Interfaces entre comportamento sexual de risco e uso de cocaína e álcool em uma amostra de pacientes em tratamento para uso de substâncias

Data
2018-07-05
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: To study risky sexual behavior, primarily inconsistent condom use and the presence of multiple partners in alcohol and cocaine users. We also research the association of risky sexual behavior with other variables, such as schooling and psychiatric comorbidities. Methodology: Observational study of a clinical sample of initial interviews of patients seeking treatment in an outpatient addiction unit. The variables were organized into four blocks: sociodemographic, substance use, sexual behavior and psychiatric symptoms. For risky sexual behavior was considered the inconsistent use of condoms and the presence of multiple sexual partners in the last six months. An exploratory analysis of the association between the variable "risky sexual behavior" and the other variables was performed using Pearson's chisquare (X2), followed by a multivariate logistic regression analysis, with a significance level of 5% for all tests. Results: 95.9% of the sample are men and 4.1% are women, with a mean age of 37 years. After analyzing the variables with the presence or absence of risky sexual behavior, data presentig statical significance of association with the presence of risky sexual behavior were included in the logistic regression, being age, schooling, work activity, cocaine use concomitantly alcohol, having sex under substance influence in the last six months, and a history of childhood sexual abuse. Corroborating some data in the literature, women seek less treatment for dependence than men, considering the disparity of the sample in an outpatient treatment unit. Age was an independent risk factor for risky sexual behavior, even in the adult population. Other structural factors, such as schooling and the presence of formal employment, have tended to influence as much as the use of substances in risky sexual behaviors. Conclusion: The risk of the psychoactive users population of contracting sexually transmitted infecctions is high. However, attributing this risk only to the substance use is a simplistic and difficult route to be proven. Other structural factors such as age, schooling and history of abuse can influence decision making for safe sex.
Objetivo: Estudar o comportamento sexual de risco, primariamente uso inconsistente de camisinha e presença de múltiplos parceiros em usuários de álcool e cocaína. Também estudase a associação de comportamento de risco com outras variáveis, como escolaridade e comorbidades psiquiátricas. Metodologia: Estudo observacional de amostra clínica de entrevistas iniciais de pacientes buscando tratamento para dependência química ambulatorial. As variáveis foram organizadas em 4 blocos: sóciodemográficas, uso de substâncias, comportamento sexual e sintomas psiquiátricos. Para comportamento sexual de risco foi considerado o uso inconsistente de preservativo e presença de múltiplos parceiros sexuais nos últimos seis meses. Realizada análise exploratória da associação da variável “comportamento sexual de risco” e as demais variáveis através de quiquadrado de Pearson (X2), seguida de análise por regressão logística multivariada, com nível de significância de 5% para todos os testes. Resultados: 95,9% da amostra são homens e 4,1% são mulheres, com idade média de 37 anos. Após a análise das variáveis com a presença ou ausência de comportamento sexual de risco, foram incluídas na regressão logística os dados que apresentaram significância estatística de associação com presença de comportamento sexual de risco, sendo idade, escolaridade, atividade laborativa, uso de cocaína concomitantemente ao álcool, sexo sob efeito de substâncias nos últimos 6 meses e histórico de abuso sexual na infância. Corroborando alguns dados na literatura, as mulheres procuram menos tratamento para dependência do que homens, visto a disparidade da amostra em um ambulatório de tratamento. Idade apresentouse como um fator de risco independente para comportamento sexual de risco, mesmo em população adulta. Outros fatores estruturais, como escolaridade e presença de emprego formal, apresentaram tendência de influenciar tanto quanto o uso de substâncias em comportamentos sexuais de risco. Conclusão: O risco da população usuária de psicoativos contrair doenças relacionadas à prática sexual é elevado. Porém, atribuir este comportamento sexual de risco somente ao uso é um caminho simplista e difícil de ser comprovado. Outros fatores estruturais como idade, escolaridade e histórico de abuso podem influenciar na tomada de decisões para realização de sexo seguro.
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