Caracterização morfológica e funcional de vesículas extracelulares liberadas por células B-1 infectadas por Leishmania (Leishmania) Amazonensis

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Data
2018-03-26
Autores
Toledo, Mayte dos Santos [UNIFESP]
Orientadores
Xander, Patricia [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Leishmaniasis is a group of diseases caused by protozoa belonging to the genus Leishmania. The immune response to leishmaniasis is complex and the outcome of the infection depends on several factors, such as genetic composition of Leishmania species and host immunity. Macrophages are known to play a central role in infection by Leishmania parasites and their activation may be influenced by several cell types, such as Th1, Th2, and B-1 lymphocytes. B-1 cells are a subtype of B lymphocytes with peculiar functions in immunity. These cells are able to produce regulatory cytokines (mainly IL-10), natural antibodies and differentiate into phagocytic cells. In addition to cytokines and antibodies, B cells can release different types of extracellular vesicles (EVs) with an important role in intercellular communication, with role in regulating activation and/or modulation of the immune system. However, the production of EVs by B-1 cells and their role in immunity have not yet been demonstrated The aims of this work were to characterize the EVs released by B-1 cells; to study the influence of these EVs on the modulation of lineage macrophages and medullary macrophages from different mouse strains; and to evaluate the role of EVs from B-1 cells in the course of experimental infection by L. (L.) amazonensis. Our results showed that EVs released by B-1 cells infected with the parasite led to a differential activation of J774A.1 macrophages, macrophages from BALB/c and C57BL/6 mice. In addition, EVs released spontaneously by B-1 cells led to a reduction in the lesion progression and parasite burden in BALB/c mice experimentally infected. Thus, this study demonstrated that B-1 cells can release EVs that are capable of altering the functions of macrophages in vitro. In vivo these EVs altered the course of L. (L.) amazonensis infection. This is the first evidence that EVs from B-1 cells can act as a new mechanism of cellular communication between macrophages and B-1 cells.
As leishmanioses constituem um grupo de doenças causadas por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. A resposta imune para a leishmaniose é complexa e o resultado da infecção depende de vários fatores, como composição genética das várias espécies de Leishmania e da imunidade do hospedeiro. Sabe-se que macrófagos têm papel central na infecção por parasitas do gênero Leishmania e sua ativação pode ser influenciada por diversos tipos celulares, como células Th1, Th2, e linfócitos B-1. Células B-1 são um subtipo de linfócitos B com funções peculiares na imunidade. Essas células são capazes de produzir citocinas reguladoras (principalmente IL-10), anticorpos naturais e se diferenciar em células fagocíticas. Além de citocinas e anticorpos, células B podem liberar diferentes tipos de vesículas extracelulares (EVs) com papel importante na comunicação intercelular, podendo levar a ativação e/ou regulação do sistema imunológico. Contudo, ainda não foi demonstrado a produção de EVs por células B-1 e seu papel na imunidade. Os objetivos deste trabalho foram caracterizar as EVs liberadas por células B-1; estudar a influência dessas EVs na modulação de macrófagos de linhagem e macrófagos medulares de distintas linhagens de camundongos; e avaliar o papel de EVs de células B-1 no curso da infeção experimental por L. (L.) amazonensis. Nossos resultados mostraram que EVs liberadas por células B-1 infectadas com o parasita modularam diferentemente a ativação de macrófagos da linhagem J774A.1, macrófagos medulares provenientes de camundongos BALB/c e C57BL/6. EVs liberadas espontaneamente por células B-1 levaram a redução na progressão da lesão e da carga parasitária em camundongos BALB/c. Assim, este estudo demonstrou que células B-1 podem liberar EVs que influenciam a modulação de macrófagos in vitro além de alterar o curso da infecção experimental por L. (L.) amazonensis. Esta é a primeira evidência da liberação de EVs por células B-1 e o seu papel na comunicação macrófagos-células B-1.
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