Exame médico periódico: adesão e percepções dos servidores de uma universidade pública federal
Data
2017-08-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: Inquire about the perceptions attributed to this periodic medical examination – (PME) by civil servants of a Federal Public University. The study is descriptive and exploratory, with quantitative and qualitative results. Method: Data collection was done in three stages. In the first, data were collected from the electronic medical record of the Human Resources Division. As inclusion criterion, in this stage, data regarding time of public service, gender and age of the civil servants who had taken, or not, the PME in the period from 01/05/2014 to 30/04/2015, were collected. The study did not include those who were admitted in the Institution in the period of the research, or those who were on health leave for more than 15 and/or more than 90 days. The data were statistically analyzed. In the second stage, individual semi-structured interviews were done. They were based on a script with sixty-minute each, in wich participants were encouraged to discuss PME and its importance for health. There were two lists of participants in this stage: those who did not take the PME (list 1) and those who took it (list 2); the choice of subjects - three teachers, and three Educacional, Administrative Technician - EATs from each list - occurred through random drawing. The interviews were recorded and transcribed for content analysis. In the third stage, individual semi-structured interviews were conducted with the professionals who were supporting the campus PMEs. Results: Stage 1 resulted in a selection of 230 civil servants, comprising 59.60% teachers and 40.40% EATS; age group was between 34 and 43 years old, being predominant the female gender (67.80%) and stricto sensu schooling (68.3%). Of the participants, only 41 completed the proceedings, which was performed by the TAEs category, male gender, lato sensu schooling, and those working in the Institution between one and three years. Result of stage two analysis showed that servers in list 1 didn’t take the PME in the institution because they don’t think the service brings benefits for their health, and the lack of care of the Institution about the civil servant health, etc. Most of participants of list 2 also took the PME outside the Institution, by medical insurance, but also are civil servants who only use the service as an accompaniment to their health. Stage 3 showed that the team also didn’t take the PME, and they don’t feel as an integrated part in the care actions viewing the health of civil servants. Conclusion: PME related communication needs to ameliorate; civil servants expect more from the Institution than just the accomplishment of PME, regarding health actions; and there’s a need to improve campus team integration with worker health sectors the institution.
Objetivo: Investigar as percepções acerca do exame médico periódico (EMP) de servidores de uma Universidade Pública Federal. O estudo é descritivo e exploratório com resultados quantitativos e qualitativos. Métodos: O estudo ocorreu em três etapas. Na etapa 1, foram coletados os dados constantes no prontuário eletrônico da Divisão de Recursos Humanos. Como critério de inclusão desta etapa, foram coletados tanto os dados (tempo de serviço público, gênero, idade) dos servidores que fizeram ou não os EMP no período de 01/05/14 a 30/04/15. Não foram incluídos nesta coleta os servidores que, no período da pesquisa, foram admitidos ou que estavam em situação de afastamento do trabalho por mais de 15 e/ou por mais de 90 dias. Estes dados foram analisados estatisticamente. Na etapa 2, foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas, com duração de 60 minutos, baseados em um roteiro, com o qual os participantes foram estimulados a discorrer sobre o EMP e sua importância para a saúde. Houve duas listas de servidores nesta etapa: os que não realizaram o EMP (lista-1) e os servidores que realizaram o EMP (lista-2), sendo que a escolha dos sujeitos, três docentes e três Técnicos-administrativos em Educação - TAEs de cada lista, ocorreu através de sorteio aleatório. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise de conteúdo temática. Na etapa 3 foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com os profissionais que davam suporte à realização das avaliações médicas periódicas no campus. Resultados: A etapa 1 resultou na seleção de 230 servidores, sendo composta por 59,60% de docentes e 40,40% de TAEs, com faixa etária entre 34 e 43 anos, predominantemente do gênero feminino 67,80% e escolaridade stricto sensu 68,30%. Destes, 4 1 servidores concluíram o procedimento, que foi realizado pelos servidores da categoria funcional TAEs, de gênero masculino, os com lato sensu e que trabalhavam na instituição entre 1 e 3 anos. O resultado das análises da etapa 2 demostrou que os servidores da lista 1 não realizavam o EMP na instituição por não acharem que este serviço trazia de fato algum benefício para a sua saúde, que a instituição não se preocupava com a saúde dos servidores, entre outros motivos. Os servidores da lista 2, em sua maioria, também faziam exames fora da instituição através de seus convênios particulares; mas houve também servidores que utilizavam apenas este serviço como um acompanhamento de sua saúde. A etapa 3 demostrou que a equipe também não realizava o EMP e não se sentiam parte integrante em ações de cuidado com a saúde dos servidores. Conclusão: A comunicação relacionada ao EMP precisa melhorar; os servidores esperam da instituição mais do que a simples realização do EMP e ações em relação à saúde; e há necessidade de aprimorar a integração da equipe do campus com os setores de saúde dos servidores da instituição.
Objetivo: Investigar as percepções acerca do exame médico periódico (EMP) de servidores de uma Universidade Pública Federal. O estudo é descritivo e exploratório com resultados quantitativos e qualitativos. Métodos: O estudo ocorreu em três etapas. Na etapa 1, foram coletados os dados constantes no prontuário eletrônico da Divisão de Recursos Humanos. Como critério de inclusão desta etapa, foram coletados tanto os dados (tempo de serviço público, gênero, idade) dos servidores que fizeram ou não os EMP no período de 01/05/14 a 30/04/15. Não foram incluídos nesta coleta os servidores que, no período da pesquisa, foram admitidos ou que estavam em situação de afastamento do trabalho por mais de 15 e/ou por mais de 90 dias. Estes dados foram analisados estatisticamente. Na etapa 2, foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas, com duração de 60 minutos, baseados em um roteiro, com o qual os participantes foram estimulados a discorrer sobre o EMP e sua importância para a saúde. Houve duas listas de servidores nesta etapa: os que não realizaram o EMP (lista-1) e os servidores que realizaram o EMP (lista-2), sendo que a escolha dos sujeitos, três docentes e três Técnicos-administrativos em Educação - TAEs de cada lista, ocorreu através de sorteio aleatório. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise de conteúdo temática. Na etapa 3 foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com os profissionais que davam suporte à realização das avaliações médicas periódicas no campus. Resultados: A etapa 1 resultou na seleção de 230 servidores, sendo composta por 59,60% de docentes e 40,40% de TAEs, com faixa etária entre 34 e 43 anos, predominantemente do gênero feminino 67,80% e escolaridade stricto sensu 68,30%. Destes, 4 1 servidores concluíram o procedimento, que foi realizado pelos servidores da categoria funcional TAEs, de gênero masculino, os com lato sensu e que trabalhavam na instituição entre 1 e 3 anos. O resultado das análises da etapa 2 demostrou que os servidores da lista 1 não realizavam o EMP na instituição por não acharem que este serviço trazia de fato algum benefício para a sua saúde, que a instituição não se preocupava com a saúde dos servidores, entre outros motivos. Os servidores da lista 2, em sua maioria, também faziam exames fora da instituição através de seus convênios particulares; mas houve também servidores que utilizavam apenas este serviço como um acompanhamento de sua saúde. A etapa 3 demostrou que a equipe também não realizava o EMP e não se sentiam parte integrante em ações de cuidado com a saúde dos servidores. Conclusão: A comunicação relacionada ao EMP precisa melhorar; os servidores esperam da instituição mais do que a simples realização do EMP e ações em relação à saúde; e há necessidade de aprimorar a integração da equipe do campus com os setores de saúde dos servidores da instituição.
Descrição
Citação
GUIMARAES, Mariana Pereira de Souza. Exame médico periódico: adesão e percepções dos servidores de uma universidade pública federal. 2017. 84 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2017.