Esforço mental e suscetibilidade à interferência na recuperação da memória episódica

Data
2018-08-30
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Forgetting is the inability to retrieve information that could be retrieved before. The Interference Theory suggests that information tends to dispute its existence when learned by individuals, so forgetting would be justified by the dispute of information prior to the entry of the target memories (Proactive Interference) and subsequent to that entry (Retroactive Interference). Currently, there is a hypothesis that memory consolidation is impaired by the introduction of tasks demanding cognitive effort during the time it is occurring. The present study aimed to investigate whether the loss of information related to cognitive effort could be explained by interference in memory consolidation or because of the limited ability of individuals' mental resources to control interfering stimuli. To measure cognitive effort we registered pupil dilation. Experiment 1 (N - 20) replicated our previous study that demonstrated a possible non - existence of the interfering effect on memory consolidation. Experiment 2 (N - 22) tested how the tasks performed at the initial moment of memory consolidation could influence recall by interfering with more labile memories, but this effect was not fund. In Experiment 3 (N - 30) the participants performed tasks over a longer period of time, testing whether loss of information would come from RI in memory consolidation or cognitive overload, indicating the possibility of the second hypothesis being more correct. Finally, in Experiment 4 (N - 45), we tested in groups how different tasks interfere in consolidation causing a cognitive overload. The results of our study indicate that there is no interfering effect of cognitive effort on memory consolidation, but rather a proactive and retroactive effect on the retrieval of information that people have for evocation.
O esquecimento é a inabilidade de recuperar informações antes passíveis de recuperação. A Teoria da Interferência sugere que informações tendem a disputar a sua existência quando aprendidas pelos indivíduos, logo, o esquecimento seria justificado pela disputa de informações anteriores à entrada das memórias-alvo (Interferência Proativa) e posteriores a essa entrada (Interferência Retroativa). Atualmente há a hipótese de que a consolidação da memória seja prejudicada com a introdução de tarefas demandantes de esforço mental durante o tempo em que está ocorrendo (IR). O presente estudo se prop􀁻s a investigar com participantes saudáveis se a perda de informações relacionadas ao esforço mental poderia ser explicada pela interferência na consolidação da memória ou por causa da limitada capacidade de recursos mentais dos indivíduos para o controle de estímulos interfentes. Para mensurar o esforço mental foi analisado a dilatação da pupila dos indivíduos. O Experimento 1 (N - 20) replicou nosso estudo anterior que demonstrava uma possível inexistência do efeito interferente na consolidação da memória. O Experimento 2 (N – 22) testou como as tarefas realizadas no momento inicial da consolidação da memória poderiam influenciar recordação ao interferir com memórias mais lábeis, porém não encontrando este efeito. No Experimento 3 (N – 30) os participantes realizaram tarefas durante um intervalo maior de tempo, testando se a perda de informações seriam proveniente da IR na consolidação da memória ou de uma sobrecarga cognitiva, indicando a possibilidade da segunda hipótese ser mais explicativa. Finalmente, no Experimento 4 (N – 45), testamos em grupos como diferentes tarefas interferem na consolidação após uma sobrecarga cognitiva. Os resultados do nosso estudo indicam que não há efeito interferente do esforço mental na consolidação da memória, mas sim um efeito proativo e retroativo no modo de recuperação de informações que as pessoas dispõem para a evocação.
Descrição
Citação
ALVES, Marcus Vinicius Costa. Esforço mental e suscetibilidade à interferência na recuperação da memória episódica. Tese (Doutorado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2018.
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