Aspectos emocionais presentes nas dificuldades alimentares iniciais: compreensão e intervenção nas relações pais-bebê em contexto pediátrico
Data
2018-06-14
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Aim: This paper investigates the emotional aspects involved within early feeding
difficulties in the first three years of life, in order to present conceptual elements
and practical mediations, which can strengthen an effective interface between
pediatricians and psychologists working with parents and children in their first
challenges. Methodological resources: In a retrospective study, from a clinicalqualitative
perspective, this paper seeks to deepen, with a psychoanalytical
psychodynamic framework, the understanding of emotional aspects involved in
early feeding difficulties within two contexts: a) analysis of parental descriptions
about their babies from zero to eighteen months and their eating difficulties, from
three questions answered in the intake sessions to parentsbabies
within the
Mental Health Division of the Discipline of General and Community Pediatrics,
Department of Pediatrics of EPMUNIFESP
and b) analysis of group material of
parents/babies and children from zero to three years and eleven months, in the
same service, in five thematic vignettes filmed and transcribed, on the issue of
feeding difficulties. Transferred to tables for pre analysis, the material was then
organized into thematic groups and categories, following the methodological
resource of content analysis. Findings: The emerging categories have been set
up as: A) parental anxieties B) protection resources to deal with anxieties
(parental expressions and expressions in the baby) and C) Modes of feeding
relationships (expressions in parental reports, baby expressions from parental
descriptions and expressions in observed interactions). It is suggested that
paediatric attention should address the understanding of these categories,
offering space to "process" what might be interfering in healthy feeding
relationships. Final considerations: The study shows the need for empathic
containment to receive communications from various levels, both in pediatrics
and in psychology. In this partnership, our fields of clinical work, teaching and
research are favored to grow, fed by the dialogue and reciprocal exchanges
provided by this interface.
Objetivo: Este trabalho investiga os aspectos emocionais envolvidos nas dificuldades alimentares nos três primeiros anos de vida, de forma a apresentar subsídios conceituais e mediações práticas, que possam fortalecer uma efetiva interface entre pediatras e psicólogos no atendimento a pais e crianças em seus primeiros impasses. Recursos metodológicos: Em estudo retrospectivo, a partir de uma perspectiva clínicoqualitativa, buscase aprofundar, com referenciais psicodinâmicos psicanalíticos, a compreensão dos aspectos emocionais presentes nas queixas alimentares em dois contextos: a) análise de descrições parentais acerca de seus bebês de zero a dezoito meses e de suas dificuldades alimentares, a partir de três questões respondidas em triagem no Núcleo de atendimento a paisbebês do Setor de Saúde Mental da Disciplina de Pediatria Geral e Comunitária do Departamento de Pediatria da EPMUnifesp e b) análise de material de grupo de atendimento a paisbebês e crianças de zero a três anos e onze meses, no mesmo serviço, em cinco vinhetas temáticas filmadas e transcritas, sobre a questão das dificuldades na alimentação. Transferidos para tabelas de préanálise, os materiais foram então organizados em grupos temáticos e categorias, seguindo o recurso metodológico de análise de conteúdo. Resultados: As categorias emergentes configuraramse como: A) Ansiedades parentais B) Recursos de proteção para lidar com as ansiedades (expressões parentais e expressões no bebê) e C) Modos de relação alimentar (expressões no relato parental, expressões do bebê a partir das descrições dos pais e expressões nas interações observadas). Sugerese que o atendimento em contexto pediátrico contemple a compreensão destas categorias, oferecendose como espaço de “processamento” do que possa estar interferindo na saúde das relações alimentares. Considerações Finais: A partir do estudo, fundamentase a necessidade de acolhimento empático para receber comunicações de vários níveis, tanto em Pediatria quanto em Psicologia. Nestas parcerias, crescem também com mais saúde nossos campos de trabalho clínico, ensino e pesquisa, alimentados pelo diálogo e trocas recíprocas proporcionadas por esta interface.
Objetivo: Este trabalho investiga os aspectos emocionais envolvidos nas dificuldades alimentares nos três primeiros anos de vida, de forma a apresentar subsídios conceituais e mediações práticas, que possam fortalecer uma efetiva interface entre pediatras e psicólogos no atendimento a pais e crianças em seus primeiros impasses. Recursos metodológicos: Em estudo retrospectivo, a partir de uma perspectiva clínicoqualitativa, buscase aprofundar, com referenciais psicodinâmicos psicanalíticos, a compreensão dos aspectos emocionais presentes nas queixas alimentares em dois contextos: a) análise de descrições parentais acerca de seus bebês de zero a dezoito meses e de suas dificuldades alimentares, a partir de três questões respondidas em triagem no Núcleo de atendimento a paisbebês do Setor de Saúde Mental da Disciplina de Pediatria Geral e Comunitária do Departamento de Pediatria da EPMUnifesp e b) análise de material de grupo de atendimento a paisbebês e crianças de zero a três anos e onze meses, no mesmo serviço, em cinco vinhetas temáticas filmadas e transcritas, sobre a questão das dificuldades na alimentação. Transferidos para tabelas de préanálise, os materiais foram então organizados em grupos temáticos e categorias, seguindo o recurso metodológico de análise de conteúdo. Resultados: As categorias emergentes configuraramse como: A) Ansiedades parentais B) Recursos de proteção para lidar com as ansiedades (expressões parentais e expressões no bebê) e C) Modos de relação alimentar (expressões no relato parental, expressões do bebê a partir das descrições dos pais e expressões nas interações observadas). Sugerese que o atendimento em contexto pediátrico contemple a compreensão destas categorias, oferecendose como espaço de “processamento” do que possa estar interferindo na saúde das relações alimentares. Considerações Finais: A partir do estudo, fundamentase a necessidade de acolhimento empático para receber comunicações de vários níveis, tanto em Pediatria quanto em Psicologia. Nestas parcerias, crescem também com mais saúde nossos campos de trabalho clínico, ensino e pesquisa, alimentados pelo diálogo e trocas recíprocas proporcionadas por esta interface.