Relação do trabalho com o desenvolvimento de incapacidades em cozinheiros
Data
2019-11-25
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Identify if there is a relation between the work of the cooks with the development of functional incapacities. Methods: This is an observational cross-sectional and descriptive study of qualitative and quantitative nature. 241 permanent civil servant cooks of Prefeitura Municipal de Santos (PMS) were analyzed. It was applied to all the sociodemographic questionnaire developed by the researcher, the World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0) and the Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ). Of the cooks included in this study, 33 participated in individual interviews and 30 in group interviews which were distributed in 3 different groups: day-care, kindergarten and elementary school. The perception of the cooks about work and their illness were evaluated in accordance with the content analysis method. The quantitative data were evaluated through the descriptive statistics and for inferential analysis it was used the Mann-Whitney U e ANOVA Kruskal-Wallis nonparametric tests, pos hoc Dwass-Steel- Critchlow-Fligner, considering the significance level of 5%. Results: Of the 241 cooks evaluated in the last 12 months, 168 (70.3%) presented problems in the lower back and 96 (40.2%) presented problems in the lower back in the last 7 days. 172 cooks had pain in some region of the body in the last 7 days and WHODAS total score 16,63 (8,68 – 13,17). When compared to individuals who did not have pain 6,18 (2,04 – 11,52), a significant difference was observed (p<0,001), The interpersonal relationship score was the only one that had no significant difference, demonstrating that the functionality is worse for individuals who have some pain in the last 7 days. Of the participants, 41 had already been on a leave of absence from work by ICD-M, WHODAS total score 19,65 (7,60 – 33,81), while the individuals who did not leave presented total score 11,80 (4,87 – 21,35). We found significant difference for the total score (p=0,01), however, among the domains, interpersonal relationship (p=0,10) had no significant difference. We found in our research that cooks who work in kindergarten schools had better functional indexes total score 10,10 (4,0 – 19,6) when compared to day-care centers (Total score 16,50 (8,3 – 24,2)), where p=0,04. In the interviews it was possible to identify barriers in the performance of the work, such as: lack of equipment and products, inadequate physical structures, high temperatures, reduced staff, absence of workers, lack of support from supervisors and restriction of activities. Conclusion: The work developed by the cooks has several work overloads that can facilitate the emergence of musculoskeletal diseases and consequently limitation of activities.
Objetivos: Identificar se há relação entre o trabalho dos cozinheiros com o desenvolvimento de incapacidades funcionais. Métodos: Trata-se de uma pesquisa observacional transversal e descritiva, de natureza quali-quantitativa. Foram analisados 241 cozinheiros concursados da Prefeitura Municipal de Santos (PMS). Foi aplicado para todos o questionário do perfil sociodemográfico desenvolvido pelo pesquisador, a Escala de Avaliação de Incapacidades da Organização Mundial de Saúde (WHODAS 2.0) e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Dos cozinheiros incluídos no estudo, 33 participaram de entrevistas individuais e 30 das entrevistas coletivas que foram distribuídas em 3 diferentes grupos: creche, ensino infantil e ensino fundamental. As percepções dos cozinheiros sobre o trabalho e seu adoecimento foram avaliadas de acordo com o método de análise de conteúdo. Os dados quantitativos foram avaliados por meio da estatística descritiva e para análise inferencial foi utilizado os testes não paramétricos de Mann-Whitney U e ANOVA Kruskal-Wallis, pos hoc Dwass-Steel-Critchlow-Fligner, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Dos 241 cozinheiros avaliados nos últimos 12 meses, 168 (70,3%) apresentaram problemas na região lombar e nos últimos 7 dias 96 (40,2%) cozinheiros tiveram algum problema na região lombar. Dos cozinheiros, 172 apresentaram dor em alguma região do corpo nos últimos 7 dias e escore total WHODAS 16,63 (8,68 – 13,17). Quando comparados aos indivíduos que não possuíam dor 6,18 (2,04 – 11,52) observou-se diferença significativa (p<0,001). O escore para Relações Interpessoais foi o único que não apresentou diferença significativa, demonstrando que a funcionalidade é pior para os indivíduos que possuem alguma dor nos últimos 7 dias. Dos participantes, 41 já haviam sido afastados por CID-M, escore total WHODAS 19,65 (7,60 – 33,81), enquanto os indivíduos que não se afastaram apresentaram escore total 11,80 (4,87 – 21,35). Encontramos diferença significativa para o escore total (p=0,01), entretanto, dentre os domínios, relações interpessoais (p=0,10) não apresentou diferença significativa. Encontramos em nosso estudo que os cozinheiros que trabalhavam em escolas EMEI apresentaram melhores índices de funcionalidade Escore total 10,10 (4,0- 19,6) quando comparados as Creches (Escore total 16,50 (8,3- 24,2), sendo p=0,04. Nas entrevistas foi possível identificar barreiras presentes na realização do trabalho, como: falta de equipamentos e produtos, estruturas físicas inadequadas, temperaturas altas, equipe reduzida, ausência de funcionários, falta de apoio dos supervisores e restrição de atividades. Conclusão: O trabalho desenvolvido pelos cozinheiros apresenta diversas sobrecargas de trabalho que podem facilitar o surgimento de Doenças Musculoesqueléticas e consequentemente limitação de atividades.
Objetivos: Identificar se há relação entre o trabalho dos cozinheiros com o desenvolvimento de incapacidades funcionais. Métodos: Trata-se de uma pesquisa observacional transversal e descritiva, de natureza quali-quantitativa. Foram analisados 241 cozinheiros concursados da Prefeitura Municipal de Santos (PMS). Foi aplicado para todos o questionário do perfil sociodemográfico desenvolvido pelo pesquisador, a Escala de Avaliação de Incapacidades da Organização Mundial de Saúde (WHODAS 2.0) e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Dos cozinheiros incluídos no estudo, 33 participaram de entrevistas individuais e 30 das entrevistas coletivas que foram distribuídas em 3 diferentes grupos: creche, ensino infantil e ensino fundamental. As percepções dos cozinheiros sobre o trabalho e seu adoecimento foram avaliadas de acordo com o método de análise de conteúdo. Os dados quantitativos foram avaliados por meio da estatística descritiva e para análise inferencial foi utilizado os testes não paramétricos de Mann-Whitney U e ANOVA Kruskal-Wallis, pos hoc Dwass-Steel-Critchlow-Fligner, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Dos 241 cozinheiros avaliados nos últimos 12 meses, 168 (70,3%) apresentaram problemas na região lombar e nos últimos 7 dias 96 (40,2%) cozinheiros tiveram algum problema na região lombar. Dos cozinheiros, 172 apresentaram dor em alguma região do corpo nos últimos 7 dias e escore total WHODAS 16,63 (8,68 – 13,17). Quando comparados aos indivíduos que não possuíam dor 6,18 (2,04 – 11,52) observou-se diferença significativa (p<0,001). O escore para Relações Interpessoais foi o único que não apresentou diferença significativa, demonstrando que a funcionalidade é pior para os indivíduos que possuem alguma dor nos últimos 7 dias. Dos participantes, 41 já haviam sido afastados por CID-M, escore total WHODAS 19,65 (7,60 – 33,81), enquanto os indivíduos que não se afastaram apresentaram escore total 11,80 (4,87 – 21,35). Encontramos diferença significativa para o escore total (p=0,01), entretanto, dentre os domínios, relações interpessoais (p=0,10) não apresentou diferença significativa. Encontramos em nosso estudo que os cozinheiros que trabalhavam em escolas EMEI apresentaram melhores índices de funcionalidade Escore total 10,10 (4,0- 19,6) quando comparados as Creches (Escore total 16,50 (8,3- 24,2), sendo p=0,04. Nas entrevistas foi possível identificar barreiras presentes na realização do trabalho, como: falta de equipamentos e produtos, estruturas físicas inadequadas, temperaturas altas, equipe reduzida, ausência de funcionários, falta de apoio dos supervisores e restrição de atividades. Conclusão: O trabalho desenvolvido pelos cozinheiros apresenta diversas sobrecargas de trabalho que podem facilitar o surgimento de Doenças Musculoesqueléticas e consequentemente limitação de atividades.