Efeito do pré-condicionamento isquêmico no desempenho da natação em uma série intervalada de alta intensidade

Data
2016-04-05
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Ischemic preconditioning (IPC) has been shown to improve aerobic and anaerobic performance. However, its effect on high-intensity interval exercise has been controversial, placebo effect has not been adequately controlled, and nocebo effect has not been taken into account. Thus, we investigated the effect of IPC on swimming performance in well-trained athletes submitted to a high-intensity interval training (HIT) set controlling placebo and nocebo effects. Short-distance swimmers were randomized to two groups. One group [n = 15, 24 ± 1 years (mean ± SEM)] was exposed to IPC (ischemia cycles lasted 5 min) and control (CT, no ischemia). Another (n = 15, 24 ± 1 years) was exposed to a placebo intervention (SHAM, ischemia cycles lasted 1 min) and CT. All subjects were informed that IPC and SHAM would improve performance compared to CT and would be harmless despite ischemia sensations. The SIT set consisted of six 50-m all-out efforts repeated every 3 min. Improvement expectation after IPC and SHAM exposure was 87% and 73% (P = 0.66), respectively. IPC reduced worst sprint time (IPC: 35.21 ± 0.73 vs. CT 36.53 ± 0.72 s, P = 0.04) and total sprints time (IPC: 203.7 ± 4.60 vs. CT 206.03 ± 4.57 s, P = 0.02), besides augmented swimming velocity (IPC: 1.45 ± 0.03 vs. CT 1.44 ± 0.03 m/s, P = 0.049). Blood lactate concentration (P = 0.20) and perceived effort (P = 0.22) did not change with IPC. SHAM did not change sprints time, swimming velocity, blood lactate concentration, and perceived effort (P > 0.05). In conclusion, IPC enhanced swimming performance of well-trained athletes in a SIT set, whereas a placebo intervention did not change swimming performance. Thus, the results support that the IPC has ergogenic effect, independently of the PL effect.
O pré-condicionamento isquêmico (PCI) tem se mostrado eficiente para melhorar o desempenho aeróbio e anaeróbio. Entretanto, o efeito em exercício intervalado de alta intensidade tem se mostrado controverso, o efeito placebo não tem sido adequadamente controlado e nenhum estudo levou em consideração o efeito nocebo. Portanto, nós investigamos o efeito do PCI no desempenho na natação em atletas bem treinados ao realizar uma série intervalada de alta intensidade (SIAI)controlando os efeitos placebo e nocebo. Nadadores velocistas foram alocados aleatoriamente em dois grupos. Um grupo [n = 15, 24 ± 1 anos (média ± EPM)] foi exposto ao PCI (ciclos de isquemia por 5 min) e a um procedimento controle (CT, sem isquemia). O outro grupo (n = 15, 24 ± 1 ano) foi exposto a um procedimento placebo (PL, ciclos de isquemia de pelo menos 1 min) e ao CT. Todos os voluntários foram informados que tanto o PCI quanto o PL melhorariam o desempenho em comparação ao CT e que a isquemia seria inofensiva apesar da sensação de desconforto. A SIAI consistiu em seis repetições de 50 m em velocidade máxima a cada 3 min. A expectativa de melhora do desempenho após os procedimentos PCI e PL foi de 87% e 73% (P = 0,66), respectivamente. O PCI reduziu o tempo do pior sprint (PCI: 35,21 ± 0,73 vs. CT 36,53 ± 0,72 s, P = 0,04) e o tempo total dos sprints (PCI: 203,7 ± 4,60 vs. CT 206,03 ± 4,57 s, P = 0,02), e aumentou a velocidade média de nado (PCI: 1,45 ± 0,03 vs. CT 1,44 ± 0,03 m/s, P = 0,049). A concentração de lactato (P = 0,20) e a percepção subjetiva de esforço (P = 0,22) não mudaram com o PCI. O PL não provocou mudança nos tempos, velocidade de nado, concentração de lactato e percepção subjetiva de esforço (P > 0,05). Em conclusão, o PCI melhorou o desempenho na natação em atletas bem treinados em uma SIAI, o que não ocorreu com a intervenção PL. Portanto, os resultados suportam que o PCI ossui efeito ergogênicos, independente do efeito PL.
Descrição
Citação
FERREIRA, Thiago Henrique Nunes. Efeito do pré-condicionamento isquêmico no desempenho da natação em uma série intervalada de alta intensidade. 2016. 64 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Translacional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.
Pré-visualização PDF(s)