Efetividade de um treino funcional na prevenção de quedas em idosos institucionalizados
Data
2018-03-29
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objective: To evaluate the effects of a functional exercise program on kinematic gait patterns and the prevention of falls risk in institutionalized elderly people for 12 months. Two long-term public institutions participated, one belonging to the Control
Group (CG) and the other to the Experimental Group (EG). Methods: Each group consisted of 20 elderly women who were evaluated before and after the intervention. The global cognitive status was measured by the Mini Mental State Exam; the
executive functions through the Trail Making Test Parts A and B, and the visuospatial ability by the Visuospatial test. To evaluate the functionality, we used the Berg Functional Balance Scale, Timed up and go (TUG) and "30s Chair Stand". Additionally, we used the Geriatric Depression Scale (GDS), the Falls International
Efficacy Scale (FES-I) and history of falls in the last 12 months. The EG was submitted to an intervention protocol through a functional training program, focusing on the improvement of the static, dynamic balance and gait training in order to prevent future falls. The program consisted of two weekly sessions lasting 60
minutes each for three months. Results: There were no statistically significant differences in the anthropometric data, global cognition and functionality in the pretest. Regarding the frequency of falls, 10 elderly women in the EG reported falling,
while eight in the CG did so. After the protocol, EG improved significantly in the Free walking (t = 4.1, p = 0.001) and walking + cognitive + obstacle tasks (t = 3.3, p =0.004). There was a statistically significant difference in the Trail B, time (t = 2.44, p =
0.02) and number of errors (t = 6.04, p = 0.00), number of errors Trail A (Wilcoxon = -2.46; = 0.01) and the Visuospatial test (t = -4.27, p = 0.00). The same happened for all functional variables, that is, 30s Chair Stand Test (t = -2.02, p = 0.05); Berg (t = -
3.10, p = 0.006) and FES-I (t = 5.49, p = 0.00), while the CG had a lower performance after three months in all respects. During 12 months of follow-up, seven elderly women from the CG fell, 85% of these were recurrent, whereas the experimental group had two reports of falls. There was a statistically significant correlation between the number of falls and the group the elderly belonged to (r =0,36, p = 0.022). Conclusion: The functional training protocol was able to improve several cognitive and functional aspects, as well as to prevent risk of falls for 12 months.
Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios funcionais nos padrões cinemáticos da marcha e na prevenção do risco de quedas em idosos institucionalizados durante 12 meses. Métodos: Participaram duas instituições públicas de longa permanência, uma pertencente ao Grupo Controle (GC) e outra ao Grupo Experimental (GE). Cada grupo era constituído por 20 idosas, todas foram submetidas a uma avaliação antes e após a intervenção. O estado cognitivo global foi mensurado por meio do Mini Exame do Estado Mental, as funções executivas através do Teste de Trilhas (Trail Making Test) Partes A e B, a habilidade visuoespacial pelo teste Visuoespacial. Para avaliar a funcionalidade foram utilizadas a Escala de Equilíbrio Funcional de Berg, Timed up and go (TUG) e “30s Chair Stand Test”. Os sintomas depressivos através do Geriatric Depression Scale (GDS), auto eficácia de quedas pela Falls Efficacy International Scale (FES-I) e histórico de quedas nos últimos 12 meses. O GE foi submetido a um protocolo de intervenção através de um programa de treino funcional, com enfoque na melhora do equilíbrio estático, dinâmico e treino de marcha a fim de evitar quedas futuras. Foram oferecidas duas sessões semanais com duração de 60 minutos cada, por 3 meses. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos dados antropométricos, cognição global e de funcionalidade no pré-teste; em relação à frequência de quedas 10 idosas do GE relataram queda e no GC 8 idosas caíram. Após o protocolo, GE melhorou significativamente nos quesitos Caminhar livremente (t=4,1; p=0,001) e caminhar + atividade cognitiva + obstáculo (t=3,3; p=0,004), houve diferença estatisticamente significativa no Teste de Trilhas parte B, no quesito tempo (t=2,44; p=0,02) e número de erros (t=6,04; p=0,00), número de erros Trilhas A (Wilcoxon=-2,46; p=0,01) e o teste Visuoespacial (t=-4,27; p=0,00), assim como entre todas as variáveis funcionais, “30s Chair Stand Test” (t=-2,02; p=0,05); Berg (t=-3,10; p=0,006) e FES-I (t=5,49; p=0,00), já o GC teve um desempenho inferior após os 3 meses em todos os quesitos. Durante 12 meses de follow-up, 7 idosas do GC caíram, sendo 85% destas caidoras recorrentes, em contrapartida, o grupo experimental teve relato de duas caidoras, houve correlação estatisticamente significativa entre o número de quedas e o grupo pertencente (r=0,36; p=0,022). Conclusões: O protocolo de treinamento funcional foi capaz de melhorar diversos aspectos cognitivos, funcionais e prevenir risco de quedas por 12 meses.
Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios funcionais nos padrões cinemáticos da marcha e na prevenção do risco de quedas em idosos institucionalizados durante 12 meses. Métodos: Participaram duas instituições públicas de longa permanência, uma pertencente ao Grupo Controle (GC) e outra ao Grupo Experimental (GE). Cada grupo era constituído por 20 idosas, todas foram submetidas a uma avaliação antes e após a intervenção. O estado cognitivo global foi mensurado por meio do Mini Exame do Estado Mental, as funções executivas através do Teste de Trilhas (Trail Making Test) Partes A e B, a habilidade visuoespacial pelo teste Visuoespacial. Para avaliar a funcionalidade foram utilizadas a Escala de Equilíbrio Funcional de Berg, Timed up and go (TUG) e “30s Chair Stand Test”. Os sintomas depressivos através do Geriatric Depression Scale (GDS), auto eficácia de quedas pela Falls Efficacy International Scale (FES-I) e histórico de quedas nos últimos 12 meses. O GE foi submetido a um protocolo de intervenção através de um programa de treino funcional, com enfoque na melhora do equilíbrio estático, dinâmico e treino de marcha a fim de evitar quedas futuras. Foram oferecidas duas sessões semanais com duração de 60 minutos cada, por 3 meses. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos dados antropométricos, cognição global e de funcionalidade no pré-teste; em relação à frequência de quedas 10 idosas do GE relataram queda e no GC 8 idosas caíram. Após o protocolo, GE melhorou significativamente nos quesitos Caminhar livremente (t=4,1; p=0,001) e caminhar + atividade cognitiva + obstáculo (t=3,3; p=0,004), houve diferença estatisticamente significativa no Teste de Trilhas parte B, no quesito tempo (t=2,44; p=0,02) e número de erros (t=6,04; p=0,00), número de erros Trilhas A (Wilcoxon=-2,46; p=0,01) e o teste Visuoespacial (t=-4,27; p=0,00), assim como entre todas as variáveis funcionais, “30s Chair Stand Test” (t=-2,02; p=0,05); Berg (t=-3,10; p=0,006) e FES-I (t=5,49; p=0,00), já o GC teve um desempenho inferior após os 3 meses em todos os quesitos. Durante 12 meses de follow-up, 7 idosas do GC caíram, sendo 85% destas caidoras recorrentes, em contrapartida, o grupo experimental teve relato de duas caidoras, houve correlação estatisticamente significativa entre o número de quedas e o grupo pertencente (r=0,36; p=0,022). Conclusões: O protocolo de treinamento funcional foi capaz de melhorar diversos aspectos cognitivos, funcionais e prevenir risco de quedas por 12 meses.
Descrição
Citação
SILVA, Lilian Atalaia da. Efetividade de um treino funcional na prevenção de quedas em idosos institucionalizados. Tese (Doutorado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2018.