Incidência de tabaco e álcool em adolescentes brasileiros: fatores contextuais e comorbidades
Data
2018-06-20
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
In 2016, 28.3% of the 12th grade students in the USA reported any use of cigarettes
during lifetime. In the USA, tobacco use is the primary source of preventable
disease, disability and death. The Center for Diseases Control (CDC) estimates that
cigarette use or secondhand exposure are responsible for more than 480.000
premature deaths. In that country, the following factors have been associated with
a greater likelihood to smoke or use tobacco: older age (adolescent); being male;
being white, multiethnic,
AmericanIndian,
or Alaska Native; lack of college
plans; experiencing highly stressful events and diminished perception of
risk. In 2010, about 2.6 million American adolescents (aged 12–17) reported using
a tobacco product in the month prior to the survey. In that same year, it was found
that nearly 60 percent of new smokers were under the age of 18 when they first
smoked a cigarette. Of smokers under age 18, more than 6 million will likely die
prematurely from a smokingrelated
disease. Though international reports show an
increasing trend in the first time use during adolescence , few studies have
addressed this issue in Brazil. In 2012, there were 34,745.214 million adolescents
in the age range of 1019
years and in students, lifetime prevalence for tobacco
and alcohol use were 16.9% and 60.5%, respectively . The oneyear
prevalence
was 9.8% for tobacco and 41.1% for alcohol consumption.
In Brazil, tobacco and alcohol are the most used drugs during adolescence, with an
estimated 8.1% prevalence of tobacco use and 43.6% of tobacco in the age range
of 1315
years. In developing countries such as Brazil, the following risk factors have
been associated with tobacco use during adolescence: male sex, older age, lower
socioeconomic status, having a friend or firstdegree
relative that smokes, poor
academic performance, working job and parental divorce. In Brazil, the 2nd National
Adolescent Schoolbased
Health Survey (PeNSE) – with a sample of 9th graders
from public and private schools – showed that there was a greater likelihood of
tobacco experimentation and regular smoking for adolescents that presented the
following risk factors: lower parental schooling, public school attending, singleparent
family, working at the time of the survey, being around others who smoke
and having a positive family perception towards smoking.
Low and middleincome
countries (LMIC) account for more than two thirds of the
children's population and though mental health problems affect 1020%
of youth
around the globe, a minority of epidemiological studies have a focus in those
countries.
Though much has been discovered regarding tobacco consumption trends during
adolescence, there is a paucity of longitudinal data that explore the associated
factors (such as contextual factors) and the possible psychiatric comorbidities that
may come along the increasing tobacco use during this period. This study aims to
provide detailed information on incidence of tobacco and alcohol use, as well as
contextual and comorbid factors associated in a longitudinal Brazilian cohort of
schoolattending
adolescents.
This study is part of the Urbanicity, childhood trauma and comorbid adolescent
psychopathology in Brazil, which focus on the possible modifiable risk factors that
could contribute to drug use and the development of psychopathology in
adolescence. The main aim of this study was to assess the incidence of tobacco alcohol use in a
representative sample of 116 13yearolds
students from two neighborhoods Capão
Redondo and Vila Mariana in
the city of São Paulo, Brazil, by means of the
DSM5
criteria. We also intended to estimate ODD, CD, GAD, MDD, PTSD and
SUD prevalences and to investigate the possible comorbidity pattern in adolescents
with tobacco and alcohol use. Furthermore, we explored the possible associations
among alcohol and sex, low SES, neighborhood and violence variables. We expect
tobacco and alcohol incidence rates to be associated with low socioeconomical
status (SES) and neighborhood variables.
Em 2016, 28,3% dos alunos da 12ª ano nos EUA relataram qualquer uso de cigarros durante a vida. Nos EUA, o uso do tabaco é a principal fonte de doenças evitáveis, deficiência e morte. O Centro de Controle de Doenças (CDC) estima que o uso de cigarros ou a exposição de segunda mão são responsáveis por mais de 480.000 mortes prematuras. Nesse país, os seguintes fatores foram associados a uma maior probabilidade de fumar ou usar tabaco: idade avançada (adolescente); sexo masculino; raça branca, multiétnica, nativoamericano ou nativo do Alasca; falta de planos de cursar a faculdade; experimentar eventos altamente estressantes e percepção de risco diminuída em relação ao consumo de tabaco. Em 2010, cerca de 2,6 milhões de adolescentes americanos (entre 12 e 17 anos) relataram o uso de um produto de tabaco no mês anterior à pesquisa. Nesse mesmo ano, descobriuse que quase 60 por cento dos novos fumantes tinham menos de 18 anos quando fumaram um cigarro pela primeira vez. Dos fumantes menores de 18 anos, mais de 6 milhões provavelmente morrerão prematuramente de uma doença relacionada ao tabagismo. Embora os relatórios internacionais mostrem uma tendência crescente no primeiro uso de tempo na adolescência, poucos estudos abordaram esta questão no Brasil. Em 2012, havia 34.745.214 milhões de adolescentes na faixa etária de 1019 anos e em estudantes, a prevalência ao longo da vida para consumo de tabaco e álcool foi de 16,9% e 60,5%, respectivamente. A prevalência de um ano foi de 9,8% para o tabaco e 41,1% para o consumo de álcool. No Brasil, o tabaco e o álcool são as drogas mais usadas durante a adolescência, com uma estimativa de 8,1% do consumo de tabaco e 43,6% do tabaco na faixa etária de 13 a 15 anos. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os seguintes fatores de risco têm sido associados ao uso do tabaco durante a adolescência: sexo masculino, idade avançada, menor status socioeconômico, com um amigo ou parente de primeiro grau que fuma, desempenho escolar fraco, trabalho profissional e divórcio parental. No Brasil, a 2ª Pesquisa Nacional de Saúde (PeNSE) com uma amostra de alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas mostrou maior probabilidade de experimentação de tabaco e tabagismo para adolescentes que apresentaram os seguintes fatores de risco: escolaridade parental mais baixa, atendimento de escola pública, família monoparental, trabalhando no momento da pesquisa, em torno de outros que fumam e têm uma percepção familiar positiva para o tabagismo. Os países de baixa e média renda (LMIC) representam mais de dois terços da população infantil e, embora os problemas de saúde mental afetem 1020% dos jovens em todo o mundo [7], uma minoria de estudos epidemiológicos tem foco nesses países. Embora tenha sido descoberto muito sobre as tendências do consumo de tabaco durante a adolescência, há uma escassez de dados longitudinais que exploram os fatores associados (como fatores contextuais) e as possíveis comorbidades psiquiátricas que podem vir ao aumento do uso do tabaco durante esse período. Este estudo tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre a incidência do consumo de tabaco e álcool, bem como fatores contextuais e comórbidos associados a uma coorte brasileira longitudinal de adolescentes atendidos na escola. Este estudo é parte da Urbanicidade, trauma de infância e psicopatologia comórbida em adolescentes no Brasil, que se concentrou nos possíveis fatores de risco modificáveis que poderiam contribuir para o uso de drogas e o desenvolvimento da psicopatologia na adolescência. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a incidência do consumo de tabaco e álcool em uma amostra representativa de 116 estudantes de 13 anos de dois bairros Capão Redondo e Vila Mariana na cidade de São Paulo, Brasil, por meio do critérios do DSM5. Também estimamos as prevalências de ODD, CD, GAD, MDD, PTSD e SUD e investigamos o possível padrão de comorbidade em adolescentes com consumo de tabaco e álcool. Além disso, exploramos as possíveis associações entre álcool e sexo, baixas variáveis de SES, vizinhança e violência. Esperamos que as taxas de incidência de tabaco e álcool sejam associadas ao baixo status socioeconômico (SES) e às variáveis de vizinhança.
Em 2016, 28,3% dos alunos da 12ª ano nos EUA relataram qualquer uso de cigarros durante a vida. Nos EUA, o uso do tabaco é a principal fonte de doenças evitáveis, deficiência e morte. O Centro de Controle de Doenças (CDC) estima que o uso de cigarros ou a exposição de segunda mão são responsáveis por mais de 480.000 mortes prematuras. Nesse país, os seguintes fatores foram associados a uma maior probabilidade de fumar ou usar tabaco: idade avançada (adolescente); sexo masculino; raça branca, multiétnica, nativoamericano ou nativo do Alasca; falta de planos de cursar a faculdade; experimentar eventos altamente estressantes e percepção de risco diminuída em relação ao consumo de tabaco. Em 2010, cerca de 2,6 milhões de adolescentes americanos (entre 12 e 17 anos) relataram o uso de um produto de tabaco no mês anterior à pesquisa. Nesse mesmo ano, descobriuse que quase 60 por cento dos novos fumantes tinham menos de 18 anos quando fumaram um cigarro pela primeira vez. Dos fumantes menores de 18 anos, mais de 6 milhões provavelmente morrerão prematuramente de uma doença relacionada ao tabagismo. Embora os relatórios internacionais mostrem uma tendência crescente no primeiro uso de tempo na adolescência, poucos estudos abordaram esta questão no Brasil. Em 2012, havia 34.745.214 milhões de adolescentes na faixa etária de 1019 anos e em estudantes, a prevalência ao longo da vida para consumo de tabaco e álcool foi de 16,9% e 60,5%, respectivamente. A prevalência de um ano foi de 9,8% para o tabaco e 41,1% para o consumo de álcool. No Brasil, o tabaco e o álcool são as drogas mais usadas durante a adolescência, com uma estimativa de 8,1% do consumo de tabaco e 43,6% do tabaco na faixa etária de 13 a 15 anos. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os seguintes fatores de risco têm sido associados ao uso do tabaco durante a adolescência: sexo masculino, idade avançada, menor status socioeconômico, com um amigo ou parente de primeiro grau que fuma, desempenho escolar fraco, trabalho profissional e divórcio parental. No Brasil, a 2ª Pesquisa Nacional de Saúde (PeNSE) com uma amostra de alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas mostrou maior probabilidade de experimentação de tabaco e tabagismo para adolescentes que apresentaram os seguintes fatores de risco: escolaridade parental mais baixa, atendimento de escola pública, família monoparental, trabalhando no momento da pesquisa, em torno de outros que fumam e têm uma percepção familiar positiva para o tabagismo. Os países de baixa e média renda (LMIC) representam mais de dois terços da população infantil e, embora os problemas de saúde mental afetem 1020% dos jovens em todo o mundo [7], uma minoria de estudos epidemiológicos tem foco nesses países. Embora tenha sido descoberto muito sobre as tendências do consumo de tabaco durante a adolescência, há uma escassez de dados longitudinais que exploram os fatores associados (como fatores contextuais) e as possíveis comorbidades psiquiátricas que podem vir ao aumento do uso do tabaco durante esse período. Este estudo tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre a incidência do consumo de tabaco e álcool, bem como fatores contextuais e comórbidos associados a uma coorte brasileira longitudinal de adolescentes atendidos na escola. Este estudo é parte da Urbanicidade, trauma de infância e psicopatologia comórbida em adolescentes no Brasil, que se concentrou nos possíveis fatores de risco modificáveis que poderiam contribuir para o uso de drogas e o desenvolvimento da psicopatologia na adolescência. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a incidência do consumo de tabaco e álcool em uma amostra representativa de 116 estudantes de 13 anos de dois bairros Capão Redondo e Vila Mariana na cidade de São Paulo, Brasil, por meio do critérios do DSM5. Também estimamos as prevalências de ODD, CD, GAD, MDD, PTSD e SUD e investigamos o possível padrão de comorbidade em adolescentes com consumo de tabaco e álcool. Além disso, exploramos as possíveis associações entre álcool e sexo, baixas variáveis de SES, vizinhança e violência. Esperamos que as taxas de incidência de tabaco e álcool sejam associadas ao baixo status socioeconômico (SES) e às variáveis de vizinhança.