Reconhecimento de emoções faciais em crianças e adolescentes com transtorno de deficit de atenção e hiperatividade: revisão sistemática

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Data
2014-07-30
Autores
Cavicchioli, Diego Augusto Nesi [UNIFESP]
Orientadores
Rosario, Maria Conceicao Do Rosario [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: Além dos sintomas cardinais de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade, crianças e adolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também apresentam problemas de interação e adaptação sociais. No estudo da sociabilidade, um dos métodos utilizados é o de avaliar o reconhecimento de emoções não verbais, como por exemplo pela avaliação de expressões faciais. Porém, estudos têm apontado resultados conflitantes em relação à capacidade de reconhecer emoções faciais em jovens com TDAH e os mecanismos causais das alterações sociais desses pacientes. Objetivos E HIPÓTESES: Revisar sistematicamente a literatura em busca de estudos que relatem a capacidade de reconhecimento de emoções faciais (REF) em crianças e adolescentes com TDAH. As hipóteses foram de que os estudos encontrados apontariam déficits de REF em crianças com TDAH e que alterações neurofuncionais subjacentes ao processamento de emoções e ao TDAH estariam correlacionadas. Métodos: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados do PubMed/Medline e ProQuest Psychology. Foram buscados sem limites de data estudos envolvendo crianças e adolescentes com TDAH que investigassem o processamento de emoções faciais nesses sujeitos. Resultados: 30 estudos foram incluídos na revisão, dos quais 21 encontraram alterações no REF em portadores de TDAH. De maneira geral, sintomas de TDAH, idade, QI, alterações neurobiológicas (potenciais evocados ou de neuroimagem) se correlacionaram com déficits no REF. Os estudos tiveram achados conflitantes quanto à influência direta de alterações neuropsicológicas no REF e diferiram 2 bastante metodologicamente quanto à seleção de participantes e procedimentos utilizados. DISCUSSÃO: Apesar das diferenças metodológicas, em geral pacientes com TDAH tiveram pior REF que controles, e prejuízos similares em REF aos de pacientes bipolares, com transtorno de conduta e autistas. Conclusões: Déficits de REF fazem parte das dificuldades sociais exibidas por pacientes com TDAH e a avaliação e tratamento devem levar em consideração essas alterações tanto na prática clínica quanto em futuros estudos.
Descrição
Citação
CAVICCHIOLI, Diego Augusto Nesi. Reconhecimento de emoções faciais em crianças e adolescentes com transtorno de deficit de atenção e hiperatividade: revisão sistemática. 2014. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.