Efeito do estresse crônico de derrota social em camundongos sobre a ansiedade e preferência social: Possível reversão com dose aguda de etanol

Data
2018-10-25
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Chronic stress results in deleterious effects on individuals, and social stress is one of the most recurring forms of stress nowadays. Alcohol can influence the behavior of individuals in different ways. In this study, the acute effects of alcohol were analyzed in mice submitted either to continuous social defeat or the episodic social defeat stress. Our hypothesis is that social stress would produce an anxiogenic effect on the elevated plus maze and a reduction in social investigation, and that a single dose of alcohol would reverse these effects of stress. Male adult Swiss mice were exposed to a 10-day protocol of either continuous social defeat stress, or episodic defeat stress. After 4 to 7 days, animals were allocated in 4 groups (control saline, stress saline, control alcohol and stress alcohol) and were tested in two models, the elevated plus maze and the social investigation, in separate experiments. Chronic exposure to both continuous and episodic social stress failed to affect the behavior on the elevated plus maze, but an anxiolytic effect of a single dose of 1,0 g/kg of alcohol was observed. In the social investigation test, control saline and control alcohol groups showed preference to exploring the social target, while the animals of control stress showed either aversion (in case of continuous stress) or lack of interest (in case of episodic stress) to the social target. In both cases, the administration of a single low dose of alcohol (0,25 g/kg i.p.) resulted in either an attenuation (in case of the continuous stress) or a reversion (in case of the episodic stress) of the effects of the social defeat, showing that a single dose of alcohol prevented social deficits in stressed animals, which could facilitate the development of alcohol addiction on these animals.
Estresse crônico gera efeitos deletérios em indivíduos, sendo o estresse social uma das formas mais recorrentes de estresse na atualidade. O efeito do álcool pode vir a influenciar de diferentes modos o comportamento de indivíduos. Neste estudo, analisamos efeitos comportamentais de uma dose aguda de álcool em camundongos previamente submetidos ao protocolo de derrota social contínua ou de derrota social episódica. Nossa hipótese é que o estresse social geraria um efeito ansiogênico no labirinto em cruz e uma redução da investigação social, e que uma dose aguda de álcool reverteria esses efeitos. Camundongos suiços machos, adultos, foram expostos a um protocolo de 10 dias de estresse de derrota social contínuo ou episódico. Depois de 4 a 7 dias, os animais foram alocados em 4 grupos (controle salina, estresse salina, controle álcool, estresse álcool) e testados em dois modelos, o labirinto em cruz elevado e o teste de investigação social, em diferentes experimentos. A exposição crônica ao estresse social contínuo ou episódico não afetou o comportamento no labirinto em cruz elevado, havendo somente um efeito ansiolítico do álcool na dose de 1,0 g/kg. No teste de investigação social, os animais dos grupos controle salina e controle álcool tiveram preferência por explorar o alvo social, enquanto que os animais do grupo estresse salina tiveram aversão (no caso do estresse contínuo) ou desinteresse pelo alvo social (no caso de estresse episódico). Em ambos os casos, a administração de uma dose baixa de álcool (0,25 g/kg i.p.) causou ou uma atenuação (no caso da derrota contínua) ou uma reversão (no caso da derrota episódica) nos efeitos da derrota social, mostrando que uma única dose de álcool é capaz de atenuar déficits sociais em animais estressados, o que poderia facilitar o desenvolvimento de dependência ao álcool nesses animais.
Descrição
Citação
MORI, Marcos Vinicius. Efeito do estresse crônico de derrota social em camundongos sobre a ansiedade e preferência social: possível reversão com dose aguda de etanol. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2018.
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