Rastreamento visual em crianças da educação infantil e ensino fundamental 1: acuidade visual, motilidade extrínseca ocular e acuidade estereoscópica

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Data
2019-04-25
Autores
Quercia, Andressa Zanini Fantato [UNIFESP]
Orientadores
Berezovsky, Adriana [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
Título da Revista
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Resumo
Objective: Screening programs for visual problems in childhood provide access for the child population to ophthalmological assessment and thus enable the detection of eye diseases and the prevention of visual impairment and blindness in childhood. The objective of this work was to analyze the results of visual acuity, extrinsic ocular motility and stereoscopic acuity of children in Early Childhood Education and Elementary School I evaluated in the Eye Health Promotion Program held at Escola Paulistinha de Educação. Methods: This cross-sectional, retrospective observational study was carried out based on the review of medical records of children attended from 1992 to 2017. Visual acuity (VA) data presented monocular far (cortical in the Snellen table or angular with optotype “E” of Snellen / Sjogren's “hand”), state of ocular extrinsic motility (MEO) and stereoscopic acuity (LA) were tabulated. Medical records without information on date of birth, visual acuity or state of extrinsic ocular motility were excluded. For data analysis, the AV values ​​obtained in decimal were converted into logMAR and the participants were grouped into three age groups (<6 years, ≤ 6 to 9 years and> 9 years). The level of statistical significance was considered as P≤0.05. Results: From the total of 1922 reviewed medical records, data from 1705 students (50.21% female) were included, ranging in age from 2 years and 5 months to 12 years and 2 months (mean = 5.16 ± 1.76 years). The VA presented in the eye with the best vision varied from 0.00 to 0.70 logMAR (mean = 0.03 ± 0.07 logMAR) and was better in children older than 9 years. The AE varied from 40 to 800 seconds of arc (mean 108 ± 160 seconds of arc) and was better in children from 6 years of age. Two hundred and thirty-six (13.84%) students had some degree of visual impairment (VA ≤0.16logMAR or 0.7) in one or both eyes. Alteration of the MEO was observed in 44 students (59.09% with manifest strabismus and 40.91% with intermittent strabismus), with manifest esotropia being present in 50% of the cases. Of the total of 1705 examined, 417 referrals were made to the eye service, mainly due to visual impairment. Conclusions: Visual and stereoscopic acuity were better in children from 6 years of age. The frequency of low vision in at least one eye was 13.84% and strabismus, 2.58%. In general, visual screening enabled early referral to ophthalmological assessment, positively impacting school learning and children's quality of life.
Objetivo: Os programas de rastreamento de problemas visuais na infância proporcionam o acesso da população infantil à avaliação oftalmológica e assim, possibilitam a detecção de doenças oculares e prevenção de deficiência visual e cegueira na infância. O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados de acuidade visual, motilidade extrínseca ocular e acuidade estereoscópica das crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I avaliadas no Programa de Promoção a Saúde Ocular realizado na Escola Paulistinha de Educação. Métodos: Este estudo observacional retrospectivo descritivo transversal foi realizado a partir da revisão de prontuários das crianças atendidas de 1992 a 2017. Os dados de acuidade visual (AV) apresentada monocular para longe (cortical na tabela de Snellen ou angular com optotipo “E” de Snellen/“mão” de Sjogren), estado da motilidade extrínseca ocular (MEO) e acuidade estereoscópica (AE) foram tabulados. Foram excluídos prontuários sem informação sobre data de nascimento, acuidade visual ou estado da motilidade extrínseca ocular. Para a análise dos dados, os valores de AV obtidos em decimal foram convertidos em logMAR e os participantes foram agrupados em três faixas etárias (<6 anos, ≤ 6 a 9 anos e >9 anos). O nível de significância estatística foi considerado como P≤0,05. Resultados: Do total de 1922 prontuários revisados, foram incluídos os dados de 1705 escolares (50,21% do sexo feminino) com idade variando de 2 anos e 5 meses a 12 anos e 2 meses (média=5,16±1,76 anos). A AV apresentada no olho de melhor visão variou de 0,00 a 0,70 logMAR (média=0,03±0,07 logMAR) e foi melhor nas crianças com mais de 9 anos. A AE variou de 40 a 800 segundos de arco (média 108±160 segundos de arco) e foi melhor nas crianças a partir dos 6 anos de idade. Duzentas e trinta e seis (13,84%) alunos apresentaram algum grau de deficiência visual (AV ≤0,16logMAR ou 0,7) em um ou ambos os olhos. Alteração da MEO foi observada em 44 escolares (59,09% com estrabismo manifesto e 40,91% com estrabismo intermitente), sendo a esotropia manifesta presente em 50% dos casos. Do total de 1705 examinados, foram realizados 417 encaminhamentos ao serviço oftalmológico, principalmente devido à baixa visual. Conclusões: As acuidades visual e estereoscópica foram melhores nas crianças a partir dos 6 anos de idade. A frequência de baixa de visão em ao menos um dos olhos foi de 13,84% e de estrabismo, 2,58%. De maneira geral, o rastreamento visual possibilitou o encaminhamento precoce à avaliação oftalmológica, impactando positivamente no aprendizado escolar e na qualidade de vida das crianças.
Descrição
Citação
QUERCIA, Andressa Zanini Fantato. Rastreamento visual em crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental I: acuidade visual, motilidade extrínseca ocular e acuidade estereoscópica. 2019. 58f. Dissertação (Mestrado em Oftalmologia e Ciências Visuais) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.