A variabilidade da frequência cardíaca como indicador de estresse e de risco cardiovascular em adultos assintomáticos

Data
2015-07-05
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of death worldwide. Risk factors stratification is crucial for the prevention and treatment of cardiovascular diseases. Stress and autonomic imbalance are among the most fundamental factors for the CVD installation. Autonomic imbalance causes low heart rate variability (HRV), as others effects. The HRV is a simple and low cost tool to measure the autonomic modulation to the heart, and has influence of stress. In this context, this study proposed the use of HRV as a stress indicator and the proper establishment of the relationship between each HRV index with stress indicators adjusted for other risk factors. Therefore, the anthropometric characteristics, blood glucose and lipids, salivary cortisol concentration, HRV, lung function by spirometry, physical fitness by cardiopulmonary exercise test and daily physical activity by accelerometry were analyzed. The study included 94 asymptomatic volunteers aged 48-78 year-old. Some HRV indexes were identified by linear regression analysis, as predictors of salivary cortisol concentration and perceived stress in asymptomatic adults and elderly, even after adjusting for age, sex and other risk factors. In a multiple regression analyses salivary concentrations of cortisol were negatively correlated with the indices RMSSD (?: -1.193), sample entropy (?: -0.691), SDRR (?: -0.275), and HF (-0.339); and perceived stress with LF (?: -0.258). Concluding, an association between stress and low HRV was identified in the present study, regardless of age, sex and risk factors for CVD.
As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo todo. A estratificação de fatores de risco independentes é fundamental para a prevenção e o tratamento das DCV. Os fatores mais importantes para a instalação das DCVs são o estresse e o desequilíbrio da ação das duas divisões do sistema nervoso autônomo sobre o coração que pode levar, entre outros efeitos, à redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A VFC é uma medida fiel e de baixo custo da modulação autonômica para o coração, que tem sido utilizada como medida do risco para DCV. Esse trabalho propõem utilizar a VFC como indicador de estresse e o devido estabelecimento da relação entre cada índice da VFC com indicadores de estresse, ajustados para os demais fatores de risco para DCVs. Para tal, foram analisadas as medidas antropométricas, a concentração sanguínea de glicose e lipídeos, a concentração salivar de cortisol, a VFC, a função pulmonar por espirometria, o condicionamento físico por teste ergoespirométrico e a atividade física diária por acelerometria. Participaram do estudo 94 voluntários assintomáticos na faixa etária de 48 a 78 anos. Alguns índices da VFC foram identificados, por análise de regressão linear, como preditores da concentração salivar de cortisol e do estresse percebido em população adulta e idosa assintomática para DCVs, mesmo depois de ajustados para idade, sexo e outros fatores de risco. Os índices RMSSD (?: -1,193), entropia amostral (?: -0,691), SDRR (?: -0,275) e HF (-0,339) foram correlacionados negativamente com as concentrações salivares de cortisol na regressão múltipla, e o estresse percebido com LF (?: -0,258). Concluindo, foi identificada no presente trabalho uma associação entre estresse e baixa VFC independentemente da idade, do sexo e dos fatores de risco para DCV.
Descrição
Citação
BIANCHIM, Mayara Silveira. A variabilidade da frequência cardíaca como indicador de estresse e de risco cardiovascular em adultos assintomáticos. 2015. 85 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2015.
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