Fatores prognósticos e mortalidade por infecção relacionada à assistência à saúde em hospital de ensino na Amazônia ocidental brasileira
Data
2018-12-20
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: Analyze hospital mortality and investigate the deaths associated with
healthcareassociated
infection (HAI) in a teaching hospital. Method: Databases of
the Hospital Information System and System on Mortality of the Unified Health
System and the records of the Epidemiological Surveillance Service of the institution
of the deaths occurred in the period from January 1st to December 31, 2016.
Results: The results of this research allowed the elaboration of three papers with a
focus on mortality and emphasis on HAI. The first paper was a crosssectional,
exploratory and census study. Among the 634 deaths at the institution in the selected
period, the majority of the patients were male (56.9%), with a mean age of 63.03 (SD
= 17.02) years, predominantly brown (68.9%), marital status declared single (32.2%),
with an average time of hospitalization of 20.76 (SD = 55.09) days, the main
underlying cause of death was neoplasms (45.4%) and infectious diseases and
parasitic as the main immediate causes of death (28.9%).The second was a
descriptive and analytical study of 422 patients over 48 hours of hospitalization who
died in the study period. The majority of the patients were male (59.0%), with a mean
age of 63.75 (SD= 17.18) years, nonwhite
race/color (75.1%), without companion
(53.8%), mean of hospital stay of 17.7 (SD=13.80) days from their homes (54.7%).
The frequence of HAI was 23.5% and of these, 55.6% were contributing to death.
After adjusting the variables by logistic regression using the likelihood ratio method,
the use of corticosteroids (OR 1.94 95% CI 1.073.54,
p=0.04), bladder catheter (OR
2.67 95% CI 1.274.83,
p=0.01) and lenght of stay over 7 days (OR 7.89 95% CI
2.9621.03,
p<0.001). Infection present at admission showed inverse association (OR
0.12 95% CI 0.060.23,
p<0.001). The third, was a retrospective cohort study of 99
patients with HAI who died during the observation period. The probability of surviving
at the first seven days after diagnosis of HAI was 54.5%. The median survival time
after the diagnosis of HAI was 9 days. The risk was higher among female patients
(52.2%) with age above 65 years (48.1%). They were associated with the risk of
death: use of invasive devices (mechanical ventilation, orotracheal tube,
tracheostomy, central venous catheter and bladder catheter) and ICU admission.
Conclusion: The occurrence of HAI requires special attention because they
constitute a serious public health problem due to its high morbidity and mortality. It
reinforces the need to improve the measures of prevention and control of the
transmission of this type of aggravation. However, besides the findings presented in
this thesis find support in the literature on this subject and contribute with information
in the area of health, it is pointed out the need for further investigations in order to
know the severity of these infections, as well as the involved etiological agents.
Objetivo: Analisar a mortalidade hospitalar e investigar os óbitos associados à infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em um hospital de ensino localizado na Amazônia Ocidental brasileira. Método: Utilizouse de bancos de dados do Sistema de Informações Hospitalar (SIH) e Sistema Sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos registros do Serviço de Vigilância Epidemiológica da instituição dos óbitos ocorridos no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2016. Resultados: Os resultados desta investigação permitiram a elaboração de três artigos com abordagens temáticas sobre a mortalidade com ênfase nas IRAS. O primeiro artigo resultou de um estudo transversal, exploratório e censitário que observou 634 óbitos ocorridos na instituição, dos quais a maioria dos pacientes era do sexo masculino (56,9%), com idade média de 63,03 (DP = 17,02) anos, cor parda predominante (68,9%), situação conjugal declarada solteira (32,2%), com tempo médio de internação de 20,76 (DP = 55,09) dias, principal causa básica do óbito as neoplasias (45,4%) e as doenças infecciosas e parasitárias como as principais causas imediatas de morte (28,9%). O segundo resultou de um estudo descritivo e analítico com 422 pacientes acima de 48 horas de internação e que morreram no período do estudo, a maioria era do sexo masculino (59,0%), com idade média de 63,75 (DP = 17,18) anos, raça/cor não branca (75,1%), sem companheiro(a) (53,8%), com tempo médio de internação de 17,7 (DP = 13,80) dias, procedentes de suas residências (54,7%). A frequência de IRAS foi 23,5% e destas, 55,6% foram contribuintes ao óbito. Após o ajustamento das variáveis por regressão logística pelo método da razão de verossimilhança, estiveram associados à ocorrência de IRAS o uso de corticoides (OR 1,94 IC 95% 1,073,54, p=0,04), sonda vesical de demora (OR 2,67 IC 95% 1,274,83, p=0,01) e tempo de permanência acima de 7 dias (OR 7,89 IC 95% 2,9621,03, p<0,001). Infecção presente na admissão apresentou associação inversa (OR 0,12 IC 95% 0,060,23, p<0,001). O terceiro resultou de um estudo de coorte retrospectivo com 99 pacientes com IRAS que morreram no período da observação. A probabilidade de sobreviver nos primeiros sete dias após diagnóstico de IRAS foi de 54,5%. A mediana do tempo de sobrevivência após o diagnóstico de IRAS foi de 9 dias. O risco foi maior entre pacientes do sexo feminino (52,2%) com idade acima de 65 anos (48,1%). Estiveram associados ao risco de morte: uso de dispositivos invasivos (ventilação mecânica, tubo orotraqueal, traqueostomia, cateter venoso central e sonda vesical de demora) e internação em UTI. Conclusão: A ocorrência de IRAS necessita de atenção especial por se constituírem um grave problema de saúde pública em decorrência de sua alta morbidade e mortalidade. Reforçase a necessidade do aprimoramento das medidas de prevenção e controle da transmissão deste tipo de agravo. Contudo, além dos achados apresentados nesta tese encontrarem amparo na literatura sobre esta temática e contribuir com as informações na área da saúde, apontase a necessidade de mais investigações com o propósito de conhecer a gravidade dessas infecções, bem como os agentes etiológicos envolvidos.
Objetivo: Analisar a mortalidade hospitalar e investigar os óbitos associados à infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em um hospital de ensino localizado na Amazônia Ocidental brasileira. Método: Utilizouse de bancos de dados do Sistema de Informações Hospitalar (SIH) e Sistema Sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos registros do Serviço de Vigilância Epidemiológica da instituição dos óbitos ocorridos no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2016. Resultados: Os resultados desta investigação permitiram a elaboração de três artigos com abordagens temáticas sobre a mortalidade com ênfase nas IRAS. O primeiro artigo resultou de um estudo transversal, exploratório e censitário que observou 634 óbitos ocorridos na instituição, dos quais a maioria dos pacientes era do sexo masculino (56,9%), com idade média de 63,03 (DP = 17,02) anos, cor parda predominante (68,9%), situação conjugal declarada solteira (32,2%), com tempo médio de internação de 20,76 (DP = 55,09) dias, principal causa básica do óbito as neoplasias (45,4%) e as doenças infecciosas e parasitárias como as principais causas imediatas de morte (28,9%). O segundo resultou de um estudo descritivo e analítico com 422 pacientes acima de 48 horas de internação e que morreram no período do estudo, a maioria era do sexo masculino (59,0%), com idade média de 63,75 (DP = 17,18) anos, raça/cor não branca (75,1%), sem companheiro(a) (53,8%), com tempo médio de internação de 17,7 (DP = 13,80) dias, procedentes de suas residências (54,7%). A frequência de IRAS foi 23,5% e destas, 55,6% foram contribuintes ao óbito. Após o ajustamento das variáveis por regressão logística pelo método da razão de verossimilhança, estiveram associados à ocorrência de IRAS o uso de corticoides (OR 1,94 IC 95% 1,073,54, p=0,04), sonda vesical de demora (OR 2,67 IC 95% 1,274,83, p=0,01) e tempo de permanência acima de 7 dias (OR 7,89 IC 95% 2,9621,03, p<0,001). Infecção presente na admissão apresentou associação inversa (OR 0,12 IC 95% 0,060,23, p<0,001). O terceiro resultou de um estudo de coorte retrospectivo com 99 pacientes com IRAS que morreram no período da observação. A probabilidade de sobreviver nos primeiros sete dias após diagnóstico de IRAS foi de 54,5%. A mediana do tempo de sobrevivência após o diagnóstico de IRAS foi de 9 dias. O risco foi maior entre pacientes do sexo feminino (52,2%) com idade acima de 65 anos (48,1%). Estiveram associados ao risco de morte: uso de dispositivos invasivos (ventilação mecânica, tubo orotraqueal, traqueostomia, cateter venoso central e sonda vesical de demora) e internação em UTI. Conclusão: A ocorrência de IRAS necessita de atenção especial por se constituírem um grave problema de saúde pública em decorrência de sua alta morbidade e mortalidade. Reforçase a necessidade do aprimoramento das medidas de prevenção e controle da transmissão deste tipo de agravo. Contudo, além dos achados apresentados nesta tese encontrarem amparo na literatura sobre esta temática e contribuir com as informações na área da saúde, apontase a necessidade de mais investigações com o propósito de conhecer a gravidade dessas infecções, bem como os agentes etiológicos envolvidos.