Estudo comparativo entre mini-sling e sling transobturatório no tratamento da incontinência urinária de esforço: três anos de seguimento

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Date
2018-07-26Author
Pascom, Ana Livia Garcia [UNIFESP]
Advisor
Castro, Rodrigo de Aquino [UNIFESP]Type
Tese de doutoradoMetadata
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Randomized controlled trial comparing singleincision mini-sling and transobturator midurethral sling for the treatment of stress urinary incontinence: 3-year follow-up resultsAbstract
Background: Midurethral slings are the “gold-standard” treatment for female urinary
incontinence, however major complications are still described. The mini-slings were
developed in an attempt to shorten these risks although the role of these devices in female
stress incontinence management is still not elucidated. Objective: To compare efficacy and
safety of mini-sling and transobturator sling for female stress urinary incontinence after 36
months follow-up. Study Design: 130 women with diagnosed stress urinary incontinence
were randomized and had either mini-sling or transobturator sling for the treatment between
August 2008 and December 2011. Follow-up visits were scheduled for 12 and 36 months
after the procedures and patients reports, cough stress test, pad test and quality of life
questionnaires (Incontinence Quality of Life Questionnaire, IQOL, and the Urogenital
Distress Inventory Short Form, UDI-6) were performed. Primary outcomes: objective cure
defined as negative cough stress and pad tests, and subjective cure reported as satisfaction
and no desire for additional treatment. Secondary outcomes: quality-of-life by IQOL and
UDI-6 questionnaires, complications and reoperation rates. Student’s t, X2, Fisher’s exact
and Mann-Whitney tests, ANOVA and p value < 0.05 as cut-off point were used for statistics.
Results: At 36-months follow-up 82 patients (n:41 each arm) were evaluated. The objective
cure was higher in transobturator group than in mini-sling group, by both per protocol
analysis (90.2% and 68.3%, respectively, p=0.027) and intention-to-treat analysis
considering missing data as failures (60.7% and 40.6%, respectively, p=0.035), while
similar in both groups (93.4% and 81.2%, respectively, p=0.066) considering missing data
as successes. Subjective cure rates were similar for both groups. Better quality-of-life
scores were seen in both groups, however transobturator sling group presented better
outcome regarding the avoidance and limiting behavior domain of IQOL (p=0.021), and
UDI-6 scores (p=0.026). Repeat sling procedure was necessary in 7 of 69 (10.1%) women
in the SIMS group compared with 2 of 61 (3.3%) in the transobturator sling group (p= 0.172)
after 3-year of follow up. Conclusion: At 36-month follow-up, the transobturator sling was
associated to higher objective cure rate than mini-sling for female stress urinary
incontinence treatment, although satisfaction rate was similar for both groups. Introdução: Os slings de uretra média são o tratamento padrão-ouro atualmente para a
incontinência urinária de esforço feminina, porém não são isentos de complicações. Os
mini-slings são slings de incisão única vaginal, desenvolvidos para minimizar os riscos,
porém o uso para tal finalidade de tratamento ainda não está esclarecido. Objetivo:
Comparar a eficácia e a segurança do mini-sling e sling transobturatório para o tratamento
de mulheres com incontinência urinária de esforço após 36 meses de seguimento. Material
e Método: 130 mulheres com diagnóstico de incontinência urinária de esforço foram
randomizadas para o tratamento cirúrgico com mini-sling ou sling transobturatório entre
agosto de 2008 e dezembro de 2011. Avaliou-se as pacientes com 12 e 36 meses de pósoperatório
observando-se as queixas clínicas, teste de esforço à tosse, teste do absorvente
e questionários de qualidade de vida. Os objetivos primários foram cura objetiva definida
como teste de esforço à tosse e teste do absorvente negativo e cura subjetiva definida
como relato de satisfação e sem desejo de novo tratamento. Os objetivos secundários
compreendiam a avaliação dos questionários de qualidade de vida Incontinence Quality of
Life Questionnaire (IQOL) e Urogenital Distress Inventory Short Form (UDI-6), taxas de
complicações e de reoperação. Teste t-Student pareado, teste não paramétrico de Mann-
Whitney, teste do Qui-quadrado, teste Exato de Fisher, ANOVA e valor de p <0,05 como
significante foram usados para análise estatística. Resultados: Aos 36 meses de
seguimento pós-operatório 82 pacientes foram avaliadas (n: 41 em cada braço). A cura
objetiva foi maior para o grupo do sling transobturatório do que para o grupo do mini-sling
tanto pela análise per protocol (90,2% e 68,3%, respectivamente, p=0,027) quanto pela
análise de intention-to-treat considerando faltas como falhas (60,7% e 40,6%,
respectivamente, p=0,035), porém ambos os grupos foram semelhantes (93,4% e 81,2%,
respectivamente, p=0,066) na análise de intention-to-treat considerando faltas como
sucesso. A cura subjetiva foi semelhante entre os dois grupos (p>0,05 em todas as
análises). Ambos os grupos tiveram melhora importante nos escores do questionário de
qualidade de vida I-QOL, porém o grupo do sling transobturatório apresentou melhores
resultados em relação ao domínio de limitação de comportamento do IQOL (p=0,021), e
escores do UDI-6 scores (p=0,026). Novo procedimento cirúrgico de sling foi necessário
em 7 das 69 (10,1%) mulheres do grupo do mini-sling e 2 das 61 (3,3%) do grupo do sling
transobturatório (p=0,172) após três anos de seguimento por incontinência urinária de
esforço recorrente. Conclusão: Após três anos de seguimento pós-operatório de mulheres
com incontinência urinaria de esforço, o sling transobturatório foi associado a maior taxa
de cura objetiva do que o mini-sling, no entanto a taxa de cura subjetiva foi similar para
ambos os grupos.
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