Diferentes tipos de alojamentos na idade adulta alteram comportamento de ratos submetidos à privação materna
Data
2018-11-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Chronic stress is related to greater vulnerability to the onset of psychiatric disorders. However, not all individuals undergoing chronic trauma develop some form of psychopathology. Previous experiences of the individual are able to program it phenotypically, making the animal more able to cope with this type of stress. From this perspective, maternal deprivation for 24 h in rats can be considered to play a positive role in the animal's life, phenotypically scheduling it to better cope with stress in adult life. This relationship between different contexts in childhood and adulthood is defended by the Incompatibility Hypothesis. The objective of this study was to test the hypothesis that individual housing in adulthood elicits different behaviors in animals previously submitted to maternal deprivation, giving subsidy to the Incompatibility Hypothesis. To do this, we submitted the animals to three contexts at the infantile age: no maternal deprivation, maternal deprivation in postnatal-day 3 or maternal deprivation in postnatal-day 11, and two different contexts in adulthood: double housing (sports environment) or chronic individual housing (aversive environment). The animals were tested in the Novel Suppression Feeding Test, Negative Saccharose Contrast Test, Open Field and Elevated Plus Maze. The results indicated that the Incompatibility Hypothesis is true for the Negative Saccharose Contrast Test and for the Open Field lift behavior. In addition, social separation, regardless of maternal deprivation, caused a decrease in anxiety in the Elevated Plus Maze. Considering the results, we can conclude that different contexts in adulthood may alter some of the behaviors evaluated in the animals submitted to maternal deprivation, partially corroborating with the Incompatibility Hypothesis.
O estresse crônico está relacionado à maior vulnerabilidade ao desencadeamento de transtornos psiquiátricos. Entretanto, nem todos os indivíduos que passam por experiências consideradas traumáticas de forma crônica desenvolvem algum tipo de psicopatologia. Experiências pregressas do indivíduo são capazes de programá-lo fenotipicamente, tornando-o mais apto ao enfrentamento desse tipo de estresse. Sob essa ótica, pode-se considerar que a privação materna (PM) por 24 h em ratos desempenhe um papel positivo na vida do animal, programando-o fenotipicamente a enfrentar melhor o estresse na vida adulta. Essa relação entre diferentes contextos na idade infantil e adulta é defendida pela Hipótese da Incompatibilidade. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de que a combinação entre dois estressores (privação materna e alojamento individual) pode não produzir os mesmos efeitos comportamentais comparados àqueles produzidos pela exposição a apenas um destes estressores. Para isso, submetemos os animais a três contextos na idade infantil: não privação materna, PM no dia pós-natal (DPN) 3 ou PM no DPN 11, e dois diferentes contextos na idade adulta: o alojamento em dupla (ambiente suportivo) ou o alojamento individual crônico (ambiente aversivo). Os animais foram testados no Teste de Supressão Alimentar induzida por Novidade (SAN), Teste de Contraste Negativo de Sacarose (TCNS), Campo Aberto e Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Os resultados indicaram que a Hipótese da Incompatibilidade é verdadeira para o TCNS e para o comportamento de levantar no Campo Aberto. Além disso, a separação social, independente da PM, causou diminuição da ansiedade no LCE. Diante dos resultados, podemos concluir que diferentes contextos na idade adulta podem alterar alguns dos comportamentos avaliados nos animais submetidos à PM, corroborando parcialmente com a Hipótese da Incompatibilidade.
O estresse crônico está relacionado à maior vulnerabilidade ao desencadeamento de transtornos psiquiátricos. Entretanto, nem todos os indivíduos que passam por experiências consideradas traumáticas de forma crônica desenvolvem algum tipo de psicopatologia. Experiências pregressas do indivíduo são capazes de programá-lo fenotipicamente, tornando-o mais apto ao enfrentamento desse tipo de estresse. Sob essa ótica, pode-se considerar que a privação materna (PM) por 24 h em ratos desempenhe um papel positivo na vida do animal, programando-o fenotipicamente a enfrentar melhor o estresse na vida adulta. Essa relação entre diferentes contextos na idade infantil e adulta é defendida pela Hipótese da Incompatibilidade. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de que a combinação entre dois estressores (privação materna e alojamento individual) pode não produzir os mesmos efeitos comportamentais comparados àqueles produzidos pela exposição a apenas um destes estressores. Para isso, submetemos os animais a três contextos na idade infantil: não privação materna, PM no dia pós-natal (DPN) 3 ou PM no DPN 11, e dois diferentes contextos na idade adulta: o alojamento em dupla (ambiente suportivo) ou o alojamento individual crônico (ambiente aversivo). Os animais foram testados no Teste de Supressão Alimentar induzida por Novidade (SAN), Teste de Contraste Negativo de Sacarose (TCNS), Campo Aberto e Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Os resultados indicaram que a Hipótese da Incompatibilidade é verdadeira para o TCNS e para o comportamento de levantar no Campo Aberto. Além disso, a separação social, independente da PM, causou diminuição da ansiedade no LCE. Diante dos resultados, podemos concluir que diferentes contextos na idade adulta podem alterar alguns dos comportamentos avaliados nos animais submetidos à PM, corroborando parcialmente com a Hipótese da Incompatibilidade.
Descrição
Citação
SANTANA, Amanda Cassia Consoli. Diferentes tipos de alojamentos na idade adulta alteram comportamento de ratos submetidos à privação materna. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, 2018.