nas localidades onde se fazem presentes, sobretudo via polos EaD. Destaca-se a importância de projetos e ações que alcancem efetivamente as comunidades, contribuindo assim para uma formação acadêmica socialmente responsável e para o fortalecimento da cidadania. O estudo visa, portanto, não apenas analisar o cenário atual, mas também propor caminhos concretos para a integração efetiva entre ensino superior privado, extensão universitária e a promoção dos Direitos Humanos, reconhecendo o papel fundamental das IES na construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Dimensão virtual, cinema e sociedade: uma análise da Trilogia Qatsi
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-25) Hippertt, Rebeca Torrezani Martins; Rovai, Mauro Luiz; http://lattes.cnpq.br/0720071392894567; http://lattes.cnpq.br/6459096361224111
    Na presente pesquisa, analisam-se os três filmes da trilogia Qatsi do diretor norte-americano Godfrey Reggio, Koyaanisqatsi: Life Out of Balance, Powaqqatsi: Life in Transformation e Naqoyqatsi: Life as War. Por meio da análise sociológica do filme, considerando alguns critérios metodológicos de Pierre Sorlin (1985), pretende-se identificar como os filmes dessa trilogia representam algumas das transformações tecnológicas nas sociedades modernas. Descreve-se, portanto, a forma pela qual o desenvolvimento digital é encenado na trilogia Qatsi e se torna elemento fundamental na constituição de fenômenos sociais. Para tal, destacam-se, também, as transformações que apontam para um processo de aceleração social e sua relação com a dimensão virtual da realidade, sobretudo no modo como esses fenômenos são reconstruídos em forma fílmica. A hipótese central da pesquisa é que os filmes da trilogia, em que a trilha musical é dominante, sem personagens tradicionais, diálogos verbais e narrativa linear, podem “falar” sobre como a sociedade é vista e avaliada, bem como plasticamente construída. Os encadeamentos entre música e imagem são fortes elementos discursivos que contribuem para a análise dos fenômenos sociais valorados nos filmes, sendo a repetição não apenas um princípio formal de organização visual e sonora do filme, mas também vestígio de um mecanismo social, o que possibilita compreensões acerca do contexto social em que as obras foram produzidas. A propósito, filmes que não possuem o uso predominante do texto verbal, tais como os dessa trilogia, oferecem um ferramental próprio de análise interessante para a sociologia, o que faz com que um filme particular comunique de modo inesperado e novo. Nesse sentido, reitera-se que o virtual é um componente fundamental da sociedade moderna, e uma das tarefas do cientista social é identificar os seus efeitos por meio dos recursos expressivos, visuais e musicais que o cinema mobiliza.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Embranquecer o passado, questionar o presente, aspirar ao futuro: percepções sobre raça, classe e gênero entre os jovens do município de Osasco (SP)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-23) Farias , Ana Carolina Batista de Almeida; Pereira, Alexandre Barbosa; http://lattes.cnpq.br/9605611752948124; http://lattes.cnpq.br/3202496628705583
    Este trabalho tem por objetivo compreender o que os jovens frequentadores de três escolas estaduais situadas no município de Osasco (SP) em diferentes pontos da cidade têm a nos dizer sobre experiências com a branquitude aspiracional (conceito original desenhado nesta tese em diálogo com a banca de qualificação) e com os marcadores sociais subalternizados. Com base em uma etnografia, foi possível conviver com diversos interlocutores e construir uma narrativa sobre as múltiplas juventudes da cidade. Alguns deles possuem maiores acessos a oportunidades como candidatos à boa projeção de futuro por estarem situados em seus privilégios, seja de território, seja da cor da pele, enquanto outros são vistos como futuros cidadãos não tão promissores justamente por estarem no entrecruzamento de avenidas identitárias. À primeira vista, essa parece uma leitura condicionada ao determinismo, contudo as narrativas dos interlocutores ganham outro sentido a partir do revide de jovens ditos subalternizados que lutam todos os dias por sua sobrevivência, convivem supostamente com problemas de saúde mental e reinventando suas próprias histórias, questionando os modelos adultos centrados na branca cisheteronormatividade em nome de outros jeitos de pensar sobre si, sobre seu grupo social e suas projeções de futuro. As considerações finais revelam que não há um único jeito de ser jovem no município de Osasco, assim como não é possível capturar uma única expectativa de futuro comum entre eles, uma vez que a branquitude aspiracional opera com tamanha sofisticação e atravessa das mais variadas maneiras jovens brancos e não brancos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    O parque ecológico de Cocó: estudo etnográfico sobre comunidades tradicionais, conflitos socioambientais e intervenções urbanas na cidade de Fortaleza/CE (2017-2023)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-25) Lopes, Gleison Maia; Silva, José Carlos Gomes da; http://lattes.cnpq.br/7347972912468964; http://lattes.cnpq.br/1907650400609504
    Analisar as relações de poder no processo de criação do Parque Ecológico do Cocó e das intervenções urbanas em sua área, especificamente sobre as comunidades tradicionais da sua região, entre os anos de 2017-2023, foi o objetivo dessa análise que se apresenta. O Parque do Cocó, Localizado na cidade de Fortaleza-Ce, há tempos é uma zona de disputas urbanas entorno de suas formas de apropriação legítimas. Contexto esse que se evidenciou de maneira mais efetiva quando de sua demarcação oficial em 2017 e da construção do Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba, em 2022. Esse contexto evidenciou uma série de associações políticas, relações de poder e conflito que descortinam o processo de constituição da realidade social daquela comunidade. A imersão etnográfica com os grupos pesquisados, bem como coleta de materiais por meio de entrevistas foram formas metodológicas de busca e coleta dos dados. A pesquisa, agora concluída, possibilitou problematizar o processo sócio-histórico de formação das comunidades tradicionais pesquisadas e como as relações que estas historicamente constituíram no seu processo de sociabilidade dialogam com as temporalidades e articulações que a criação do parque e demais intervenções urbanas na região fizeram emergir naquela realidade, junto aos seus grupos, formas de agência e associação.