Aspectos epidemiológicos, clínicos e fatores de risco para síndrome de hiperinfecção por strongyloides stercoralis em pacientes submetidos a transplante renal
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2018-11-05
Autores
Galvão, Lísia Miglioli [UNIFESP]
Orientadores
Camargo, Luiz Fernando Aranha [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: to describe epidemiological, clinical, diagnostic and treatment
characteristics of Strongyloides stercoralis hyperinfection syndrome in kidney
transplant patients, identify risk factors for hyperinfection syndrome and 30day
mortality, compare early and late occurring cases. Methods: In a retrospective,
multicenter, 1:2 casecontrol
study, we assessed clinical outcomes and risk factors
for Strongyloides stercoralis hyperinfection in kidney transplant patients in Brazil.
Results: Forty six cases of Strongyloides stercoralis hyperinfection and 92 controls
were included. Diagnosis was made after a median of 117 days after transplantation
and 39.1% occurred after 6 months. Gastrointestinal (78.3%) and pulmonary (39.1%)
symptoms were the most frequent clinical findings. Fever and eosinophilia were
present in 32.6% and 43.5% of the patients respectively. Thirtyday
crude mortality
was 28.3% and was significantly higher for disease occurring before 3 months of
transplantation (47% x 17.2%, p0.04). Independent risk factors for Strongyloides
stercoralis hyperinfection were receiving a graft from a deceased donor (OR6.16,
95%CI 2.0518.5),
a previous bacterial infection (OR3.04, 95%CI 1.27.5)
and
cumulative corticosteroid dose (OR1.005, 95%CI 1.0011.009).
Respiratory failure
(OR 98.33, 95%CI 4.462169.77)
and bacteremia (OR 413.00, 95%CI 4.8335316.61)
were independent predictors of mortality. Conclusions: Strongyloides
stercoralis hyperinfection is associated with considerable morbidity and mortality after
kidney transplantation. In endemic areas, disease may occur later after
transplantation, although it seems more severe earlier after transplantation. Specific
risk factors (cumulative corticosteroid dose, previous bacterial infections and
receiving a graft from a deceased donor) along with typical clinical manifestations
(gastrointestinal and pulmonary symptoms) may be employed to identify patients at
risk for prophylaxis or for early treatment.
Objetivo: descrever as características epidemiológicas, clínicas, diagnósticas e terapêuticas da síndrome de hiperinfecção por Strongyloides stercoralis em transplante renal, identificar os fatores de risco para síndrome de hiperinfecção e para mortalidade em 30 dias, comparar os casos de ocorrência precoce e tardia. Métodos: estudo retrospectivo, multicêntrico, 1:2 casocontrole, com análise univariada e multivariada para os fatores de risco. Resultados: foram incluídos 46 casos e 92 controles. A mediana para o diagnóstico foi de 117 dias pós o transplante e 39,1% dos casos ocorreram pós 6 meses. Sintomas gastrointestinais (78,3%) e respiratórios (39,1%) foram os achados clínicos mais frequentes. Febre e eosinofilia estavam presentes em 32,6% e 43,5% dos casos respectivamente. Mortalidade em 30 dias foi de 28,3% e foi significativamente maior para casos que ocorreram nos primeiros 3 meses pós transplante (47% x 17,2%, p0,04). Fatores de risco independentes foram doador falecido (OR6,16, IC95% 2,0518,5), infecção bacteriana prévia (OR3,04, IC95% 1,27,5) e dose acumulada de corticoide (OR1,005, IC95% 1,0011,009). Insuficiência respiratória (OR 98,33, IC95% 4,462169,77) e bacteremia (OR 413,00, IC95% 4,8335316,61) foram preditores independentes para mortalidade. Conclusões: hiperinfecção por Strongyloides stercoralis está associada a uma significante morbidade e mortalidade no pós transplante. Em áreas endêmicas, a doença pode ocorrer em períodos mais tardios, apesar de ser mais grave no período mais precoce do póstransplante. Fatores de risco específicos (dose acumulada de corticoide, infecção bacteriana prévia e doador falecido) associado a manifestações clínicas (sintomas gastrointestinais e respiratórios) podem ser utilizados para identificar pacientes de risco para profilaxia ou para tratamento precoce.
Objetivo: descrever as características epidemiológicas, clínicas, diagnósticas e terapêuticas da síndrome de hiperinfecção por Strongyloides stercoralis em transplante renal, identificar os fatores de risco para síndrome de hiperinfecção e para mortalidade em 30 dias, comparar os casos de ocorrência precoce e tardia. Métodos: estudo retrospectivo, multicêntrico, 1:2 casocontrole, com análise univariada e multivariada para os fatores de risco. Resultados: foram incluídos 46 casos e 92 controles. A mediana para o diagnóstico foi de 117 dias pós o transplante e 39,1% dos casos ocorreram pós 6 meses. Sintomas gastrointestinais (78,3%) e respiratórios (39,1%) foram os achados clínicos mais frequentes. Febre e eosinofilia estavam presentes em 32,6% e 43,5% dos casos respectivamente. Mortalidade em 30 dias foi de 28,3% e foi significativamente maior para casos que ocorreram nos primeiros 3 meses pós transplante (47% x 17,2%, p0,04). Fatores de risco independentes foram doador falecido (OR6,16, IC95% 2,0518,5), infecção bacteriana prévia (OR3,04, IC95% 1,27,5) e dose acumulada de corticoide (OR1,005, IC95% 1,0011,009). Insuficiência respiratória (OR 98,33, IC95% 4,462169,77) e bacteremia (OR 413,00, IC95% 4,8335316,61) foram preditores independentes para mortalidade. Conclusões: hiperinfecção por Strongyloides stercoralis está associada a uma significante morbidade e mortalidade no pós transplante. Em áreas endêmicas, a doença pode ocorrer em períodos mais tardios, apesar de ser mais grave no período mais precoce do póstransplante. Fatores de risco específicos (dose acumulada de corticoide, infecção bacteriana prévia e doador falecido) associado a manifestações clínicas (sintomas gastrointestinais e respiratórios) podem ser utilizados para identificar pacientes de risco para profilaxia ou para tratamento precoce.