Avaliação da citratemia em pacientes com lesão renal submetidos a hemodiafiltração venovenosa contínua e anticoagulação regional pelo citrato: uma comparação entre indivíduos com e sem disfunção hepática

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2018-04-04
Autores
Santos, Thais Oliveira Claizoni dos [UNIFESP]
Orientadores
Durão, Marcelino de Souza [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objetivos: Avaliar os níveis séricos de citratemia em pacientes submetidos à hemodiafiltração venovenosa contínua ( HDFVVC) e anticoagulação regional pelo citratro (A RC), comparando pacientes com e sem disfunção hepática (DH); correlacionar a medida do nível de citrato (Ci) com a razão das medidas do cálcio total pelo cálcio iônico sistêmico e outros marcadores de disfunção hepática; avaliar variações do perfil eletrolítico e ácido base e de parêmetros relacionados à diálise. Metodologia: estudo prspectivo observacional em uma unidade d e t erapia intensiva ( UTI) de hospital privado, comparando dados clínicos e laboratoriais de pacientes submetidos à HDFVVC com e sem DH, incluindo a concentração sérica do citrato. DH foi definida como uma razão normatizada internacional (RNI) ≥ 2,5. O citrato trissódico a 4% foi infundido no circuito de diálise para manter o cálcio iônico pós filtro entre 0 ,25 0,35mmol/ L. Pacientes com DH tiveram a infusão de citrato fixada a 17mmol/h, independente do valor do cálcio iônico pós filtro. Resultados: Duzentos pacientes foram avaliados ( 62 c om D H). O grupo DH apresentou uma maior mortalidade (69,4% vs 52,2%, p = 0,023). O Ci foi significativamente maior no grupo DH em todos os dias avaliados. O grupo DH apresentou níveis basais mais elevados de RNI (mediana 2,68 vs 1,42, p < 0,001) e lactato arterial (mediana 34 vs 16mEq/L, p < 0,001) e níveis séricos mais baixos de bicarbonato (mediana 15,8 vs 19,4mEq/L, p < 0,001), com achados semelhantes nos outros dias do estudo, quando comparados com o grupo sem DH. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação ao cálcio iônico sistêmico nos dois grupos. O grupo com DH recebeu um maior número de transfusão de glóbulos vermelhos (mediana 3 vs 1, p < 0,001). Não houve diferenças entre os grupos em relação à dose fornecida de diálise (33ml/kg/h), número de filtros usados e tempo total de diálise. Analisando a relação entre o Ci e a razão cálcio total/cálcio iônico, encontramos uma correlação positiva fraca, com o maior coeficiente de correlação d e 0 ,354. Encontramos r elação igualmente positiva, mas fraca, quando avaliamos citratemia e valor de R NI, transaminases, bilirrubina total elactato arterial. A citratemia se mostrou como fator de risco independente para o óbito, com OR 11,3 (IC 95% 2,74 46,8). Conclusão: Apesar de ter níveis séricos de Ci significativamente m aiores, o g rupo D H não mostrou sinais de acúmulo, especialmente hipocalcemia iônica. Houve uma correlação insatisfatória entre níveis de citrato, RNI e razão cácio total/cálcio iônico (um preditor de toxicidade pelo citrato).
Objetivos: Avaliar os níveis séricos de citratemia em pacientes submetidos à hemodiafiltração venovenosa contínua ( HDFVVC) e anticoagulação regional pelo citratro (A RC), comparando pacientes com e sem disfunção hepática (DH); correlacionar a medida do nível de citrato (Ci) com a razão das medidas do cálcio total pelo cálcio iônico sistêmico e outros marcadores de disfunção hepática; avaliar variações do perfil eletrolítico e ácido base e de parêmetros relacionados à diálise. Metodologia: estudo prspectivo observacional em uma unidade de terapia intensiva ( UTI) de hospital privado, comparando dados clínicos e laboratoriais de pacientes submetidos à HDFVVC com e sem DH, incluindo a concentração sérica do citrato. DH foi definida como uma razão normatizada internacional (RNI) ≥ 2,5. O citrato trissódico a 4% foi infundido no circuito de diálise para manter o cálcio iônico pós filtro entre 0 ,25 0,35mmol/ L. Pacientes com DH tiveram a infusão de citrato fixada a 17mmol/h, independente do valor do cálcio iônico pós filtro. Resultados: Duzentos pacientes foram avaliados ( 62 c om D H). O grupo DH apresentou uma maior mortalidade (69,4% vs 52,2%, p = 0,023). O Ci foi significativamente maior no grupo DH em todos os dias avaliados. O grupo DH apresentou níveis basais mais elevados de RNI (mediana 2,68 vs 1,42, p < 0,001) e lactato arterial (mediana 34 vs 16mEq/L, p < 0,001) e níveis séricos mais baixos de bicarbonato (mediana 15,8 vs 19,4mEq/L, p < 0,001), com achados semelhantes nos outros dias do estudo, quando comparados com o grupo sem DH. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação ao cálcio iônico sistêmico nos dois grupos. O grupo com DH recebeu um maior número de transfusão de glóbulos vermelhos (mediana 3 vs 1, p < 0,001). Não houve diferenças entre os grupos em relação à dose fornecida de diálise (33ml/kg/h), número de filtros usados e tempo total de diálise. Analisando a relação entre o Ci e a razão cálcio total/cálcio iônico, encontramos uma correlação positiva fraca, com o maior coeficiente de correlação d e 0 ,354. Encontramos r elação igualmente positiva, mas fraca, quando avaliamos citratemia e valor de R NI, transaminases, bilirrubina total elactato arterial. A citratemia se mostrou como fator de risco independente para o óbito, com OR 11,3 (IC 95% 2,74 46,8). Conclusão: Apesar de ter níveis séricos de Ci significativamente maiores, o g rupo D H não mostrou sinais de acúmulo, especialmente hipocalcemia iônica. Houve uma correlação insatisfatória entre níveis de citrato, RNI e razão cácio total/cálcio iônico (um preditor de toxicidade pelo citrato).
Descrição
Citação