Intervenções para alopecia areata - revisão sistemática e metanálise

Data
2018-12-20
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Alopecia areata (AA) is a complex immune and polygenic inflammatory disease that causes loss of hair from any area of the body. The extent, severity, and progression of the disease vary widely among individuals. It is considered one of the most frequent immune diseases, affecting 0.2% of the world population at any time of life. There are many uncertainties about the most appropriate interventions for AA. This is an update of the review published in 2008. Objectives: To update and evaluate the effectiveness and safety of AA interventions in children and adults of both sexes in its three most frequent subtypes, patchy AA (including ophiasis), AA totalis, and AA universalis. Methods: An extensive search was made in the world medical literature of randomized clinical trials on interventions. These were evaluated qualitatively and quantitatively according to the previously published protocol and seven defined outcomes. Results: 59 studies were selected, covering 73 types of topical and systemic interventions, grouped into 15 therapeutic groups, 86 statistical analyzes and 7 meta-analyses. The meta-analysis with minoxidil 5% vs. placebo presented a significant difference favorable to minoxidil, with the moderate quality of evidence in children and adults Focal AA (RR 8.37 [3.16 to 22.14], 95% CI). Zinc Sulfate Vs. placebo, in AA Focal children / adults (RR 7.33 [2.34 to 22.95], 95% CI); and clobetasol propionate 0.05% vs. placebo in AA Focal / AT of adults (RR 3.67 [1.12 to 11.9], 95% CI), presented significant differences over placebo, with evidence of very low quality. Conclusion: Treatments of patchy AA with high potency corticosteroids (betamethasone, clobetasol and triamcinolone), minoxidil, bimatoprost, latanoprost, PRP, garlic gel, onion juice, carboxytherapy, and aromatherapy showed statistically significant differences in studies with limited sample size. For AT and AU no statistically significant differences were found for the systemic treatments. Due to the low methodological quality of the studies, we are not confident that the evidence found are conclusive in relation to the interventions analyzed. Further studies with better methodological quality are required, with more participants and observation for longer than 6 months.
Introdução: A alopecia areata (AA) é doença inflamatória imunomediada e poligênica complexa, que causa perda de pelos de qualquer área do corpo. A extensão, a gravidade e a progressão da doença variam amplamente entre os indivíduos. É considerada uma das doenças imunes mais freqüentes, afetando 0,2% da população mundial em algum momento da vida. Há muitas incertezas sobre as intervenções mais adequados para a AA. Esta é a atualização da revisão publicada em 2008. Objetivos: Atualizar e avaliar a efetividade e a segurança das intervenções em AA, nas crianças e adultos, em ambos os sexos, nos três subtipos mais frequentes, AA Focal (incluindo Ofiásica), AA Total e AA Universal. Métodos: Foi realizada extensa busca na literatura médica mundial dos estudos clínicos aleatorizados sobre intervenções. Estes foram avaliados qualitativa e quantitativamente de acordo com o protocolo previamente publicado e sete desfechos definidos. Resultados: 59 estudos foram selecionados, abrangendo 73 tipos de intervenções tópicas e sistêmicas, agrupadas em 15 grupos terapêuticos, 86 análises estatísticas e 7 metanálises. A metanálise com minoxidil 5% vs. placebo apresentou diferença significativa favorável ao minoxidil, com moderada qualidade de evidência na AA Focal de crianças/adultos (RR 8,37 [3,16 a 22,14], IC 95%). Sulfato de zinco vs. placebo, na AA Focal de crianças/adultos (RR 7,33 [2,34 a 22,95], IC 95%); e propionato de clobetasol 0,05% vs. placebo na AA Focal/AT de adultos (RR 3,67 [1,12 a 11,9], IC 95%), apresentaram diferenças significativas em relação ao placebo, com evidências de qualidade muito baixa. Conclusão: Tratamentos da AA Focal com corticosteróides de alta potência (betametasona, clobetasol e triancinolona), minoxidil, bimatoprosta, latanoprosta, PRP, alho, cebola, carboxiterapia e aromaterapia apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação ao placebo, nos estudos de limitado tamanho amostral. Para AT e AU não foram encontradas diferenças estatísticas significativas para os tratamentos sistêmicos. Devido a baixa qualidade metodológica dos estudos, não estamos confiantes que as evidências encontradas sejam conclusivas em relação às intervenções analisadas. São necessários mais estudos de melhor qualidade metodológica, com mais participantes e duração superior a seis meses de observação.
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