Avaliação de células mielóides supressoras e linfócitos T em indivíduos longevos

Data
2018-02-22
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Modern society has been facing a major demographic revolution that is the population aging. The increase in life expectancy depends on the adjusted function of several organs and tissues in order to deal with damaging events in life time. Successful aging seems to be dependent at least in part on the adequate function of the immune system. It has been reported that aging is associated with changes in the percentage of myeloid-derived suppressor cells (MDSC) and T lymphocytes besides the impairment of T cells functions. Our aim was to evaluate young and long-living individuals according to myeloid-derived suppressor cells; T cells proliferative response, phenotype, and cytokines secretion after mitogen stimulation. Non-institutionalized both gender long-living individuals (80 years old and over; 80+) from SABE study were evaluated and compared to young students from UNIFESP (20-30 years old). Aging was associated with reduced circulating number of leukocytes in older individuals (80+). The percentage of MDSC was higher in 80+ group whereas the absolute number of these cells was not statistically different when young and 80+ individuals were compared. Aged individuals also presented higher CD4/CD8 ratio, decrease of naïve and increase of EMRA cells mainly in CD8+ compartment. Under PHA stimulus 80+ individuals presented lower proliferative capacity, and decreased expression of IL-1, IL-2, IL-6, IFN-y, and TNF-alpha. Aging is a complex, multifactorial, and heterogeneous process and based on our results it is suggested that MDSC (percentage and absolute cell number), percentage of naïve and EMRA TCD8+ cells, CD4/CD8 ratio, proliferative T cell percentage, and cytokine levels could be used as biomarkers in aging individuals to predict pathologies, to indicate interventions and to evaluate interventions' efficacy. In addition, aging population presented very heterogeneous results, reinforcing the importance of an individualized treatment for these individuals.
A sociedade moderna tem assistido a uma grande revolução demográfica que é o envelhecimento populacional. O aumento da expectativa de vida depende da função ajustada de vários órgãos e tecidos, a fim de lidar com eventos prejudiciais durante a vida. O envelhecimento bem sucedido parece ser dependente pelo menos em parte da função adequada do sistema imunológico. Foi relatado que o envelhecimento está associado a mudanças na porcentagem de células mieloides supressoras (MDSC) e linfócitos T além do comprometimento das funções das células T. Nosso objetivo foi avaliar células mieloides supressoras; resposta proliferativa de células T, fenótipo e secreção de citocinas após estimulação mitogênica em indivíduos longevos e comparar com jovens. Foram avaliados indivíduos longevos (80 anos ou mais, 80+) não institucionalizados de ambos os gêneros do estudo SABE e indivíduos jovens (20-30 anos) estudantes da UNIFESP. O envelhecimento foi associado à redução do número de leucócitos circulantes em indivíduos mais velhos (80+). A porcentagem de MDSC foi maior no grupo 80+, enquanto o número absoluto dessas células não foi estatisticamente diferente quando jovens e longevos foram comparados. Os indivíduos longevos também apresentaram maior taxa de CD4/CD8, diminuição de células naive e aumento das células EMRA principalmente no compartimento CD8+. Sob o estímulo de PHA, indivíduos com 80+ anos apresentaram menor capacidade proliferativa e menor expressão de IL-1alfa, IL-2, IL-6 e IFN-y e TNF-alfa. O envelhecimento é um processo complexo, multifatorial e heterogêneo e, com base em nossos resultados, sugere-se que o MDSC (porcentagem e número absoluto de células), porcentagem de células TCD8+ naive e EMRA, relação CD4/CD8, porcentagem proliferativa de células T e os níveis de citocinas podem ser utilizados como biomarcadores em indivíduos idosos para prever patologias, indicar intervenções e avaliar a eficácia das intervenções. Além disso, a população de longevos apresentou resultados muito heterogêneos, reforçando a importância de um tratamento individualizado para esses indivíduos.
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