CA 15-3 como marcador de atividade e gravidade na pneumonite de hipersensibilidade crônica

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Data
2019-03-28
Autores
Gomes, Paula Silva [UNIFESP]
Orientadores
Pereira, Carlos Alberto De Castro [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Objective: Assess CA 15-3 as severity and activity marker in chronic hypersensitivity pneumonitis (cHP). Methods: Forty-one adults diagnosed according Salisbury’s criteria were evaluated in a cross-sectional study. Patients with other causes that could lead to high serum levels of CA 15-3 or dyspnea were excluded. Serum levels of CA 15-3 were: 1) Compared between patients with and without disease activity (based on progressive worsening of the dyspnea or significant worsening of lung function in the last 6-12 months before the study enrollment); 2) Correlated with functional severity indicators; 3) Compared between CT semi-quantitative scores set by two expert radiologists and; 4) Compared between patients removed from antigen exposure and others. Results: median age was 70.2 ± 17.34 years; Mean FVC% was 60.9±11.5. Environmental exposure was presented in all cases. Serum levels of CA 15-3 were higher in patients with active disease (Md= 73,2, Q1=34,7-Q3=141,6 vs Md= 38,8, Q1=25,7-Q3=60,9, p=0,02) in those out of activity. The cut-off point of CA 15-3 obtained using ROC curve was 51 U/mL (t=6,16, p=0,01). CA 15-3 were negatively correlated with: FVC% (r =-0,30, p=0,05), DLCO% (r =-0,52, p<0,01) e Exercise SpO2 (r =-0,59, p<0,01). There was a direct correlation between CA 15-3 and semiquantitative score of ground-glass opacities extension (F=3,03, p=0,04). There was no correlation with score fibrosis. Patients improved after withdrawal of exposure had lower values of CA 15-3 than those maintained it and worsened and the best point of cut-off was 55 U/mL (AUC=0,73, p=0,01). Conclusion: CA 15-3 is a promising biomarker in HP chronic disclosing direct correlation with disease severity, particularly with gas exchange and activity.
Objetivo: Avaliar o antígeno de carboidrato CA 15-3 (CA 15-3) como marcador de gravidade e atividade na pneumonite de hipersensibilidade crônica (PHc). Métodos: Quarenta e um adultos com diagnóstico de PHc pelos critérios de Salisbury foram avaliados em um estudo transversal. Foram excluídos casos com outras condições com potencial para aumento dos níveis de CA 15-3, ou que pudessem resultar em dispneia. Os níveis de CA 15-3 foram: 1) Comparados nos pacientes com e sem atividade de doença (baseado na piora da dispneia ou piora significante da função pulmonar nos últimos 6-12 meses antes da inclusão no estudo); 2) Correlacionados com indicadores de gravidade funcional; 3) Comparados entre escores semiquantitativos na TCAR, determinados por dois radiologistas especializados e; 4) Comparados entre os afastados do antígeno com melhora clínica e os demais. Resultados: a média de idade foi de 70.2±17.34 anos, a maioria do sexo feminino (73%). A média da CVF% foi de 60.9±11.5. Exposição ambiental estava presente em todos. Os níveis do CA 15-3 foram maiores nos pacientes com doença em atividade (Md= 73,2, Q1=34,7-Q3=141,6 vs Md= 38,8, Q1=25,7-Q3=60,9, p=0,02) naqueles sem atividade, com um valor de corte para CA 15-3 selecionado por curva ROC de 51 U/mL (t=6,16, p=0,01). CA 15-3 se correlacionou negativamente com: CVF% (r =-0,30, p=0,05), DCO% (r =-0,52, p<0,01) e SpO2 ao final do exercício (r =-0,59, p<0,01). Houve correlação direta entre CA 15-3 e escore semiquantitativo de extensão das opacidades em vidro fosco (F=3,03, p=0,04). Não houve correlação com o escore de fibrose. Quanto aos pacientes com melhora após afastamento ou exposição mantida e sem melhora, os valores do CA 15-3 foram menores no primeiro grupo com ponto de corte pela curva ROC de 55 U/mL (AUC=0,73, p= 0,01). Conclusão: CA 15-3 é um biomarcador promissor na PH crônica, mostrando correlação direta com a gravidade da doença, especialmente com indicadores de troca gasosa, e com dados indicativos de atividade da doença.
Descrição
Citação
GOMES, Paula Silva. CA 15-3 como marcador de atividade e gravidade na pneumonite de hipersensibilidade crônica. 2019. 117f. Tese (Doutorado em Pneumologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.