Entre o comércio informal e as margens do ilegal: práticas de trabalho na Rua 25 de Março
Data
2013-08-26
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The 25th March Street in Sao Paulo City can be comprehended from the relation of several formal and informal jobs, unregulated and illegal markets present in a daily basis. At this street goods and actors circulate and compose an extensive and complex trading network. This requires taking different ways to organize and to deal with the many situations which met in this urban space. The multiple form of jobs presented in the street accessing the field of informal economy dictates, often through illegal practices for the acquisition and sale of goods. In this scenario of informalities and frequent illegalities, workers face a conflict situation in their performance, acting through tactics and cleverness against numerous social and institutional actors, especially in areas were the State is concerned. By this means, workers socialize with their peers, creating strategies to work in advance the intense scrutiny. These actors develop processes of identity and production, highlighting a perception of differences by workers of the street that are configured on the intersections and tensions between them, in relation to formal and illegal markets, and finally the State. As a result, I looked for understanding how these processes were dealt with by agents and scales of government towards new urban projects that are often played through repression and surveillance.
A Rua 25 de Março, na cidade de São Paulo, pode ser compreendida a partir do entrecruzamento de diversos trabalhos e mercados formais, informais e ilegais presentes no cotidiano. Nessa Rua circulam mercadorias e atores compondo uma extensa e complexa rede comercial que precisam assumir distintos modos de se organizarem e lidarem com as várias situações enfrentadas no espaço urbano. As múltiplas formas de trabalho apresentadas na rua estão inscritas no campo de uma economia dita informal, mas que muitas vezes também se utilizam de práticas ilegais para aquisição e vendas de mercadorias. É neste cenário de informalidades e, muitas vezes, de ilegalidades que os trabalhadores enfrentam situações de conflito no desempenho do trabalho, fazendo com que atuem por meio de táticas e astúcias diante dos diversos atores e principalmente na relação com Estado. Desse modo, estabelecem sociabilidades e criam estratégias criativas para trabalhar diante da intensa fiscalização. Desenvolvem-se processos identitários e de produção e percepção das diferenças por parte dos trabalhadores da rua que se configuram diante das intersecções e tensões entre eles, e na relação com os mercados formais e ilegais e com o Estado. Assim, busco compreender, também, como esses processos são negociados com agentes e escalas do poder público perante novos projetos urbanísticos que são desempenhados, muitas vezes, mediante recursos de repressão e fiscalização.
A Rua 25 de Março, na cidade de São Paulo, pode ser compreendida a partir do entrecruzamento de diversos trabalhos e mercados formais, informais e ilegais presentes no cotidiano. Nessa Rua circulam mercadorias e atores compondo uma extensa e complexa rede comercial que precisam assumir distintos modos de se organizarem e lidarem com as várias situações enfrentadas no espaço urbano. As múltiplas formas de trabalho apresentadas na rua estão inscritas no campo de uma economia dita informal, mas que muitas vezes também se utilizam de práticas ilegais para aquisição e vendas de mercadorias. É neste cenário de informalidades e, muitas vezes, de ilegalidades que os trabalhadores enfrentam situações de conflito no desempenho do trabalho, fazendo com que atuem por meio de táticas e astúcias diante dos diversos atores e principalmente na relação com Estado. Desse modo, estabelecem sociabilidades e criam estratégias criativas para trabalhar diante da intensa fiscalização. Desenvolvem-se processos identitários e de produção e percepção das diferenças por parte dos trabalhadores da rua que se configuram diante das intersecções e tensões entre eles, e na relação com os mercados formais e ilegais e com o Estado. Assim, busco compreender, também, como esses processos são negociados com agentes e escalas do poder público perante novos projetos urbanísticos que são desempenhados, muitas vezes, mediante recursos de repressão e fiscalização.
Descrição
Citação
AGUIAR, Ana Lidia de Oliveira. Entre o comércio informal e as margens do ilegal: práticas de trabalho na Rua 25 de Março. 2013. 196 f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2013.