Efeito da temperatura sobre o tempo de armazenagem e da concentração de sangue na avaliação de alfa 1 antitripsina coletado em papel filtro (dried blood spot - DBS)
Data
2018-07-26
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction Alpha-1 antitrypsin deficiency (DAAT) is a codominant autosomal genetic disorder that promotes a reduction in plasma levels of circulating AAT and is related to the development of early pulmonary emphysema, liver disease and panniculitis. It is known that DAAT is an underdiagnosed disease in clinical practice, although it has a high prevalence. The diagnosis of DAAT is made by quantifying reduced serum levels of AAT followed by phenotyping and / or genotyping. The Dried Blood Spot (DBS) technique is minimally invasive, easy to store and transport, and is feasible for implantation in population programs. Thus, we note that there is no objective study that evaluated the DBS card for AAT evaluation concomitantly in relation to storage time and temperature. Objectives: 1) To evaluate the measurement of the AAT concentration in two different eluates, one coming with a 6mm disc and the other with two 6mm discs and comparing them with the serum AAT dosage. 2) to evaluate the effect of storage temperature of DBS on the stability of alpha 1 antitrypsin glycoprotein stored in DBS at -20 ° C, 4 ° C and ambient air (24 ° C) after 24 hours and 3, 7, 15, 30, 60, 90 days. Methods: DBS samples of 29 subjects, two with diagnosis of DAAT without use of replacement therapy for at least fifteen days, were used for AAT dosing. For the preparation of the blood samples in DBS, we used the protocol of Zillmer et al. Results: There was a correlation of r = 0.82 between the values of the plasma AAT concentration and a peak in the DBS. There was a correlation of r = 0.86 between the values of the plasma AAT concentration and two pecks in the DBS. There was a correlation of r = 0.88 between the AAT concentration values with one pick and two picks in the DBS. By dividing by two the AAT value obtained with two 6 mm picks, we obtained a good correlation against the value of a 6mm pick (r = 0.88), all correlations evaluated 24 hours after collection. DBS values maintained in ambient air showed no significant change until day 15 at 4 ° C remained stable from baseline until day 30 and when DBS stored at -20 ° C remained stable relative to baseline to baseline up to 90 days. Conclusion: We present a good correlation between AAT plasma and DBS measurements. There was also a good correlation between the AAT measurement in the DBS with a 6mm pick and two 6mm picks. We verified that the AAT measurement in the DBS is stable in ambient air up to 15 days, at 4ºC up to 30 days and at -20ºC up to 90 days assess changes in AAT stability over time.
Introdução A deficiência de alfa-1 antitripsina (DAAT) é uma alteração genética autossômica codominante, que promove redução dos níveis plasmáticos da AAT circulante e está relacionada ao desenvolvimento de enfisema pulmonar precoce, doenças hepáticas e paniculite. Sabe-se que a DAAT é uma doença subdiagnosticada na prática clínica, apesar de se ter prevalência alta. O diagnóstico da DAAT é feito pela quantificação de níveis séricos reduzidos de AAT seguido da fenotipagem e/ou genotipagem. A técnica de sangue em papel-filtro (Dried Blood Spot, DBS) é minimamente invasiva, de fácil conservação e transporte, sendo viável para a implantação em programas populacionais. Assim, observamos que não há um estudo objetivo que tenha avaliado o cartão de DBS para avaliação de AAT concomitantemente em relação a tempo e temperatura de armazenamento. Objetivos: 1) avaliar a medida da concentração de AAT em dois eluatos diferentes, um proveniente com um disco de 6 mm e outro com dois discos de 6mm e comparálos com a dosagem de AAT no soro. 2) avaliar o efeito da temperatura de armazenamento de DBS sobre a estabilidade da glicoproteína alfa 1 antitripsina, armazenada em DBS a -20 °C, 4 °C e ar ambiente (24 °C) após 24 horas e 3, 7, 15, 30, 60, 90 dias. Métodos: Amostras de DBS de 29 indivíduos, dois com diagnóstico de DAAT sem uso de terapia de reposição por no mínimo quinze dias, foram utilizadas para a dosagem de AAT. Para a preparação das amostras de sangue em DBS, utilizamos o protocolo de Zillmer et al. Resultados: Houve correlação de r=0,82 entre os valores da concentração de AAT plasmática e um picote no DBS. Houve correlação de r =0,86 entre os valores da concentração de AAT plasmática e dois picotes no DBS. Houve correlação de r =0,88 entre os valores da concentração de AAT com um picote e dois picotes no DBS. Ao dividirmos por dois o valor de AAT obtido com dois picotes de 6 mm, obtivemos boa correlação contra o valor de um picote de 6mm (r=0,88), sendo as amostras avaliados 24 horas depois da coleta. Os valores dos DBS mantidos em ar ambiente não apresentaram alteração significativa até o dia 15, a 4°C mantiveram-se estáveis em relação ao valor basal até o dia 30 e quando os DBS conservados a -20°C mantiveram-se estáveis em relação ao valor basal até o 90º dia. Conclusão: Apresentamos boa correlação entre as medidas de AAT no plasma e no DBS. Houve também boa correlação a medida de AAT no DBS com um picote de 6 mm e dois picotes de 6mm. Verificamos que a medida de AAT no DBS é estável em ar ambiente até 15 dias, a 4ºC até 30 dias e a -20ºC até 90 dias.
Introdução A deficiência de alfa-1 antitripsina (DAAT) é uma alteração genética autossômica codominante, que promove redução dos níveis plasmáticos da AAT circulante e está relacionada ao desenvolvimento de enfisema pulmonar precoce, doenças hepáticas e paniculite. Sabe-se que a DAAT é uma doença subdiagnosticada na prática clínica, apesar de se ter prevalência alta. O diagnóstico da DAAT é feito pela quantificação de níveis séricos reduzidos de AAT seguido da fenotipagem e/ou genotipagem. A técnica de sangue em papel-filtro (Dried Blood Spot, DBS) é minimamente invasiva, de fácil conservação e transporte, sendo viável para a implantação em programas populacionais. Assim, observamos que não há um estudo objetivo que tenha avaliado o cartão de DBS para avaliação de AAT concomitantemente em relação a tempo e temperatura de armazenamento. Objetivos: 1) avaliar a medida da concentração de AAT em dois eluatos diferentes, um proveniente com um disco de 6 mm e outro com dois discos de 6mm e comparálos com a dosagem de AAT no soro. 2) avaliar o efeito da temperatura de armazenamento de DBS sobre a estabilidade da glicoproteína alfa 1 antitripsina, armazenada em DBS a -20 °C, 4 °C e ar ambiente (24 °C) após 24 horas e 3, 7, 15, 30, 60, 90 dias. Métodos: Amostras de DBS de 29 indivíduos, dois com diagnóstico de DAAT sem uso de terapia de reposição por no mínimo quinze dias, foram utilizadas para a dosagem de AAT. Para a preparação das amostras de sangue em DBS, utilizamos o protocolo de Zillmer et al. Resultados: Houve correlação de r=0,82 entre os valores da concentração de AAT plasmática e um picote no DBS. Houve correlação de r =0,86 entre os valores da concentração de AAT plasmática e dois picotes no DBS. Houve correlação de r =0,88 entre os valores da concentração de AAT com um picote e dois picotes no DBS. Ao dividirmos por dois o valor de AAT obtido com dois picotes de 6 mm, obtivemos boa correlação contra o valor de um picote de 6mm (r=0,88), sendo as amostras avaliados 24 horas depois da coleta. Os valores dos DBS mantidos em ar ambiente não apresentaram alteração significativa até o dia 15, a 4°C mantiveram-se estáveis em relação ao valor basal até o dia 30 e quando os DBS conservados a -20°C mantiveram-se estáveis em relação ao valor basal até o 90º dia. Conclusão: Apresentamos boa correlação entre as medidas de AAT no plasma e no DBS. Houve também boa correlação a medida de AAT no DBS com um picote de 6 mm e dois picotes de 6mm. Verificamos que a medida de AAT no DBS é estável em ar ambiente até 15 dias, a 4ºC até 30 dias e a -20ºC até 90 dias.