Exercícios físicos para pacientes com aneurismas fusiformes e assintomáticos de aorta abdominal: revisão sistemática e metanálise

Data
2019-05-30
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Background: 87.7% of all aortic aneurysms are small and not referred to surgery. Furthermore, despite rupture risks with diameter increments, mortality is commonly related to cardiovascular causes including myocardium infarction and stroke. This way, there is a glaring need for changing cardiovascular risks for these patients, to prolong life, improve quality of life, and reduce surgical complications. Physical exercises are particularly relevant to reach those goals. Therefore, we conducted a systematic review to assess effectiveness and safety of physical exercises comparing to usual care for fusiform and asymptomatic abdominal aortic aneurysm patients. Methods: A systematic review following Cochrane systematic review handbook was conducted using the mesh terms “aortic aneurysm” and “exercise” in Medline, Embase, central, lilacs, PeDRO, cinahl, clinicaltrials.gov, who – ICTRP, and opengray. Two independent researchers collected, extracted, assessed the quality of studies, and made data synthesis. Results: 1189 references were collected and selected. Eight studies from clinical trials were included. There were no death or aortic rupture related to exercises as well as there was no reduction in aneurysm growth rate. Six weeks pre-operative exercises reduced severe complications (RR: 0.54 [0.31, 0.93] CI 95%) and subgroup analysis showed a predilection to reduce renal and cardiac complications. Indeed, it decreased intensive-care unit stay (MD: -1.00 [-1.26, -0.74] CI 95%). Pre- and post-operative forward walking reduced hospital stay (MD: -0.69 [-1.24, -0.14] CI 95%). Quatity of life was evaluated in one study that related no improvements for small aneurysm patients during surveillance. Conclusions: According to a very low level of evidence, there was no reduction in aneurysm growth rates, patients referred to surgery, and mortality or rupture. However, there was a reduction in post-operative complications and intensive care unit stay. Pre- and post-operative exercises reduced hospital stay.
Contexto: 87.7% dos aneurismas de aorta diagnosticados têm diâmetro menor que 35mm não sendo encaminhados para cirurgia. Apesar de o risco de rotura de um aneurisma, a mortalidade é mais comumente relacionada a outras doenças cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. Há necessidade de modificação de riscos cardiovasculares para esses pacientes para prolongar, melhorar a qualidade de vida e reduzir as complicações cirúrgicas. Exercícios físicos são particularmente importantes para tal. Dessa forma, conduzimos uma revisão sistemática de exercícios físicos para pacientes assintomáticos com aneurismas fusiformes aorta abdominal. Objetivo: avaliar a efetividade e segurança dos exercícios físicos para pacientes assintomáticos com aneurismas fusiformes da aorta abdominal. Métodos: Revisão sistemática seguindo o protocolo do handbook Cochrane usando os termos mesh “aortic aneurysm” and “exercise” no Medline, Embase, central, lilacs, PeDRO, cinahl, clinicaltrials.gov, WHO - International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP) da organização mundial da saúde (http://apps.who.int/trialsearch/default.aspx) e opengray. Dois pesquisadores independentes selecionaram, extraíram, acessaram a qualidade da evidência e fizeram a síntese de dados. Resultados: 1.189 referências foram obtidas e selecionadas. Oito referências de cinco estudos foram incluídas. Não houve morte ou rotura de aorta durante os exercícios bem como não houve redução da velocidade de crescimento dos aneurismas. Exercícios seis semanas nos pré-operatórios reduzem complicações cirúrgicas importantes (RR: 0.54 [0.31, 0.93] CI 95%) sendo que uma análise de subgrupo evidenciou ser mais importante para redução de complicações renais e cardíacas. Além disso reduziu o tempo de unidade de terapia intensiva (UTI) (MD: -1.00 [-1.26, -0.74] CI 95%). Caminhada no pré e pós-operatório reduz o tempo de internação (MD: -0.69 [-1.24, -0.14] CI 95%). A qualidade de vida foi avaliada por um estudo que refere não haver melhora em pacientes sem indicação cirúrgica. A qualidade da evidência foi julgada como muito baixa. Conclusões: De acordo com uma evidência classificada como de muito baixa qualidade, exercícios físicos não reduzem o ritmo de crescimento dos aneurismas, o número de pacientes encaminhados para cirurgia bem como o risco de morte ou rotura. Entretanto, reduzem as complicações pós-operatórias e o tempo de internação na UTI. Exercícios pré e pós-operatórios reduzem o tempo de internação.
Descrição
Citação
OLIVEIRA, Ricardo de Ávila. Exercícios físicos para pacientes assintomáticos com aneurismas fusiformes de aorta abdominal: revisão sistemática e metanálise. 2019. 156f. Tese (Doutorado em Saúde Baseada em evidências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.
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