PPG - Ciências Farmacêuticas

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 5 de 87
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação das propriedades da fibra capilar e sensorial sob ação dos óleos de jojoba e de coco em formulação condicionadora
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-31) Silva, Alexandre dos Santos (UNIFESP); Leite e Silva, Vânia Rodrigues (UNIFESP); Velasco, Maria Valéria Robles; http://lattes.cnpq.br/2759311059855422; http://lattes.cnpq.br/0737387413540260; https://lattes.cnpq.br/5527779803851498
    Os produtos de origem natural, como os óleos vegetais, têm ganhado relevância no mercado cosmético. O objetivo desse estudo foi avaliar os danos da descoloração e coloração em fibras capilares do tipo caucasiano e os benefícios dos óleos vegetais de jojoba e de coco; adicionados em formulação condicionadora, quando aplicados em mechas de cabelos virgens, descoloridos e coloridos. Para testes de penteabilidade, tração à ruptura e coeficiente de fricção utilizou-se o equipamento Dia-stron® MTT175. A avaliação de brilho foi conduzida no equipamento SAMBA® Hair System da Bossa Nova Technologies. As imagens de microscopia óptica foram obtidas através do microscópio de luz transmitida Olympus. A análise sensorial in vivo seguiu os métodos: descritivo por escala hedônica, discriminativo por ordenação e análise de diferença. Observou-se que a descoloração seguida de coloração aumentou a resistência à penteabilidade e o atrito, e reduziu o brilho e a hidrofobicidade. Com o uso dos condicionadores, a resistência à penteabilidade e o atrito diminuíram, exceto com o condicionador de óleo de jojoba. O brilho não foi influenciado pelos condicionadores, mas os que continham óleos vegetais aumentaram o ângulo de contato da água com as fibras capilares. A microscopia óptica mostrou que os condicionadores suavizaram as cutículas. No teste sensorial, os consumidores demonstraram preferência pelos condicionadores com óleos vegetais em comparação ao condicionador base. Assim, o uso de óleos vegetais mostrou potencial para melhorar as propriedades físico-químicas dos cabelos.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Desenvolvimento e validação de método analítico in vitro para determinação de potência de produtos farmacêuticos com o ativo eritropoietina
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Camargo, Bruno Taborda Paes [UNIFESP]; Lopes, Patrícia Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7939687315116927; https://lattes.cnpq.br/3900809904681665
    O hormônio glicoproteico, eritropoietina humana (EPO) atua sobre as células predecessoras de eritrócitos estimulando sua proliferação, diferenciação, maturação e inibindo a apoptose, aumentando assim a produção de eritrócitos. A EPO é utilizada clinicamente para o tratamento de anemias associadas à falência renal crônica, tratamento de anemias associadas ao câncer, infecção por HIV, pré e pós-operatório, artrite reumatoide e transplante de medula óssea. Com o avanço da biotecnologia e o surgimento de técnicas de DNA recombinante, a EPO pode ser produzida em grande escala em Células de Ovário de Hamster Chinês (CHO) para a produção de medicamentos. O teste de potência da EPO é descrito ainda hoje, em compêndios oficiais, como um teste realizado em animais (in vivo), porém com o crescente cuidado ético no uso de animais em experimentos, os gastos com biotérios e a variabilidade dos resultados, iniciou-se o desenvolvimento de um método alternativo (in vitro). Utilizando uma linhagem celular não aderente predecessora de eritrócitos (TF-1), a metodologia em desenvolvimento é baseada em uma técnica colorimétrica e avalia a viabilidade e se as células estão metabolicamente ativas após estímulo com a EPO. Foram testadas variações analíticas para a técnica colorimétrica sendo que algumas dessas variações apresentaram resultados atisfatórios com curva de concentração resposta apresentando correlação forte para uma curva polinomial de segunda ordem. Foram realizadas em paralelo análises de espectrometria de massa e microscopia confocal para confirmar e avaliar a ação da EPO sobre a TF-1. A espectrometria de massa avaliou a regulação de proteínas intracelulares mediadas pela EPO e os resultados mostraram que 4 proteínas só puderam ser identificadas após a TF-1 receber estímulo da EPO, sendo estas proteínas de núcleo celular e estruturais. A Microscopia confocal avaliou a morfologia celular em cultivos com diferentes concentrações de EPO e foi possível visualizar que morfologicamente às células ficaram apresentaram modificações conforme a concentração de EPO aumentou na cultura. O método em desenvolvimento mostrou-se promissor, respondendo positivamente a avaliação de atividade celular, entregando uma curva de concentração resposta dependente da concentração de EPO utilizada no estímulo das células além dos ensaios de espectrometria e microscopia confirmarem que a linhagem celular responde ao estímulo do hormônio. Na sequência do trabalho, foi realizada a validação da metodologia desenvolvida, que entregou resultados dentro dos parâmetros estabelecidos para seletividade, linearidade, precisão, exatidão. A faixa de trabalho e os limites de detecção e de quantificação também puderam ser determinados. A metodologia in vitro proposta se mostra uma alternativa para substituição da metodologia in vivo atualmente descrita em compêndios oficiais.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Medicamentos recomendados em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas sob ótica da comparação com diretrizes clínicas e indicações de uso off-label
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-30) Dourado, Andréa da Silva [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/6982142512250331
    Introdução: A elaboração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) inicia em 2000 com o objetivo de suprir uma demanda ainda não atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, é de responsabilidade da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) auxiliar o Ministério da Saúde no processo de aprovação de PCDTs, bem como na avaliação de incorporação de tecnologias ao SUS. A publicação da Lei no 14.313/2022, que autoriza a dispensação de medicamentos com indicação de uso diferente da preconizada em bula brasileira e prevê a atualização de PCDTs de acordo com publicação de novas evidências, evidenciou dificuldades históricas associadas à priorização da elaboração e atualização desses documentos, bem como do processo de verificação e divulgação de medicamentos recomendados em PCDTs em caráter off-label. Define-se como utilização off-label aquela realizada em condições diferentes da prevista em bula cuja responsabilidade recai sob o médico prescritor. Objetivos: Verificar potenciais lacunas assistenciais e uso off-label de medicamentos a partir das recomendações sobre tratamento farmacológico previstas em PCDTs vigentes. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca nos sites oficiais do governo federal para identificação de PCDTs vigentes e extração de informações sobre medicamentos recomendados e indicação de uso. Para cada um dos medicamentos recomendados foi realizada busca no site Consulta Anvisa para identificação da validade do registro e verificação da indicação de uso na bula – essas informações foram comparadas com o preconizado no PCDT. Para comparar recomendações de PCDTs e diretrizes clínicas internacionais, a lista de medicamentos recomendados em PCDTs foi comparada com a lista obtida a partir de recomendações de diretrizes clínicas publicadas em quatro repositórios internacionais. Resultados: Os PCDTs incluídos foram publicados entre 2002 e 2022 e reportavam 538 recomendações sobre o tratamento farmacológico. As condições mais abordadas entre PCDTs foram doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (n=27; 26,73%) e doenças do sistema músculo-esquelético e tecido conjuntivo (n=12;11,88%). Excluindo-se recomendações sobre medicamentos manipulados e isentos de registro, 55 (10,91%) recomendações presentes em 45 PCDTs (44,55%) estavam com situação regulatória irregular na Anvisa. Em relação às indicações off-label, 67 (66,33%) PCDTs apresentaram pelo menos uma especialidade farmacêutica recomendada em caráter off-label em relação à condição clínica tratada ou à faixa etária de utilização do medicamento, sendo que 20 PCDTs (19,81%) apresentaram 79 (7,74%) especialidades com indicação clínica distinta da prevista em bula, enquanto em 62 (59,40%) PCDTs foram identificadas 201 (44,86%) recomendações em caráter off-label para faixa etária. A população pediátrica foi a mais frequente entre as populações distintas da prevista em bula em recomendações off-label. Foram extraídas 501 recomendações de 83 diretrizes clínicas internacionais. Mais da metade das recomendações (n=220; 52,268%) foi considerada semelhante entre PCDTs e diretrizes e não foi encontrado qualquer conflito entre os documentos. Do total, 147 (34,91%) recomendações farmacológicas previstas em diretrizes clínicas internacionais não foram recomendadas em PCDTs. Conclusão: Com uma pequena proporção de especialidades farmacêuticas em situação regulatória irregular (cerca de 10%), não foram observadas lacunas assistenciais em PCDTs devido a medicamentos sem registro. A recomendação de especialidades farmacêuticas em caráter off-label foi frequente entre os PCDTs da amostra, sendo mais comum quando associada à faixa etária em comparação à indicação clínica. Mesmo com a maioria parte das recomendações de PCDTs sendo similares às de diretrizes clínicas – não sendo observados conflitos -, há muitas alternativas farmacológicas recomendadas em diretrizes que não são descritas em PCDTs.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Estudo comparativo do perfil de retenção e permeação cutânea in vitro e ex vivo de peróxido de benzoíla e avaliação da viabilidade de diferentes membranas biológicas em relação ao tempo de armazenamento
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-29) Brighenti, Murilo de Souza [UNIFESP]; Silva, Vânia Rodrigues Leite e [UNIFESP]; Duque, Marcelo Dutra [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7085580900560038; http://lattes.cnpq.br/0737387413540260; http://lattes.cnpq.br/5656566835561119
    A acne vulgar pode ser definida como uma dermatite inflamatória crônica. Peróxido de benzoíla é um dos agentes tópicos mais prescritos para esse tratamento. Em contato com a pele, ocorre a rápida metabolização de peróxido de benzoíla em ácido benzóico e espécies reativas de oxigênio, estas capazes de oxidar proteínas bacterianas presentes na epiderme, reduzindo consideravelmente a carga bacteriana das espécies Cutibacterium e Staphylococcus. Ensaios de liberação in vitro, podem ser utilizados como uma ferramenta importante para avaliar, de maneira prévia, o comportamento físico-químico e a performance de formulações semissólidas e ensaios de permeação cutânea ex vivo são amplamente utilizados para avaliação do perfil de segurança e eficácia de um medicamento tópico, a partir da utilização de membrana biológica provenientes de humanos e de animais. O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar os perfis de liberação in vitro e o perfis de retenção e permeação cutânea ex vivo de formulações semissólidas contendo peróxido de benzoíla, adquiridas no mercado farmacêutico nacional. Os estudos de retenção e permeação cutânea ex vivo foram conduzidos utilizando pele suína e pele humana, a fim de comparar os perfis de retenção e permeação de ambas as formulações avaliadas utilizando-se duas fontes de membrana biológica distintas. A partir dos ensaios de liberação in vitro foi possível evidenciar diferenças físico-químicas entre as formulações avaliadas. A formulação semissólida A apresentou taxa de liberação média de 952,86 ± 24,88 mg/cm²/h½, enquanto as formulações semissólidas B e C apresentaram taxa de liberação média de 505,59 ± 51,21 e 448,64 ± 20,57 mg/cm²/h½, respectivamente. Após a condução dos ensaios de retenção e permeação cutânea ex vivo, utilizando pele de suína e pele humana como membrana biológica foi possível evidenciar que não há diferença estatisticamente relevante entre os resultados obtidos para as três formulações semissólidas avaliadas em relação aos parâmetros: fluxo de permeação, massa total permeada e lag time. Com relação ao perfil de retenção cutânea, a formulação A apresentou uma maior capacidade de retenção cutânea, quando comparada as formulações semissólidas B e C. Além disso, por meio de ensaios de validação analítica, comprovou-se que as metodologias analíticas desenvolvidas e empregadas para a quantificação das amostras provenientes dos estudos de liberação, retenção e permeação cutânea ex vivo são apropriadas para os propósitos pretendidos. Avaliou-se os potenciais efeitos no perfil de retenção e permeação de peróxido de benzoíla após submeter as membranas biológicas à –20 °C em diferentes tempos. Os resultados indicam que a pele suína apresentou alterações significativas após o período de 3 meses, enquanto a pele humana somente após 6 meses.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Logística reversa de medicamentos e suas embalagens: estudo crítico sobre a viabilidade da sua implementação no Brasil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-26) Paludetti, Diego Xavier [UNIFESP]; Kummrow, Fábio [UNIFESP]; Duarte, Carla Grigoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1016205399128245; http://lattes.cnpq.br/5860088594236271; http://lattes.cnpq.br/8387202498197893
    A prática de manter estoques domiciliares de medicamentos é comum em muitos países, resultando no acúmulo desses produtos que, quando expirados ou desnecessários, geram resíduos farmacêuticos (RF). Programas de logística reversa de medicamentos (LRM) são globalmente reconhecidos como a melhor prática para o descarte desses resíduos pela população. No Brasil o sistema de LRM foi estabelecido em 2020 pelo Decreto nº10.388/2020, envolvendo toda a cadeia farmacêutica. O decreto prevê a implantação gradual de pontos de recebimento de RF em todo o território nacional. O programa teve início em 2021 e deve abranger todos os municípios com população ≥ 100 mil habitantes até 2026. Devido à diversidade no desenvolvimento dos estados brasileiros, é essencial analisar o desempenho e a efetividade do modelo de LRM, propondo ajustes e refinamentos conforme necessário. O objetivo deste estudo foi avaliar a implantação e o desempenho do sistema de LRM no Brasil durante seu primeiro estágio (2021-2023), identificando oportunidades de melhoria nas políticas e práticas de gestão de RF. As principais fontes de dados foram a estimativa populacional de 2021, o Censo Brasileiro de 2022, e os relatórios do LogMed, entidade gestora do sistema de LRM, disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR+). Inicialmente, o estudo focou no estado de São Paulo, onde um Termo de Compromisso para a LRM (TCLR) que antecipou o início da operação do sistema de LRM, com a meta de implantar pontos de recebimento em municípios com população ≥ 200 mil habitantes já em 2021. Em São Paulo, o sistema de LRM representou um avanço na gestão de RF domiciliares, pois o sistema de LRM em 2021 atendeu cerca de 64% da população do estado, coletando 35 mil kg de resíduos em 40 dos 41 municípios previstos para iniciarem a sua operação. Com a divisão dos 40 munícipios que operaram a LRM pelas estruturas administrativas do sistema de saúde pública, os Departamentos Regionais de Saúde (DRS), foi verificado, por exemplo, que a maior coleta de resíduos ocorreu no DRS I – Grande São Paulo (15 municípios). Quando avaliado os dados nacionais referentes ao período de 2021-2023, foram incluídos todos os estados brasileiros, abrangendo aproximadamente 75 milhões de habitantes. De acordo com estimativas do IBGE, 85 municípios deveriam iniciar a LRM em 2021, mas apenas 69 o fizeram neste ano, impactando o desempenho do sistema, especialmente na região Norte. Em 2022, a atualização do Censo Brasileiro, incluiu Araçatuba (SP) no critério de meta geográfica, elevando para 86 o número de municípios que deveriam implementar a LRM nesta fase. É inegável que o sistema brasileiro de LRM representou um importante avanço na gestão dos RF domiciliares. Contudo, a análise contínua do desempenho do sistema de LRM é essencial para ajustes futuros e melhoria na gestão de RF, garantindo que as políticas e práticas sejam eficazes e adaptadas às necessidades regionais.