O processo de formação de profissionais de saúde desenvolvido nos programas de residência do Hospital Sofia Feldman à luz da integralidade e interprofissionalidade
Data
2019-09-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
In the construction process of the Unified Health System (UHS), the health policy and the System organizing process were disposed out in a set of laws and norms described in the Federal Constitution. For that reason, the Brazilian Ministry of Health has developed in past few years a several professional training policies and processes for the qualification of health workers. Among them, the Permanent Education Policy in Health, which aims to contribute, to transform and to qualify health care, the organization of actions and services, training processes, health practices and pedagogical practices. The development of several programs for structuring and strengthening the process of training and improvement of human resources in the health area proposes that professionals incorporate studies into the daily services, based on the principles and guidelines of UHS. The overall goal of this study is the analysis of the human resources training process developed in the Uniprofessional Residencies in Obstetric Nursing, Multiprofessional in Neonatology, Medical in Gynecology and Obstetrics and Medical in Neonatology of Hospital Sofia Feldman (HSF), in the light of integrality, multiprofessionality and interprofessionality. Integrity is defended as a principle of the right to health, being one of the fundamental presuppositions of the Brazilian State's health policy, which is intended to combine actions aimed at the realization of health as a right and as a service. The interprofessionality is constituted by processes where several health professionals work "with and for" (integration) and "not only together" in the construction of sustainable health care. This is a qualitative, descriptive, exploratory study with the use of a focal group, semi-structured interviews and the application of a Likert-type attitudinal instrument. The data showed the assertiveness of the programs regarding the totality of care in a formation focused on the SUS. They also present the recognition of a multiprofessional work that moves towards an interprofessional education. As challenges, the study evidenced the lack of institutional planning on the Programs, inadequate pedagogical qualification for teachers and preceptors and chronic budget insufficiency that, in the light of the perception of the actors involved, can seriously compromise the sustainability of the formative processes.
No percurso de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) a política de saúde e o processo de organização do Sistema foram explicitados em um conjunto de leis e normas descritas na Constituição Federal. Para tanto, o Ministério da Saúde (MS) tem desenvolvido nos últimos anos várias políticas e processos formativos profissionais para a qualificação dos trabalhadores da área da saúde. Entre elas está a Política de Educação Permanente em Saúde, que visa contribuir para transformar e qualificar a atenção à saúde, à organização das ações e dos serviços, aos processos formativos, às práticas de saúde e às práticas pedagógicas. O desenvolvimento de diversos programas para a estruturação, para o fortalecimento do processo de formação e de desenvolvimento de recursos humanos na área da saúde propõe que os profissionais incorporem o ensino ao cotidiano dos serviços, tendo como referência os princípios e as diretrizes do SUS. O objetivo geral deste estudo trata da análise do processo de formação de profissionais de saúde desenvolvido nas Residências Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica (REO), Multiprofissional em Neonatologia (RMN), Médica em Ginecologia e Obstetrícia (RMGO) e Médica em Neonatologia (RMN) do Hospital Sofia Feldman (HSF), à luz da integralidade, multiprofissionalidade e interprofissionalidade. Defende-se a integralidade como princípio do direito à saúde. Esse é um dos pressupostos doutrinários da política do Estado brasileiro para a saúde, a qual se destina a conjugar as ações direcionadas à materialização da saúde como direito e como serviço. Já a interprofissionalidade se constitui por processos pelos quais vários profissionais da saúde trabalham “com e para” (integração) e “não somente juntos” na construção de cuidados sustentáveis de saúde. Trata-se de um estudo quali-quantitativo, descritivo, exploratório, com o uso de grupo focal, entrevistas semi-estruturadas e aplicação de instrumento atitudinal do tipo Likert. Os dados evidenciaram a assertividade dos programas quanto à integralidade do cuidado em uma formação voltada para o SUS. Apresentam ainda o reconhecimento de um trabalho multiprofissional que caminha para uma educação interprofissional. Como desafios, o estudo evidenciou a falta de planejamento institucional junto aos Programas, a qualificação pedagógica inadequada para os docentes e preceptores, e a crônica insuficiência orçamentária que, à luz da percepção dos atores envolvidos, pode comprometer seriamente a sustentabilidade dos processos formativos.
No percurso de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) a política de saúde e o processo de organização do Sistema foram explicitados em um conjunto de leis e normas descritas na Constituição Federal. Para tanto, o Ministério da Saúde (MS) tem desenvolvido nos últimos anos várias políticas e processos formativos profissionais para a qualificação dos trabalhadores da área da saúde. Entre elas está a Política de Educação Permanente em Saúde, que visa contribuir para transformar e qualificar a atenção à saúde, à organização das ações e dos serviços, aos processos formativos, às práticas de saúde e às práticas pedagógicas. O desenvolvimento de diversos programas para a estruturação, para o fortalecimento do processo de formação e de desenvolvimento de recursos humanos na área da saúde propõe que os profissionais incorporem o ensino ao cotidiano dos serviços, tendo como referência os princípios e as diretrizes do SUS. O objetivo geral deste estudo trata da análise do processo de formação de profissionais de saúde desenvolvido nas Residências Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica (REO), Multiprofissional em Neonatologia (RMN), Médica em Ginecologia e Obstetrícia (RMGO) e Médica em Neonatologia (RMN) do Hospital Sofia Feldman (HSF), à luz da integralidade, multiprofissionalidade e interprofissionalidade. Defende-se a integralidade como princípio do direito à saúde. Esse é um dos pressupostos doutrinários da política do Estado brasileiro para a saúde, a qual se destina a conjugar as ações direcionadas à materialização da saúde como direito e como serviço. Já a interprofissionalidade se constitui por processos pelos quais vários profissionais da saúde trabalham “com e para” (integração) e “não somente juntos” na construção de cuidados sustentáveis de saúde. Trata-se de um estudo quali-quantitativo, descritivo, exploratório, com o uso de grupo focal, entrevistas semi-estruturadas e aplicação de instrumento atitudinal do tipo Likert. Os dados evidenciaram a assertividade dos programas quanto à integralidade do cuidado em uma formação voltada para o SUS. Apresentam ainda o reconhecimento de um trabalho multiprofissional que caminha para uma educação interprofissional. Como desafios, o estudo evidenciou a falta de planejamento institucional junto aos Programas, a qualificação pedagógica inadequada para os docentes e preceptores, e a crônica insuficiência orçamentária que, à luz da percepção dos atores envolvidos, pode comprometer seriamente a sustentabilidade dos processos formativos.