Investigação da atividade antitumoral e anti-angiogênica da violaceína em co-culturas de células leucêmicas e células endoteliais
Data
2018-10-25
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Introduction: The bone marrow microenvironment is a milieu complex of
various types of stromal and hematopoietic cells involved in the selfrenewal
and differentiation of stem cells and hematopoietic progenitors (HSPC). Several
soluble and membranebound
factors produced by endothelial cells (EC) and
perivascular stroma are crucial signals to maintain quiescence and facilitate the
return to homeostasis after myeloablative chemotherapy. In addition, several
studies have shown a relationship between HSPCs and ECs, pointing to
hemangioblastic activity in HSPCs, both in the generation of cells and blood
vessels. Considering the relationships between HSPCs and CSs in the bone
marrow, it is possible to implicate CDEs in the establishment and progression of
malignant HSPCs such as acute and chronic myeloid leukemias. In fact, in
leukemias, studies have shown that angiogenesis also contributes to its
pathogenesis, with an increase in bone marrow vascularization, associated with
elevated levels of angiogenic factors. Thus, therapeutic strategies that aim to
inhibit the angiogenic process may aid in the treatment of leukemia.
OBJECTIVE: The objective of this study was to investigate the antiangiogenic
effect of violacein on rabbit aortic endothelial cell (RAEC) and leukemic cells
from the K562 and Lucena1
(K562 with MDR1
phenotype) lines. Results: It
was observed that violacein, at concentrations lower than its IC 50, is able to
inhibit capillary tube formation, proliferation, migration and invasion of ECs, with
IC50 of RAEC cells (5.0 μM) higher than IC 50 Of the leukemic cells (3.5 μM).
When RAEC cells were cocultured
with leukemia cells in direct contact, in the
presence of inserts or with the conditioned medium of the leukemic cells, an
increase in proliferation, capillary formation, migration and invasion of RAEC
cells was observed. In addition, the increase in these parameters was higher in
cocultures
with the Lucena1
lineage. In contrast, pretreatment
of leukemic
cells with violacein significantly reduced these effects, with inhibition of the
VEGFR2 / PI3K / AKT and VEGFR2 / Src / MAPK pathways in the studied
strains (ECs and leukemias). Taken together, the results show the importance
of soluble factors in the modulation of the events associated with the angiogenic
process and demonstrate the antiangiogenic
potential of violacein with action in
important ways of regulating angiogenesis and cell proliferation.
Introdução: O microambiente da medula óssea é um complexo milieu de diversos tipos de células estromais e hematopoéticas envolvidas na autorenovação e diferenciação das célulastronco e progenitoras hematopoéticas (HSPC). Vários fatores solúveis e ligados à membrana produzidos pelas células endoteliais (EC) e pelo estroma perivascular constituem sinais cruciais para manter a quiescência e facilitar o retorno à homeostase após quimioterapia mieloablativa. Além disso, vários trabalhos demonstram uma relação entre HSPCs e ECs, apontando atividade hemangioblástica às HSPCs, tanto na geração das células como dos vasos sanguíneos. Considerando as relações entre HSPCs e ECs na medula óssea, é possível implicar as ECs no estabelecimento e progressão de HSPCs malignas como as leucemias mieloides aguda e crônica. De fato, nas leucemias, estudos demonstram que a angiogênese também contribui para sua patogênese, havendo um aumento na vascularização da medula óssea, associado a níveis elevados de fatores angiogênicos. Desta forma, as estratégias terapêuticas que visam inibir o processo angiogênico podem auxiliar o tratamento da leucemia. Objetivo: este estudo tem como objetivo investigar o efeito antiangiogênico da violaceína em sistemas de cocultura de células endoteliais de aorta de coelho (RAEC) e células leucêmicas das linhagens K562 e Lucena1 (K562 com fenótipo MDR1). Resultados: Observouse que a violaceína, em concentrações inferiores ao seu IC50, é capaz de inibir a formação de tubo capilar, a proliferação, migração e invasão de ECs, sendo o IC50 das células RAEC (5,0 μM) superior ao IC50 das células leucêmicas (3,5 μM). Quando as células RAEC foram cocultivadas com células de leucemia em contato direto, na presença de insertos ou com o meio condicionado das células leucêmicas, observouse um aumento na proliferação, formação capilar, migração e invasão das células RAEC. Além disso, o aumento nestes parâmetros foi maior em coculturas com a linhagem Lucena1. Em contrapartida, o prétratamento das células leucêmicas com violaceína reduziu significativamente estes efeitos, com inibição das vias VEGFR2/PI3K/AKT e VEGFR2/Src/MAPK nas linhagens estudadas (ECs e leucemias). Em conjunto, os resultados obtidos apontam a importância de fatores solúveis na modulação dos eventos associados ao processo angiogênico e demonstram o potencial antiangiogênico da violaceína com ação em vias importantes de regulação da angiogênese e proliferação celular
Introdução: O microambiente da medula óssea é um complexo milieu de diversos tipos de células estromais e hematopoéticas envolvidas na autorenovação e diferenciação das célulastronco e progenitoras hematopoéticas (HSPC). Vários fatores solúveis e ligados à membrana produzidos pelas células endoteliais (EC) e pelo estroma perivascular constituem sinais cruciais para manter a quiescência e facilitar o retorno à homeostase após quimioterapia mieloablativa. Além disso, vários trabalhos demonstram uma relação entre HSPCs e ECs, apontando atividade hemangioblástica às HSPCs, tanto na geração das células como dos vasos sanguíneos. Considerando as relações entre HSPCs e ECs na medula óssea, é possível implicar as ECs no estabelecimento e progressão de HSPCs malignas como as leucemias mieloides aguda e crônica. De fato, nas leucemias, estudos demonstram que a angiogênese também contribui para sua patogênese, havendo um aumento na vascularização da medula óssea, associado a níveis elevados de fatores angiogênicos. Desta forma, as estratégias terapêuticas que visam inibir o processo angiogênico podem auxiliar o tratamento da leucemia. Objetivo: este estudo tem como objetivo investigar o efeito antiangiogênico da violaceína em sistemas de cocultura de células endoteliais de aorta de coelho (RAEC) e células leucêmicas das linhagens K562 e Lucena1 (K562 com fenótipo MDR1). Resultados: Observouse que a violaceína, em concentrações inferiores ao seu IC50, é capaz de inibir a formação de tubo capilar, a proliferação, migração e invasão de ECs, sendo o IC50 das células RAEC (5,0 μM) superior ao IC50 das células leucêmicas (3,5 μM). Quando as células RAEC foram cocultivadas com células de leucemia em contato direto, na presença de insertos ou com o meio condicionado das células leucêmicas, observouse um aumento na proliferação, formação capilar, migração e invasão das células RAEC. Além disso, o aumento nestes parâmetros foi maior em coculturas com a linhagem Lucena1. Em contrapartida, o prétratamento das células leucêmicas com violaceína reduziu significativamente estes efeitos, com inibição das vias VEGFR2/PI3K/AKT e VEGFR2/Src/MAPK nas linhagens estudadas (ECs e leucemias). Em conjunto, os resultados obtidos apontam a importância de fatores solúveis na modulação dos eventos associados ao processo angiogênico e demonstram o potencial antiangiogênico da violaceína com ação em vias importantes de regulação da angiogênese e proliferação celular