Avaliação de força e equilíbrio muscular de flexores e extensores de joelho e tornozelo em corredores de rua

Data
2016-12-21
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Cada vez mais pessoas escolhem a corrida como modalidade em um programa de atividade física, seja para competições, emagrecimento, saída do sedentarismo, prevenção de doenças. O estabelecimento de relações dos desequilíbrios musculares com a participação ativa da musculatura durante o gesto esportivo pode auxiliar na criação de estratégias para prevenir o desenvolvimento de lesões no esporte. Nesse sentido, o estudo buscou avaliar a força e o equilíbrio dos músculos flexores e extensores de joelho e tornozelo durante um teste isocinético. Em um aspecto específico, será avaliada a postura do pé, e a correlação das diferentes velocidades angulares com a composição corporal. Para isso, foram recrutados 16 voluntários, corredores de rua, com idade entre 20 e 38 anos que praticavam regularmente a modalidade de corridade rua. Após responderem a uma anamnese, foram avaliados peso e estatura, seguido de composição corporal em uma balança de bioimpedância (Biodynamics®). Os voluntários realizaram o Dorsiflexion Lunge Test (DLT) e o Drop do Navicular para avaliar aspectos posturais do pé. Por fim, houve a avaliação isocinética de membro dominante (Dom) e não dominante (N/Dom) dos dorsiflexores e flexores plantares, onde foram analisados o pico de torque corrigido pelo peso (PT/P) na velocidade angular de 60º/s, e a potência média (PM) na velocidade de 120º/s. Para os músculos flexores e extensores do joelho também foi analisado o PT/P à 60º/s e o trabalho total (TT) na velocidade angular de 300º/s. Na análise dos dados foi utilizado a estatística descritiva em valores de média e desvio-padrão. Para o padrão de normalidade foi utilizado o teste de Shapiro-Wilks´s, seguido pela correlação de Pearson. Também foi utilizado o teste t Student para as amostras dependentes. Os resultados dos testes posturais do pé, no DLT = 46,3 ± 8,1 (Dom) e 48,8 ± 7 (N/Dom). Drop do Navicular = 0,43 ± 0,29 (Dom), e 0,48 ± 0,23 (N/Dom). Para a avaliação isocinética, foram apresentados os seguintes valores: PT de dorsiflexão = 28,9 ± 12,5 (Dom) e 28,51 ± 9,7 (N/Dom), PM = 14,81 ± 9,4 (Dom) 13,29 ± 7,2 (N/Dom). PT de Flexão Plantar = 116,96 ± 31,8 (Dom) 122,79 ± 23,9 (N/Dom). Para PT de flexão de joelho = 139,11 ± 25,7 (Dom) e 133,35 ± 24,7 (N/Dom), TT = 1314,53 ± 249,6 (Dom) e 1276,15 ± 253,7 (N/Dom). Para PT de extensão de joelho = 275,87 ± 34,7 (Dom) e 270,97 ± 38,8 (N/Dom), TT = 2170,86 ± 373,4 (Dom) 2076,45 ± 272,1 (N/Dom). Quanto a razão agonista/antagonista foram encontrados valores de 25,91 ± 10,8(Dom) 24,19 ± 10,2 (N/Dom)para tornozelo e 50,43 ± 5,4 (Dom) 49,26 ± 6,5 (N/Dom) para joelho. Por fim, concluímos que os corredores apresentaram valores normativos para PT, PM e TT caracterizando um grupo com níveis ideais de força, e níveis ainda melhores de resistência. Foram encontrados desequilíbrios musculares de agonistas/antagonistas que podem elevar a chance de desenvolver uma lesão. Mais estudos que comparem as diferentes velocidades angulares devem ser feitos para ampliar o conhecimento nessa área.
More and more people are choosing running as a modality of physical exercise, whether for competitions, weight loss, exit from sedentary lifestyle and disease prevention. The estabilishment of relashionships between muscle imbalance and the active participation of musculature during the sporting gesture can assist on criation of strategies to prevent the injury development in sports. In this sense, the study look to evaluate strength and muscle balance of knee and ankle flexors and extensors during an isokinetic test. In an specific aspect, the foot posture, and the correlation of the different angular velocities with the body composition will be evaluated. For that, were recruited 16 volunteers, street runners, aged between 20 and 38 years who regularly practiced running. After responding to an anamnesis, weight and height were evaluated, followed by body composition in a bioimpedance scale (Biodynamics®). The runners performed the Dorsiflexion Lunge Test (DLT) and the Navicular Drop to assess postural aspects of the foot. Finally, was assessed the isokinetic strength of the dominant (Dom) an non dominant (N / Dom) of dorsiflexors and plantarflexors. torque-corrected peak (PT / P) at the angular velocity of 60º/s was analyzed, and the average power (PM) at the speed of 120º/s. The PT/P at 60º/s and the total work (TT) at the angular velocity of 300º/s were also analyzed for the knee flexors and extensors. In the data analysis, descriptive statistics were used in mean and standard deviation values. For the normality pattern, the ShapiroWilks's test was used, followed by the Pearson correlation. Student's t-test was also used for the dependent samples. The results for the foot posture tests, the values for DLT = 46,3 ± 8,1 (Dom) and 48,8 ± 7 (N/Dom). Navicular Drop = 0,43 ± 0,29 (Dom) and 0,48 ± 0,23 (N/Dom). For the isokinetic evaluation, the following values were presented: PT dorsiflexion = 28,9 ± 12,5 (Dom) and 28,51 ± 9,7 (N/Dom), PM = 14,81 ± 9,4 (Dom) 13,29 ± 7,2 (N/Dom). PT Plantar Flexor = 116,96 ± 31,8 (Dom) 122,79 ± 23,9 (N/Dom). For PT of knee flexion = 139,11 ± 25,7 (Dom) and 133,35 ± 24,7 (N/Dom), TT = 1314,53 ± 249,6 (Dom) e 1276,15 ± 253,7 (N/Dom). For PT of knee extension = 275,87 ± 34,7 (Dom) and 270,97 ± 38,8 (N/Dom), TT = 2170,86 ± 373,4 (Dom) 2076,45 ± 272,1 (N/Dom). Regarding the agonist/antagonist ratio, was found values of 25,91 ± 10,8 (Dom) 24,19 ± 10,2 (N/Dom) for ankle and 50,43 ± 5,4 (Dom) 49,26 ± 6,5 (N/Dom) for knee. Lastly, we concluded that the runners presented normative values for PT, PM and TT characterizing a group with ideal levels of strength, and even better levels of resistance. Muscle imbalances of agonists/antagonists have been found which may increase the chance of developing injuries. More studies comparing different angular velocities should be done to increase knowledge in this area
Descrição
Citação
MORAES, Giovanni Soares Lopes. Avaliação de força e equilíbrio muscular de flexores e extensores de joelho e tornozelo em corredores de rua. 2016. 38 f. Trabalho de conclusão de curso de graduação (Educação Física) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2016.
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