Correlação entre fenótipo e genótipo de pacientes com doença de Stargardt
Data
2018-08-30
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Purpose: To identify genetic variants in Brazilian patients with clinical
diagnosis of Stargardt disease and to correlate with its phenotypic
manifestation and hereditary characteristics.
Methods: Patients with clinical diagnosis of Stargardt disease from retina
clinic of UNIFESP were included. Medical records from patients from the
Instituto de Genética Ocular, São Paulo – Brazil, were reviewed. The
ABCA4, ELOVL4 and PROM1 genes were analyzed by the nextgeneration
sequencing (NGS) and complementation with the Sanger
sequencing.
Results: 52 patients from 47 families were included. In the first phase 24
patients from 21 families from retina clinic of UNIFESP were selected. In
the second phase, 254 medical records from Instituto de Genética Ocular
were reviewed. Of these, 28 patients from 26 families with pathogenic
variants in the ABCA4 and PROM1 genes detected by NGS were selected.
No patient had genetic alteration in the ELOVL4 gene. The age of the
patients varied from 10 to 66 years and the age of onset of symptoms was
on average 14 years of age (ranged from 5 to 40 years of age). A visual
acuity ranged from 20/40 to 20 cm at the time of examination. Retinal
flecks was found in the retina examination and was associated with
macular atrophy. The ABCA4 gene sequencing was conclusive in 41
patients, inconclusive in 8 and negative in 1 case. Two patients have their
phenotypic characteristics due to the presence of variants in the PROM1
gene. This study described 5 new pathogenic variants and 3 new complex
alleles in the ABCA4 gene.
Conclusion: The NGS gene panel was effective to conclude the diagnosis
in approximately 80% of the patients. Despite wide genetic and clinic variability, there was concordance in sibling disease expression with the
same genotype. The identification of the complex alleles in 14 families
(30% of cases) reinforces the importance of the segregation test for the
conclusion of the molecular diagnosis related to the ABCA4 gene.
Objetivo: Identificar as variantes genéticas em pacientes com diagnóstico clínico de doença de Stargardt e correlacionar com a sua manifestação fenotípica e características de hereditariedade na população brasileira. Métodos: Foram incluídos pacientes com diagnóstico de doença de Stargardt que fazem acompanhamento no ambulatório de retina da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP ou no Instituto de Genética Ocular (IGO), São Paulo-Brasil. Os casos oriundos da UNIFESP foram submetidos à análise de sequenciamento de nova geração (NGS) para avaliação dos genes ABCA4, ELOVL4 e PROM1 e validação pelo método de sequenciamento Sanger. Os prontuários dos pacientes em acompanhamento no IGO que possuíam teste molecular realizado por NGS foram revisados para seleção dos casos com diagnóstico clínico de doença de Stargardt e seus testes moleculares foram reanalisados. Resultados: Foram incluídos 52 pacientes de 47 famílias. Na primeira fase foram selecionados 24 pacientes de 21 famílias do ambulatório de retina da UNIFESP. Na segunda fase, foram revisados 254 prontuários de pacientes que estavam em acompanhamento no IGO. Destes, foram selecionados 28 pacientes de 26 famílias com doença de Stargardt. Estes possuíam variantes patogênicas nos genes ABCA4 e PROM1. Em nenhum destes 2 grupos de pacientes foi encontrada variante no gene ELOVL4. A idade dos pacientes variou de 10 e 66 anos e a idade de início dos sintomas foi em média 14 anos de idade (variou de 5 a 40 anos de idade). A acuidade visual variou de 20/40 até conta dedos a 20 cm no momento do exame. Ao exame da retina encontrou-se flecks de retina associados à atrofia macular. O sequenciamento do gene ABCA4 foi conclusivo em 41 pacientes, inconclusivo em 8 e negativo em 1 caso. Dois casos tiveram suas características fenotípicas ligadas à presença de variantes no gene PROM1. Este trabalho descreveu 5 novas variantes patogênicas e 3 novos alelos complexos no gene ABCA4. Conclusões: Os painéis gênicos usados no NGS para doença de Stargardt foram capazes de concluir o diagnóstico em aproximadamente 80% dos pacientes. Apesar da grande variabilidade clínica e genética houve concordância na gravidade da expressão da doença em irmãos com mesmo genótipo. A identificação dos alelos complexos em 14 famílias (30% dos casos) reforça a importância do teste de segregação para a conclusão do diagnóstico molecular relacionado ao gene ABCA4.
Objetivo: Identificar as variantes genéticas em pacientes com diagnóstico clínico de doença de Stargardt e correlacionar com a sua manifestação fenotípica e características de hereditariedade na população brasileira. Métodos: Foram incluídos pacientes com diagnóstico de doença de Stargardt que fazem acompanhamento no ambulatório de retina da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP ou no Instituto de Genética Ocular (IGO), São Paulo-Brasil. Os casos oriundos da UNIFESP foram submetidos à análise de sequenciamento de nova geração (NGS) para avaliação dos genes ABCA4, ELOVL4 e PROM1 e validação pelo método de sequenciamento Sanger. Os prontuários dos pacientes em acompanhamento no IGO que possuíam teste molecular realizado por NGS foram revisados para seleção dos casos com diagnóstico clínico de doença de Stargardt e seus testes moleculares foram reanalisados. Resultados: Foram incluídos 52 pacientes de 47 famílias. Na primeira fase foram selecionados 24 pacientes de 21 famílias do ambulatório de retina da UNIFESP. Na segunda fase, foram revisados 254 prontuários de pacientes que estavam em acompanhamento no IGO. Destes, foram selecionados 28 pacientes de 26 famílias com doença de Stargardt. Estes possuíam variantes patogênicas nos genes ABCA4 e PROM1. Em nenhum destes 2 grupos de pacientes foi encontrada variante no gene ELOVL4. A idade dos pacientes variou de 10 e 66 anos e a idade de início dos sintomas foi em média 14 anos de idade (variou de 5 a 40 anos de idade). A acuidade visual variou de 20/40 até conta dedos a 20 cm no momento do exame. Ao exame da retina encontrou-se flecks de retina associados à atrofia macular. O sequenciamento do gene ABCA4 foi conclusivo em 41 pacientes, inconclusivo em 8 e negativo em 1 caso. Dois casos tiveram suas características fenotípicas ligadas à presença de variantes no gene PROM1. Este trabalho descreveu 5 novas variantes patogênicas e 3 novos alelos complexos no gene ABCA4. Conclusões: Os painéis gênicos usados no NGS para doença de Stargardt foram capazes de concluir o diagnóstico em aproximadamente 80% dos pacientes. Apesar da grande variabilidade clínica e genética houve concordância na gravidade da expressão da doença em irmãos com mesmo genótipo. A identificação dos alelos complexos em 14 famílias (30% dos casos) reforça a importância do teste de segregação para a conclusão do diagnóstico molecular relacionado ao gene ABCA4.