Fatores estressores do paciente e necessidades do familiar convivente em unidade de terapia intensiva coronariana
Data
2018-11-28
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
INTRODUCTION: The hospitalization at the Coronary Intensive Care Unit (ICU)
generates stressful events and needs in patients and their families. The
environment associated with the process of humanization is fundamental for the
clinical stability, recovery, rehabilitation, wellbeing
and satisfaction of family
members and of the severe patients who need intensive care. Patient and
Family Centered Care needs to be applied and valued, addressing the issues
and needs of family members regarding patient care. OBJECTIVE: To evaluate
the stressors of patients hospitalized in the Coronary Intensive Care Unit; to
evaluate the need and satisfaction of family members living with patients
hospitalized in a Coronary ICU. METHODS: It is an observational crosssectional
study. The sample consisted of 200 participants, 100 patients with
Acute Coronary Syndrome, after 24 hours of hospitalization in the Coronary ICU
of Hospital São Paulo, and 100 relatives living with them. Data were collected
from March 2016 to January 2018, after completing the inclusion criteria,
presentation of the study and agreement of participation in the research. Firstly,
the sociodemographic and clinical characterization form of the patient was
applied followed by the scale of evaluation of stressors in an intensive care unit.
At the time of the visit, the family sociodemographic
characterization form and
the inventory of needs and stressors of family members in intensive care INEFTI
were applied. Stressors were analyzed and represented by the mean
and standard deviation for each item and then compared. RESULTS: The
majority of the patients are male, married, Catholic, retired, aged between 5160
years old, 1 st grade incomplete, autonomous, experiencing the first ICU stay,
with two days in the unit, with a diagnosis of infarction Acute myocardial
infarction with supra low level of the lower wall segment ST, with associated
comorbidities, with arterial hypertension and dyslipidemia being the most
prevalent, presenting complications such as Reverted Sudden Death and
arrhythmia, classified at the time of admission with High Risk Grace Score and
having their exit from the ICU with improved clinical condition and in outpatient
followup.
The most stressful factors of the patients were: "Having financial
worries" (30%), "Not being able to communicate" (29%), "Not having control over themselves" (28%), "Being incapacitated to family "(27%) and" Not aware
of the length of stay in the ICU "(27%). The cohabiting relatives are female,
being children and spouses, married, Catholics, age between 1830
years, full
second degree, employees, with monthly income of 1 to 3 Minimum Wages,
with previous experience in ICU , aware of the diagnosis of the hospitalized
patient, but not aware of the name of the doctor and the nurse responsible.
Responses to the Inventory of Needs of Families in Intensive Care showed that
family members were more important to their needs than they were satisfied.
The most important needs were: to know the patient's chances of improvement,
to be sure that the best possible treatment was being given to the patient, to be
advised at home about changes in the patient's condition and to be informed
about everything related to evolution of the patient. The need considered less
satisfied by family members was to have a person who can give information
over the phone. CONCLUSION: The stressors of the patient are related to their
commitments, their responsibilities and their adaptation to their biopsychosocial
evolution in the Coronary ICU and the satisfaction of their cohabiting relatives
needs to be valued in front of their needs in search of good results. Therefore, it
is necessary for professionals to extend the focus of care to the patient and the
family, contemplating the process of humanization and the principles of Patient
and Family Centered Care so that care is effective, safe and of quality, aiming
at recovery and promotion the health of the patient and the prevention and
satisfaction of his or her relative.
INTRODUÇÃO: A internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Coronariana gera eventos estressores e necessidades nos pacientes e familiares. O ambiente associado ao processo de humanização é fundamental para a estabilidade clínica, recuperação, reabilitação, bem estar e satisfação dos familiares e dos pacientes graves que necessitam de cuidados intensivos. O Cuidado Centrado no Paciente e Família precisa ser aplicado e valorizado, voltado às questões e necessidades dos familiares com relação ao tratamento do paciente. OBJETIVOS: Avaliar os fatores estressores de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana; avaliar a necessidade e a satisfação dos familiares conviventes de pacientes internados em UTI Coronariana. MÉTODO: Tratase de um estudo observacional de corte transversal. A amostra constituiuse de 200 participantes, sendo 100 pacientes com Síndrome Coronariana Aguda, após 24 horas de internação na UTI Coronariana do Hospital São Paulo, e 100 familiares conviventes. Os dados foram coletados no período de Março de 2016 a Janeiro de 2018, após preenchimento dos critérios de inclusão, apresentação do estudo e concordância da participação na pesquisa. Primeiramente foi aplicada a ficha de caracterização sociodemográfica e clínica do paciente seguida da escala de avaliação de estressores em unidade de terapia intensiva. No horário da visita, foi aplicada a ficha de caracterização sociodemográfica do familiar e o inventário de necessidades e estressores de familiares em terapia intensiva INEFTI. Os estressores foram analisados e representados através da média e desviopadrão para cada item e posteriormente comparados. RESULTADOS: Os pacientes em sua maioria são do sexo masculino, casados, católicos, aposentados, idade entre 5160 anos, 1° grau incompleto, autônomos, vivenciando a primeira internação em UTI, com permanência de dois dias internados na unidade, com diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio com Supra Desnível do Segmento ST de Parede Inferior em sua maioria, com comorbidades associadas, sendo a Hipertensão Arterial e Dislipidemia as mais prevalentes, apresentando complicações como Morte Súbita Revertida e arritmia, classificados no momento da internação com Escore Grace de alto risco e tendo a sua saída da UTI com condição clínica melhorada e em acompanhamento ambulatorial. Os fatores muito estressantes dos pacientes foram:“Ter preocupações financeiras”(30%), “Não conseguir se comunicar”(29%), “Não ter controle sobre si mesmo”(28%), “Estar incapacitado para exercer seu papel na família”(27%) e “Desconhecer o tempo de permanência na UTI”(27%). Os familiares conviventes são do sexo feminino, sendo eles filhos(as) e cônjuges, casados, católicos, idade entre 1830 anos, 2° grau completo, empregados, com renda mensal de 1 a 3 Salários Mínimos, com experiência anterior em UTI, cientes do diagnóstico do paciente internado, porém não cientes do nome do médico e do enfermeiro responsável. As respostas ao Inventário de Necessidades de Familiares em Terapia Intensiva mostraram que os familiares conviventes deram mais importância às suas necessidades do que as tiveram satisfeitas. As necessidades consideradas importantíssimas foram: saber quais as chances de melhora do paciente, estar seguro de que o melhor tratamento possível estava sendo dado ao paciente, ser avisado em casa sobre mudanças na condição do paciente e ser informado a respeito de tudo que se relacione a evolução do paciente. A necessidade considerada menos satisfeita pelos familiares foi ter uma pessoa que possa dar informações por telefone. CONCLUSÃO: Os fatores estressores do paciente relacionamse com os seus compromissos, suas responsabilidades e a sua adaptação frente sua evolução biopsicosocial na UTI Coronariana, e a satisfação dos seus familiares conviventes precisa ser valorizada frente as suas necessidades em busca de bons resultados. Portanto é necessário que os profissionais ampliem o foco do cuidado para o paciente e a família, contemplando o processo de humanização e os princípios do Cuidado Centrado no Paciente e Família para que a assistência seja eficaz, segura e de qualidade, visando à recuperação e promoção da saúde do paciente e à prevenção e satisfação de seu familiar.
INTRODUÇÃO: A internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Coronariana gera eventos estressores e necessidades nos pacientes e familiares. O ambiente associado ao processo de humanização é fundamental para a estabilidade clínica, recuperação, reabilitação, bem estar e satisfação dos familiares e dos pacientes graves que necessitam de cuidados intensivos. O Cuidado Centrado no Paciente e Família precisa ser aplicado e valorizado, voltado às questões e necessidades dos familiares com relação ao tratamento do paciente. OBJETIVOS: Avaliar os fatores estressores de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana; avaliar a necessidade e a satisfação dos familiares conviventes de pacientes internados em UTI Coronariana. MÉTODO: Tratase de um estudo observacional de corte transversal. A amostra constituiuse de 200 participantes, sendo 100 pacientes com Síndrome Coronariana Aguda, após 24 horas de internação na UTI Coronariana do Hospital São Paulo, e 100 familiares conviventes. Os dados foram coletados no período de Março de 2016 a Janeiro de 2018, após preenchimento dos critérios de inclusão, apresentação do estudo e concordância da participação na pesquisa. Primeiramente foi aplicada a ficha de caracterização sociodemográfica e clínica do paciente seguida da escala de avaliação de estressores em unidade de terapia intensiva. No horário da visita, foi aplicada a ficha de caracterização sociodemográfica do familiar e o inventário de necessidades e estressores de familiares em terapia intensiva INEFTI. Os estressores foram analisados e representados através da média e desviopadrão para cada item e posteriormente comparados. RESULTADOS: Os pacientes em sua maioria são do sexo masculino, casados, católicos, aposentados, idade entre 5160 anos, 1° grau incompleto, autônomos, vivenciando a primeira internação em UTI, com permanência de dois dias internados na unidade, com diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio com Supra Desnível do Segmento ST de Parede Inferior em sua maioria, com comorbidades associadas, sendo a Hipertensão Arterial e Dislipidemia as mais prevalentes, apresentando complicações como Morte Súbita Revertida e arritmia, classificados no momento da internação com Escore Grace de alto risco e tendo a sua saída da UTI com condição clínica melhorada e em acompanhamento ambulatorial. Os fatores muito estressantes dos pacientes foram:“Ter preocupações financeiras”(30%), “Não conseguir se comunicar”(29%), “Não ter controle sobre si mesmo”(28%), “Estar incapacitado para exercer seu papel na família”(27%) e “Desconhecer o tempo de permanência na UTI”(27%). Os familiares conviventes são do sexo feminino, sendo eles filhos(as) e cônjuges, casados, católicos, idade entre 1830 anos, 2° grau completo, empregados, com renda mensal de 1 a 3 Salários Mínimos, com experiência anterior em UTI, cientes do diagnóstico do paciente internado, porém não cientes do nome do médico e do enfermeiro responsável. As respostas ao Inventário de Necessidades de Familiares em Terapia Intensiva mostraram que os familiares conviventes deram mais importância às suas necessidades do que as tiveram satisfeitas. As necessidades consideradas importantíssimas foram: saber quais as chances de melhora do paciente, estar seguro de que o melhor tratamento possível estava sendo dado ao paciente, ser avisado em casa sobre mudanças na condição do paciente e ser informado a respeito de tudo que se relacione a evolução do paciente. A necessidade considerada menos satisfeita pelos familiares foi ter uma pessoa que possa dar informações por telefone. CONCLUSÃO: Os fatores estressores do paciente relacionamse com os seus compromissos, suas responsabilidades e a sua adaptação frente sua evolução biopsicosocial na UTI Coronariana, e a satisfação dos seus familiares conviventes precisa ser valorizada frente as suas necessidades em busca de bons resultados. Portanto é necessário que os profissionais ampliem o foco do cuidado para o paciente e a família, contemplando o processo de humanização e os princípios do Cuidado Centrado no Paciente e Família para que a assistência seja eficaz, segura e de qualidade, visando à recuperação e promoção da saúde do paciente e à prevenção e satisfação de seu familiar.