Efeito da ingestão da farinha da semente de chia (Salvia Hispanica L) no cólon intestinal de camundongos obesos
Data
2017-08-31
Autores
Miranda, Danielle Araujo de 
Orientadores
Oyama, Lila Missae
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Obesity has been considered a public health issue worldwide, in which the main causes are the intake of a hypercaloric diet as well as sedentarism. It is often associated with with several other diseases such as insulin resistance, type 2 diabetes mellitus, non-alcoholic fatty liver disease and cardiovascular diseases. Increased intestinal permeability may favor endotoxemia generated by lipopolysaccharide, a substance present in the cell membrane of Gram-negative bacteria, and consequently an increase in systemic inflammation and metabolic diseases. On the other hand, the consumption of a healthy diet can help in the prevention and treatment of the metabolic syndrome. In this way, the chia seed (Salvia hispánica L.), rich in polyunsaturated fatty acids, may present an anti-inflammatory role. In addition, chia is rich in antioxidants like caffeic acid and gallic acid, fiber and minerals. However, there are few studies involving chia seed, inflammatory mechanisms and intestinal permeability. Thus, the objective of this study was to analyze the effects of chia administration on intestinal permeability in obese mice. Swiss mice were treated with a hyperlipidic diet associated or not with supplementation with 3% chia flour for 16 weeks. We analyzed the metabolic profile, such as serum triglyceride, cholesterol, HDL-cholesterol, glucose tolerance test, antioxidant enzyme activity and the quantification of inflammatory pathways and tight junctions of the intestinal colon. The results show that a hyperlipidic diet intake promoted an increase of the mesenteric white adipose tissue weight and in glucose intolerance, and a decrease in the activity of hepatic catalase and the amount of occludin in the intestinal colon. Supplementation with 3% of chia flour was not efficient in decreasing the deleterious effects of lipid-rich dietary intake. In addition, supplementation with chia worsened glucose intolerance in animals receiving a hyperlipidic diet whereas in animals receiving a control diet, supplementation decreased the amount of occludin in the intestinal colon. In conclusion, the beneficial effects of chia seems to be dependent of the quantity how It is offered, since our data are conflicting with those of the literature, however, it is important to note that most of the studies, unlike our protocol, used chia in the form of seed or oil, and not the flour.
A obesidade é um problema de saúde pública que atinge todo o mundo, tendo como principais causas a alimentação hipercalórica bem como o sedentarismo. Está associada a diversas outras doenças como resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2, doença hepática gordurosa não alcoólica e doenças cardiovasculares. O aumento da permeabilidade intestinal pode favorecer a endotoxemia gerada pelo lipopolissacarídeo, substância presente na membrana celular de bactérias Gram-negativas, e consequentemente aumento da inflamação sistêmica e doenças metabólicas. Por outro lado, o consumo de alimentos saudáveis pode auxiliar na prevenção e tratamento da síndrome metabólica. Desta forma, a semente de chia (Salvia hispânica L.), um alimento rico em ácidos graxos poli-insaturados, pode apresentar um papel anti-inflamatório. Além disso, a chia é rica em antioxidantes como ácido cafeico e ácido gálico, fibras e minerais. No entanto, há poucos estudos envolvendo a semente de chia, mecanismos inflamatórios e a permeabilidade intestinal. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da administração de chia sobre a permeabilidade intestinal em camundongos obesos. Camundongos Swiss foram tratados com dieta hiperlipídica associado ou não à suplementação com 3% de farinha de chia, por 16 semanas. Analisamos perfil metabólico, como as concentrações séricas de triacilglicerol, colesterol, HDL-colesterol, teste de tolerância à glicose, a atividade das enzimas antioxidantes e a quantificação de proteínas da via da inflamação e das tight junctions do cólon intestinal. Nossos resultados mostram que a ingestão de dieta hiperlipídica promoveu aumento no peso do tecido adiposo branco mesentérico e na intolerância à glicose e diminuiu a atividade da catalase hepática e a quantidade de ocludina no cólon intestinal e que a suplementação com 3% de farinha de chia não foi eficiente em diminuir os efeitos deletérios da ingestão de dieta rica em lipídios. Além disso, a suplementação com chia piorou a intolerância à glicose nos animais que receberam dieta hiperlipídica e nos animais que receberam dieta controle, a suplementação diminuiu a quantidade de ocludina no cólon intestinal. Concluímos que os efeitos benéficos da chia parecem depender da quantidade e da forma ofertada, uma vez que nossos dados são conflitantes em relação aos da literatura, porém, observando que a maioria dos estudos utilizaram a semente ou o óleo da chia, diferente do nosso protocolo, onde optamos por utilizar a farinha.
A obesidade é um problema de saúde pública que atinge todo o mundo, tendo como principais causas a alimentação hipercalórica bem como o sedentarismo. Está associada a diversas outras doenças como resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2, doença hepática gordurosa não alcoólica e doenças cardiovasculares. O aumento da permeabilidade intestinal pode favorecer a endotoxemia gerada pelo lipopolissacarídeo, substância presente na membrana celular de bactérias Gram-negativas, e consequentemente aumento da inflamação sistêmica e doenças metabólicas. Por outro lado, o consumo de alimentos saudáveis pode auxiliar na prevenção e tratamento da síndrome metabólica. Desta forma, a semente de chia (Salvia hispânica L.), um alimento rico em ácidos graxos poli-insaturados, pode apresentar um papel anti-inflamatório. Além disso, a chia é rica em antioxidantes como ácido cafeico e ácido gálico, fibras e minerais. No entanto, há poucos estudos envolvendo a semente de chia, mecanismos inflamatórios e a permeabilidade intestinal. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da administração de chia sobre a permeabilidade intestinal em camundongos obesos. Camundongos Swiss foram tratados com dieta hiperlipídica associado ou não à suplementação com 3% de farinha de chia, por 16 semanas. Analisamos perfil metabólico, como as concentrações séricas de triacilglicerol, colesterol, HDL-colesterol, teste de tolerância à glicose, a atividade das enzimas antioxidantes e a quantificação de proteínas da via da inflamação e das tight junctions do cólon intestinal. Nossos resultados mostram que a ingestão de dieta hiperlipídica promoveu aumento no peso do tecido adiposo branco mesentérico e na intolerância à glicose e diminuiu a atividade da catalase hepática e a quantidade de ocludina no cólon intestinal e que a suplementação com 3% de farinha de chia não foi eficiente em diminuir os efeitos deletérios da ingestão de dieta rica em lipídios. Além disso, a suplementação com chia piorou a intolerância à glicose nos animais que receberam dieta hiperlipídica e nos animais que receberam dieta controle, a suplementação diminuiu a quantidade de ocludina no cólon intestinal. Concluímos que os efeitos benéficos da chia parecem depender da quantidade e da forma ofertada, uma vez que nossos dados são conflitantes em relação aos da literatura, porém, observando que a maioria dos estudos utilizaram a semente ou o óleo da chia, diferente do nosso protocolo, onde optamos por utilizar a farinha.