Associação entre equilíbrio muscular de membros inferiores e economia de corrida em corredores bem treinados do sexo masculino

Data
2017-11-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Background: The aim of the present study was to verify if flexor and extensor muscles peak torque (PT), balance ratios of knee and hip muscles or body composition is associated with running economy (RE) evaluated in level or uphill running in well trained male runners. Methods: 24 male long distance runners (31.0±7.7 years old, 176.2±7.3 cm and 70.4±8.4 kg) participated in the study. Maximal oxygen uptake ( ̇O2máx), conventional and functional balance ratio, PT of hip and knee flexor and extensor muscles, total body mass, fat mass and fat free mass were evaluated. RE was evaluated through the variables: Oxygen cost (OC) and energy cost (EC). In two separated days, RE was evaluated at 11 and 14 km/h on level ground (1% level-grade) and in 10 and 12 km/h on uphill (3% level-grade). Isokinetic testing was performed at 60 and 180º/s for hip and at 60 and 240º/s for knee joint. Results: Functional balance ratio of the hip muscles presented a significant negative relationship (p<0.05) with EC at 12 km/h in uphill and at 14 km/h in level-grade running (r= -0.69 to -0.70, respectively), OC presented meaningful relationship with hip functional balance ratio only when evaluated at 14 km/h (r= -0.73). Conventional and functional balance ratio of knee joint presented no relevant correlations with EC and OC. EC and OC presented significant relationships with PT of knee and hip muscles, total body mass, fat mass and fat free mass (p<0.05). Conclusion: High hip functional balance ratio values are associated with better RE. On the other hand, high PT values, total body mass, fat mass or fat free mass values are associated with poor RE. Thus, eccentric strengthening of hip flexor muscles should be emphasized in training, aiming to increase the functional balance ratio in long distance male runners. However, muscle strength training shouldn´t aim to increase muscular hypertrofy, but should aim to improve neuromuscular recruitment, since the increase of total body mass and fat free mass are associated with poor RE.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar se o pico de torque (PT), relação de equilíbrio muscular dos músculos flexores e extensores do joelho e quadril ou a composição corporal estão associados com a economia de corrida (EC) avaliada no terreno plano e inclinado de corredores bem treinados. Métodos: 24 corredores de longa distância do sexo masculino (31,0±7,7 anos, 176,2±7,3 cm e 70,4±8,4 kg) participaram do estudo. O consumo máximo de oxigênio ( ̇O2máx), relação de equilíbrio muscular convencional e funcional, PT dos flexores e extensores de joelho e quadril, massa corporal total, massa gorda e massa livre de gordura foram avaliados. A EC foi avaliada por meio das variáveis: custo de oxigênio (CO) e custo de energia (CE). Em dois dias separados, a EC foi avaliada nas velocidades de 11 e 14 km/h em terreno plano (1% de inclinação) e 10 e 12 km/h em subida (3% de inclinação). A avaliação isocinética foi realizada em 60 e 180º/s para a articulação do quadril e em 60 e 240º/s para a articulação do joelho. Resultados: A relação funcional de quadril apresentou correlação negativa significativa (p <0,05) com o CE a 12 km/h em subida e 14 km/h no terreno plano (r= -0,69 e r= -0,70, respectivamente), o CO apresentou correlação significativa com a relação funcional do quadril apenas quando avaliado em 14 km/h (r = -0,73). As relações convencional e funcional da articulação do joelho não apresentaram correlação relevante com as medidas de CE ou CO. CE e CO apresentaram correlações significativas com PT do joelho e quadril, massa corporal total, massa gorda e massa livre de gordura (p<0,05). Conclusão: Altos valores da relação funcional do quadril estão associados com uma boa EC. Por outro lado, valores elevados de PT, massa corporal total, massa gorda ou massa livre de gordura estão associados com uma pior EC. Desta forma, o fortalecimento excêntrico dos flexores do quadril deve ser enfatizado no treinamento com o objetivo de melhorar a relação funcional de corredores bem treinados de longa duração. No entanto, o trabalho de fortalecimento não deve objetivar a hipertrofia muscular, mas sim, melhora do recrutamento neuromuscular, uma vez que o aumento da massa corporal total e da massa livre de gordura estão associados com pior EC.
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