Avaliação de funções executivas, estresse e resiliência em crianças e adolescentes tratados para leucemia linfóide aguda

Data
2019-06-27
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: To investigate the impact of acute lymphoblastic leukemia treatment and parents' emotional characteristics on executive functions, resilience, stress, depression and anxiety in children and adolescents, as well as to verify the strength of the correlations between executive functions, stress and personality traits of resilience. Methods: Thirty-two survivors of acute lymphoblastic leukemia (ALL group), 28 healthy controls (CTL group 1) and three survivors’ siblings (CTL 2 group), all aged between 7 and 17 years, of both sexes, participated in the study. Executive functions were assessed by neuropsychological tests of mental flexibility, inhibitory control, working memory and attention, as well as ecological questionnaires for parents. Stress symptoms and resilience were assessed by self-reported questionnaires for children and symptoms of depression and anxiety, by parent-report behavioral problems scale. The primary caregiver or one parent also answered to self-report questionnaires of depression and anxiety. Results: There was no difference between the CTL 1 and ALL groups regarding the neuropsychological, emotional and resilience assessment. Higher mental flexibility ability were reported by the ALL group parents in BRIEF when compared to CTL1 group. Parents’ depression and anxiety did not influence children’s emotions and resilience in the whole sample, but the parents’ trait anxiety influenced their assessment about their children’s executive functions and behavioral problems in both groups. In the LLA group, positive correlations were observed between executive functions and resilience, and negative correlations were observed between executive functions and stress, which suggests an interaction between these variables to promote survivor’s cognitive and emotional adaptation. Descriptive analysis were made with the CTL 2 group results. Conclusion: acute lymphoblastic leukemia treatment had no impact on the executive functions, resilience, stress symptoms, depression and anxiety of the participants and the correlations found between these variables suggest that these could be protection factors. Parents' emotional aspects influenced their answers about children’s executive functions and behavioral problems. We suggest that parent-report scales for assessment of children’s executive functions and emotions be associated to assessment of parents’ emotional characteristic.
Objetivo: Investigar o impacto do tratamento para Leucemia Linfoide Aguda e das características emocionais dos pais sobre as funções executivas, resiliência, estresse, depressão e ansiedade de crianças e adolescentes, assim como verificar a força das correlações entre funções executivas, estresse e traços de personalidade que favorecem a resiliência. Métodos: Participaram do estudo 32 sobreviventes de Leucemia Linfoide Aguda (grupo LLA), 28 controles saudáveis (grupo CTL 1) e três irmãos dos participantes do grupo LLA (grupo CTL 2), todos com idades entre 7 e 17 anos e de ambos os sexos. A avaliação das funções executivas foi realizada por meio de testes neuropsicológicos de flexibilidade mental, controle inibitório, memória operacional e atenção, além de escala ecológica de relato dos pais. Os sintomas de estresse e a resiliência foram avaliados por escalas de auto relato para crianças e os sintomas de depressão e ansiedade por escala de relato dos pais sobre problemas de comportamento de seus filhos. O cuidador principal ou um dos pais também respondeu a escalas de auto relato de depressão e ansiedade. Resultados: Não houve diferença entre os grupos CTL 1 e LLA quanto aos resultados da avaliação neuropsicológica e de aspectos emocionais e de resiliência. Os pais do grupo LLA relatam melhor capacidade de flexibilidade mental dos filhos em comparação com o grupo CTL 1. Não houve influência das características emocionais dos pais sobre os aspectos emocionais e de resiliência dos filhos em toda a amostra. A ansiedade-traço do familiar participante teve influência sobre suas respostas às escalas ecológicas de funções executivas e de problemas de comportamento de seu filho em ambos os grupos. No grupo LLA, foram observadas correlações positivas entre funções executivas e resiliência, e negativas entre funções executivas e estresse, o que sugere uma interação entre estas variáveis na promoção da adaptação destes participantes. Foram apresentadas análises descritivas do grupo CTL2. Conclusão: O tratamento para Leucemia Linfoide Aguda não teve impacto sobre as funções executivas, resiliência, sintomas de estresse, depressão e ansiedade dos participantes e as correlações encontradas entre estas variáveis podem ser apontadas como fator de proteção. Os aspectos emocionais dos pais influenciaram sua avaliação sobre funções executivas e problemas de comportamento dos filhos em escalas ecológicas. A aplicação de escalas de relato dos pais para avaliar funções executivas e aspectos emocionais de crianças e adolescentes deve ser associada a uma avaliação das características emocionais dos pais.
Descrição
Citação
GODOY, Priscilla Brandi Gomes. Avaliação de funções executivas, estresse e resiliência em crianças e adolescentes tratados para leucemia linfóide aguda. 2019. 54 f. Dissertação (Mestrado em Psicobiologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo.
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