Impacto da infecção pelo citomegalovirus na função tubular precoce, função renal e sobrevida do enxerto a longo prazo em pacientes transplantados de rim

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Data
2012
Autores
Requião-Moura, Lucio Roberto [UNIFESP]
Orientadores
Pacheco-Silva, Alvaro [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Introdução: A infeccao pelo Citomegalovirus (CMV) pode aumentar o risco de de disfuncao cronica do enxerto (DCE), mas essa relacao nao esta claramente estabelecida no transplante de rim. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da infeccao pelo CMV na funcao tubular, precoce e na funcao renal e sobrevida do enxerto renal a longo prazo. METODOLOGIA: Na 1ª analise foram incluidos 217 pacientes transplatados de rim com doador falecido (DF) no periodo entre 2002 e 2005, em 3 centros, sendo 41,9% induzidos com timoglobulina e avaliadas sobrevida do enxerto, funcao renal ao final de 5 anos e risco de DCE (<60ml/min), de acordo com a infeccao pelo CMV. Na 2ª analise foram incluidos 209 pacientes submetidos a transplante de rim com DF, entre 2002 e 2010, em apenas 1 centro, em que todos receberam inducao com timoglobulina e avaliadas as medidas de RBP urinaria (mg/l) no momento da infeccao e funcao renal ao final de 3 anos. Na 3ª analise foram incluidos apenas os pacientes que receberam tacrolimo e foram avaliadas medidas sequenciais de RBP urinaria. O diagnostico da infeccao pelo CMV foi feito atraves da antigenemia pp65. A funcao renal foi estimada por Cockcroft-Gault (ml/min). RESULTADOS: 1ª analise: A frequencia de infeccao pelo CMV foi de 42,4%. Ao final de 5 anos de seguimento, a funcao renal (50,6±28,4 vs. 60,7±27,8, p=0,006) e a sobrevida do enxerto, nao censurada para o obito (89,6% vs. 94,6%, p=0,026), foi inferior nos pacientes com infeccao. O risco de DCE foi influenciado pelo uso de ciclosporina (RR=0,39, p=0,001), pela Infeccao pelo CMV (RR=1,81, p=0,02) e por doadores mais velhos (RR=2,48, p=0,001). 2ª analise: A frequencia de infeccao pelo CMV foi de 63,4%. A RBP urinaria, no momento do diagnostico da infeccao, estava elevada em 79,2% dos pacientes com CMV. Nesse mesmo momento, o nivel de RBP estava maior nos pacientes infectados: 16,5±38,7 vs. 3,3±6,4, p<0,001. A funcao renal 3 anos apos o transplante foi melhor nos pacientes sem infeccao: 69,6±22,7 vs. 57,7±22,0, p=0,008. O risco de DCE o final de 1 anoo foi influenciado pela rejeicao aguda (RR=1,46, p=0,04), infeccao pelo CMV (RR=1,49, p=0,026) e doadores mais velhos (RR=2,11, p<0,001). 3ª analise: A frequencia de infeccao pelo CMV foi de 72,9%. A RBP urinaria no momento da infeccao estava elevada em 81,8% dos pacientes com infeccao. Na avaliacao sequencial, nao houve diferenca no nivel de RBP ao final de 1 mes de transplante, mas no momento do diagnostico (16,9±41,1 vs.1,90±1,50, p=0,025) e 3 meses apos o transplante (4,7±8,6 vs. 1,70±2,1, p=0,041) os niveis urinarios estavam elevados nos pacientes com a infeccao. A funcao renal 3 anos apos o transplante foi menor nos pacientes que tiveram infeccao: 61,3±23,1 vs. 73,3±33,2, p=0,03. CONCLUSOES: Pacientes que tiveram infeccao evoluiram com pior sobrevida do enxerto em ate 5 anos anos de seguimento, bem como pior funcao do enxerto renal 3 e 5 anos apos o transplante. Pacientes com a infeccao apresentam niveis de RBP urinaria significativamente mais elevados do que os pacientes sem infeccao nos primeiros 3 meses de transplante
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2012. 191 p.